A Batalha de Al Qusayr, quando a Resistência derrotou as trevas na guerra civil Síria (IV)

A Batalha de Al Qusayr, quando a Resistência derrotou as trevas (I)
Vitória em Al Qusayr. Porquê escrever agora. Referências chave.

A Batalha de Al Qusayr, quando a Resistência derrotou as trevas (II)
Enquadramento da questão e sua relevância.
Questões Internas. Oposição realmente existente. O regime Sírio e a sua base de apoio.

A Batalha de Al Qusayr, quando a Resistência derrotou as trevas (III)
A dinâmica externa. Potências imperiais, colaboracionistas e o eixo da resistência. Hezbollah aka Resistência.

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Conclusões

A Batalha de Al Qusayr. Esta foi das mais intensas, se não a mais intensa, batalha travada até agora na Guerra Civil Síria. Envolveu milhares de combatentes de diversas facções da oposição Imperialistó-canibal e várias forças da resistência (exército sírio, comités populares, resistência libanesa aka Hezbollah). Foi, do ponto de vista militar, a batalha com resultado mais claro até agora. Para uma descrição mais detalhada das operações e forças em presença aconselho este texto.

Os rebeldes tinham forças entrincheiradas na cidade e arredores. Fizeram tentativas de enviar reforços de toda a Síria, numa escala nunca antes feita. O assalto a uma cidade fortificada é das mais difíceis operações militares a executar, para mais quando para além de combater as forças entrincheiradas é necessário impedir tentativas de infiltração e reforço das forças sob cerco. As forças combinadas da resistência anti-imperialista conseguiram ultrapassar todos esses obstáculos e triunfar, algo que não passou despercebido aos analistas do Império e de Israel (estes últimos num tom um tanto ou quanto histérico).

A oposição. É cada vez mais difícil esconder a natureza da oposição realmente existente. Recentemente na parte de Alepo ainda sob controle “rebelde” um jovem foi executado em frente à família por “heresia”. A decapitação de “infiéis” parece ter se banalizado. O canibalismo é aceite e justificado. Uma das organizações ligadas à oposição afirma que mais de 2.000 dos combatentes mortos do lado da oposição são estrangeiros fanáticos islâmicos, apenas da Europa calcula-se que 600 fanáticos tenham ido para a Síria. Um outro estudo sobre o assunto encontra-se aqui. A tendência parece ser o reforço da componente de mercenários fascistas islâmicos entre os combatentes da oposição. A influência da liderança da AL Quaeda sobre as forças no terreno é cada vez mais clara. É de todos sabido que o maior apoiante regional da oposição é também o regime mais reaccionário e medieval da região, a Arábia Saudita. A liderança externa da oposição reclama armas do ocidente, recusa-se sentar à mesa de negociações e chegar a uma solução de compromisso e cobre/justifica todas as acções criminosas dos seus mercenários no terreno.

Imperialismo. Os EUA, o Reino Unido a França e Israel estão todos do lado da oposição. Israel já entrou de forma directa no conflito bombardeando forças leais a Assad. Os restantes  fornecem armas, equipamento, treino e informação aos rebeldes. Tal como no Afeganistão dos anos 80 ou na Líbia mais recentemente, assistimos a uma aliança entre a reacção islâmica e o Imperialismo ocidental. Todo o discurso da “guerra ao terrorismo” é uma pura falácia, as acções destas potências são orientadas para a manutenção da sua hegemonia e dos interesses da sua classe dirigente. Se isso significa apoiar organizações terroristas, mesmo que isso ponha em risco a sua população, azar, são danos colaterais do império. O que as suas acções neste conflito nos dizem é que o interesse principal do imperialismo é a derrota de Assad, do Irão e do Hezbollah, a divisão da Síria e mergulhar a zona no caos durante o mais longo tempo possível.

Consequências de uma derrota de Assad.  Uma derrota das forças da resistência significaria o reforçar e alastrar da barbárie medieval islâmica na Síria e em toda a região. A guerra e a barbárie continuariam na Síria opondo as forças reaccionárias islâmicas aos fantoches do Imperialismo, num conflito que se estenderia ao Líbano e ao Iraque. Aquilo que actualmente se passa na Líbia é um mero aperitivo comparado com o que se passaria na Síria. As tensões  sectárias intensificariam-se por toda a região. As potências Imperialistas sairiam reforçadas e receberiam um carta branca para atacar o Irão. O papel da Rússia ou da China na região seria marginal, a possibilidade dessas potências poderem contrabalançar a hegemonia dos EUA no plano global seria minimizado.

Implicações para os movimentos anti-autoritários na região. No Egipto e na Tunísia os movimentos populares anti-autoritários foram bem sucedidos no derrube das autocracias aí existentes, foi uma vitória a celebrar. Mas a luta emancipatória  não terminou, neste momento a irmandade muçulmana é quem detém, em grande medida, as rédeas do poder. Em ambos os países, embora tenham chegado ao poder por via eleitoral, os islâmicos têm vindo a reforçar o carácter autoritário dos novos regimes e a promover a sua agenda simultâneamente ultra-conservadora e neoliberal. O movimento popular após o derrube de Mubarak e Ben Ali, tem na Irmandade Muçulmana e nos grupos salafistas os seus novos adversários. A Turquia tem outra história, mas o desafio do movimento popular de protesto que aí tem florescido tem muitas semelhanças. Na Turquia, tal como no Egipto ou na Tunísia, o movimento opõe-se à islamização retrógrada e ao crescente autoritarismo aliado à agenda neo-liberal. No caso da Turquia acrescenta-se o incómodo com o crescente apoio do governo Turco à oposição fascista islâmica Síria.

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Em todos estes casos uma vitória da resistência e das forças pró-seculares na Síria teria um impacto positivo, se não explicita, pelo menos implicitamente. Uma vitória da resistência significaria também uma derrota para os regimes absolutistas-medievais do golfo pérsico e daria margem de manobra para os movimentos anti-autoritários aí existentes, nomeadamente no Baharein (relembro que tropas Sauditas invadiram o Baharein para derrotarem os protestos).

O caso da Líbia é o exemplo máximo de como uma insurgência armada pelo imperialismo, constituída por fascistas islâmicos, não é uma boa receita para introduzir maior democracia, ou seja o que for de positivo… antes pelo contrário, as mulheres e as vítimas do racismo que o digam…

Nós por cá. Portugal é país membro da NATO e da União Europeia, duas das organizações internacionais que mais peso têm no desenrolar deste conflito. Só quem é muito cego é que pode achar que não há interligações entre todas as revoltas/protestos que têm eclodido na bacia do mediterrâneo. Directamente no que diz respeito à questão Síria, o mínimo que se exige a qualquer cidadão da República é:

– Oposição à intervenção dos estados Imperialistas no conflito, seja ela através do fornecimento de armas, imposição de no-flyzones (eufemismo para bombardear tudo o que de anti-imperialista se mexe no terreno), envio de tropas ou outras soluções “criativas” como “corredores humanitários” (eufemismo para atacar forças pró-Assad e prestar apoio directo aos canibais);

– Oposição à tentativa de colocação do movimento de resistência Libanês, Hezbollah, na lista de organizações consideradas terroristas pela União Europeia. Oposição às tentativas do Imperialismo e das potências mais reaccionárias da região, ou seja de quem for, fomentar divisões sectárias e perseguições religiosas.

A questão da Paz e a crise humanitária.  Este tem sido um conflito que tem causado dezenas de milhar de vítimas mortais e milhões de refugiados. Perante isto a postura dos nacional-tótos e fariseus é um misto de  apelos genéricos e inconsequentes “que horror”, “porque é que não se entendem”,  ou pior, um branquear de responsabilidades “O Assad é um facínora e responsável por tudo isto”, “ambos os lados são iguais”. Nunca ao longo deste artigo afirmei que o regime de Assad não tinha responsabilidades no despoletar deste conflito, mas já não estamos em 2011, estamos em 2013. Neste momento atribuir a maior responsabilidade da continuação do conflito a Assad e aos seus aliados é ignorância ou má intenção. O primeiro passo daqueles que querem genuinamente contribuir para a paz na região é perceber o que lá se passa, qual o papel dos vários agentes no conflito. Segundo é reconhecer que o papel das potências Imperialistas tem sido de incendiar a região e promover ao máximo as divisões étnicas e religiosas, a intervenção imperialista tem sido dos maiores catalisadores da barbárie na região. Terceiro, apenas derrotando de forma clara os imperialistas e os seus fantoches na Síria será possível obter algum nível de tranquilidade, não apenas na Síria mas na região como um todo (nomeadamente impedir novas tentativas de desestabilização do Líbano, Iraque e Irão). Quarto, uma solução duradoura de paz na região só será possível se no médio-oriente houver o mínimo de unidade e capacidade de resistir de forma unificada às tentativas de desestabilização e subversão patrocinadas pelo Imperialismo. Infelizmente para se chegar aí parece-me que ainda terá de haver muito conflito, inclusivé armado, entre os diferentes interesses existentes na região.

As guerras só se resolvem quando um dos lados ganha de forma decisiva, ou quando ambos os lados atingirem o limite do desgaste e reconhecerem que não irão conseguir derrotar o adversário. O regime de Assad nunca recusou conversações e negociações, os Imperialistó-canibais é que de forma sistemática têm boicotado ou se oposto a tentativas de chegar a uma solução negociada (seja o defunto plano do Kofi Anan, ou mais recente, a tentativa de fazer uma conferência de Genébra II). A solução mais rápida para a paz na Síria é a continuação das vitórias da resistência que resulte numa clara derrota dos canibais ou, pelo menos, os faça aceitar ir à mesa de negociações.

A supporter of Lebanon's Hezbollah waves a Syrian flag depicting Syria's President Bashar al-Assad as other supporters wave Hezbollah flags

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47 respostas a A Batalha de Al Qusayr, quando a Resistência derrotou as trevas na guerra civil Síria (IV)

  1. LGF Lizard diz:

    Muito mal vai a Esquerda quando a vitória de um ditador como Assad é motivo para celebrar “vitória”.
    No caso sírio, é pena que os dois lados não possam perder a guerra. A Síria merece melhor que Assad ou os fundamentalistas islâmicos.
    Se Assad ganhar, é de esperar um banho de sangue, ao bom estilo de seu pai. Se os fundamentalistas ganharem, é de esperar um banho de sangue.
    No meio disto tudo, quem se lixa é o povo sírio

    • kur diz:

      E a arábia saudita,uma resplandecente democracia?Que lata!

    • Carlos Carapeto diz:

      Quem deseja a paz e a liberdade tem todos as razões para celebrar a vitória dos povos contra a barbarie da agressão imperialista.

      Se Assad ganhar (e tudo se está a encaminhar nesse sentido) a Siria continuará a ser um país laico onde todos os credos e confições têm lugar.
      Apesar da “dinastia” dos Assad ter governado a Síria com mão de ferro, comparando com todos (mas todos sem exceção) os países da região ainda pode ser considerada uma distinta democracia.

      As escolhas do povo Sírio só a ele dizem respeito, não devem muito menos podem ser impostas do exterior por quem não consegue resolver os seus próprios problemas.
      Preocupem-se em resolver primeiro a séria ameaça do fascismo galopante que já está a graçar por a Europa .

      “Se Assad ganhar, é de esperar um banho de sangue, ao bom estilo de seu pai.”

      Fantástico. Vc não têm vergonha daquilo que escrevem?

      Quando foi que descobriram que Hafez al Assad era um “tirano”?

      Enquanto prendeu e torturou sindicalistas, comunistas e outros militantes de esquerda não piaram.

      E quando será que vão descobrir que a Arábia Saudita é dirigida por um bando de despotas fanaticos de pendor sanguinário medieval ?

      • LGF Lizard diz:

        A Síria de Assad uma democracia? Ao pé de todos os países da região? Bolas, já nem falando de Israel (uma democracia no verdadeiro sentido da palavra), a Turquia, o Líbano e a Jordânia são muito mais livres do que a Síria alguma vez foi.
        E sim, o paizinho Assad era um tirano. A partir do momento que prende pessoas pelo simples motivo que estas pensam de maneira diferente, dizem ou escrevem….
        Outra coisa só vista: um comunista apoia um regime que mata comunistas pelo simples facto de que a oposição é apoiada pelos americanos.
        A vossa atitude em relação aos regimes sírio e iraniano é de por qualquer pessoa a pensar que vocês estão malucos…. ou desesperados.

        • Francisco diz:

          “Israel (uma democracia no verdadeiro sentido da palavra)”

          A sério? Vejamos:
          – 20% da população de Israel, Árabes a viver em Israel são tratados como cidadãos de segunda, sem os mesmos direitos dos Israelitas judeus;
          – Israel transformou a faixa de Gaza num gigantesco campo de concentração, mantendo essa área e todos os que lá vivem sob cerco, sem acesso a coisas básicas como medicamentos e alimentação em quantidade. Para não lembrar que de vez enquanto bombardeia a zona matando uns milhares;
          – A “democracia” Israelita é aliada de vários tiranos da região, como o rei da jordânia ou o deposto mubarak do egipto, no entanto bombardeia e invade os países árabes onde se realizam eleições e há alguma democracia formal. Caso do Líbano em 2006 ou da Palestina, após o Hamas ter ganho as eleições “limpinho, limpinho” em 2006.

          É esta a “democracia no verdadeiro sentido da palavra”? Israel é tão democrático como a África do Sul dos tempos do Apartheid… A maior ironia é que os nacional-tótós que dizem isso se calhar são os mesmos que depois elogiam Nelson Mandela, o que a maioria não sabe é que o primeiro país estrangeiro que Mandela visitou foi Cuba, porque nenhum país fez mais no concreto para derrotar o Apartheid e apoiar os Africanos que combatiam esse regime que Cuba… Enfim tudo coisas que passam ao lado do Nacional-tótó.

          • LGF Lizard diz:

            Comparar a democracia israelita com a ditadura síria é como comparar um diamante com um cagalhão, em bom português.

            According to Ishmael Khaldi, an Arab citizen of Israel and the nation’s first high-ranking Muslim in the Israeli foreign service, while Israeli society is far from perfect, minorities in Israel fare far better than any other country in the Middle East. He wrote:
            I am a proud Israeli – along with many other non-Jewish Israelis such as Druze, Bahai, Bedouin, Christians and Muslims, who live in one of the most culturally diversified societies and the only true democracy in the Middle East. Like America, Israeli society is far from perfect, but let us deal honestly. By any yardstick you choose – educational opportunity, economic development, women and gay’s rights, freedom of speech and assembly, legislative representation – Israel’s minorities fare far better than any other country in the Middle East.
            In 2009, the Israeli Arab Journalist Khaled Abu Toameh declared to a Muslim audience during the Durban Review Conference, that, while there are serious problems facing the Arab sector in Israel: “Israel is a wonderful place to live and we are happy to be there. Israel is a free and open country. If I were given the choice, I would rather live in Israel as a second class citizen than as a first class citizen in Cairo, Gaza, Amman or Ramallah.”

            Relativamente a Gaza, da última vez que vi, Gaza faz fronteira com o Egipto. Estranho para um “campo de concentração” “fechado e cercado” fazer fronteira com um país “irmão”.
            E ainda me lembro de ver umas excelentes fotos da “falta de comida” em Gaza. Tanta falta de comida… e não morre ninguém de fome. Bolas, basta ver imagens da Etiópia durante a década de 80 para se saber o que é a fome. E isso, em Gaza, não há.
            Existem uns hotéis de 5 estrelas, onde a malta da ONU fica hospedada…. a fazer relatórios da “crueldade” de Israel.
            Quanto aos bombardeamentos….. convém lembrar que se os amigos do Hamas não tivessem o desporto de atirar rockets aos judeus, estes não lhes chegavam a roupa ao pêlo. De vez em quando a malta islamofascista estica-se…. e alguém lhes tem de mostrar o caminho do paraíso e das 72 feias virgens.
            Com o Hezbollah, idem. Depois da surra de 2006, o Nasrallah nem tão cedo terá vontade de chatear os judeus. O seu sonho húmido de uma “Palestina judenfrei” terá de aguardar mais algum tempo, até ao líder do Hezbollah ganhar alguma coragem…. e de inevitavelmente serem surrados outra vez. Há coisas que nunca mudam….

            Quanto á falácia do apartheid, só mesmo os totós anti-sionistas (ou anti-semitas, é o mesmo) é que acreditam em tal. Essa teoria já foi mais do que desmontada.. embora os mesmos do costume (esquerdistas, nazis e islamofascistas) a repitam “ad nauseum”.
            Se calhar, tal serve para ninguém se lembrar as discriminações existentes no mundo árabe. Se calhar não interessa referir que os refugiados palestinianos são tratados abaixo de cão nos seus países “irmãos”. Só a Jordânia lhes dá direitos. Os outros condenam-os a viver em campos de refugiados, pois isso ajuda a manter os refugiados como arma de arremesso contra Israel.

          • De diz:

            “cagalhão ” em bom português?
            A linguagem escatológica de Lizard assume o nível da argumentação de Lizard.

            A um outro nível Lizard esconde-se atrás do primeiro beduíno que é diplomata do ministério dos negócios estrangeiros de Israel, um tal de Ishmael Khaldi…
            Isto é a brincar não é? Citar um agente directo do governo criminoso de Israel e ainda por cima maçar-nos com a sua ( dele, do diplomata ) verborreia ao serviço do patrão é demais.

            Parece que o governo de Hitler também tinha algumas flores de estufa que não eram arianas a 100% …consta que a começar pelo próprio Fuhrer

          • De diz:

            Mais uma vez a pobreza de conceitos mascara o pendor ideológico de quem está do lado dos opressores:
            “Países irmãos”?
            Que países irmãos? Um árabe de uma monarquia do golfo tem como irmão um canalha de um governante sionista.Irmãos e porventura incestuosos

          • De diz:

            Repare-se em mais esta pérola:”a malta da ONU fica hospedada…. a fazer relatórios da “crueldade” de Israel.”
            A ONU é o que é e está enfeudada aos interesses das grandes potências.Mas basta que alguém denuncie os crimes do estado-pária de israel surgem logo comentários desta boçalidade aqui descrita.,

          • De diz:

            Os nazi-fascistas de todos os matizes reúnem-se bastas vezes com os seus colegas sionistas.Bebem do mesmo ódio e compartilham algumas ideias.
            Pode o Lizard entrar em transe e dizer os disparates que queira.Pode até repetir ad nauseum o seu decálogo habitual.O sfacots são demasiado fortes para que a propaganda sionista os possa vencer:
            Existem numerosas leis de apartheid dentro de Israel:

            A Lei do Retorno concede a todo o judeu o direito automático de imigrar para Israel e receber a cidadania; esta porém é negada a qualquer refugiado palestiniano expulso da sua própria terra.

            – Lei da Propiedade Ausente (qualquer palestiniano que não se encontre em sua casa, pode perder o direito a essa habitação).

            – Lei de Desenvolvimento da Autoridade (estratagema legal para proteger Israel de ser acusado de ter confiscado as terras palestinianas abandonadas e tudo o que estivesse nelas).

            – Lei do Fundo Nacional Judeu (JNF); Lei da Aquisição de Terras (Validação de actos e compensações)

            – Pacto entre o Governo de Israel e a Executiva sionista (também conhecida como Executiva da Agência Judaica para a Terra de Israel) – Acordo agrícola (Restrição agrícola do uso de terras e recursos de água aos palestinianos).

            – E muitas outras: A entrega de terras palestinianas à Agência Judaica para as Terras de Israel (a qual impede a compra de terras a árabes-israelitas e facilita a aquisição aos judeus estrangeiros); Lei da Prescrição; Leis Básicas: Terras de Israel; Lei de Terras de Israel; Lei da Administração de Terras de Israel; Pacto entre o Governo de Israel e o Fundo Nacional Judaico

          • De diz:

            Mas a série de disparates continua…
            A surra do Hezbollah em 2006?
            Lizard a tentar fazer passar os seus desejos pela realidade.Provavelmente confunde as suas preces à raça eleita ( só por si uma designação que tresanda a xenofobia),com o que de facto ocorreu.
            Acho que há material de sobra que torna perfeitamente ridícula a profissão de fé na fé da raça.
            Até entre a cambada que está do lado do terrorismo sionista:

            Click to access MRSetOut2010.pdf

            Não tem vergonha de não mudar Lizard perante o desnorte com que pontifica algumas das suas afirmações?

            (quanto aos seus sonhos húmidos…acho que isso é algo que só a si diz respeito.Contenha-se sim?Pelo menos em público)

        • Miguel Botelho diz:

          LGF Lizard, que idade é que tem, para fazer este tipo de declarações? 14? 15?
          A sua cabeça para pensar em coisas tão sérias ainda está numa fase muito infantil.

          • LGF Lizard diz:

            Se tivesse 14-15 anos, debitava postas de pescada como vocês….. sem saber o mínimo do assunto.
            Não chamar ditador a Assad é de bradar aos céus. E apoiar ditadores pior ainda.

          • De diz:

            Lizzardd,Eu percebo que o seu trabalho em prol dos sionistas o obrigue a mentir,aldrabar e tentar fazer pela vida desta forma vergonhosa e despudorada.
            Os seus sonhos húmidos ( o linguarejar é o seu,entenda-se…baixo o e rasteiro como o de todos os racistas e xenófobos) começam onde o sionismo assenta praça e parte à desfilada em nome dum estado-pária.
            Mas para começo das clarificações necessárias.De facto anti-sionista não é igual a anti-semita.Só alguém desqualificado mentalmente ou algum sionista com a cauda racista presa debaixo do rabo de Goebbels pode dizer tal. Os sionistas parece que de facto aprenderam os métodos deste nazi…

        • Rocha diz:

          Blah blah democracia blah blah Assad ditador. O Lizard é mais um que tem o fetiche da democracia burguesa – para não falar da imbecilidade de defender ditaduras de Arábias Sauditas, Turquias, dos Estados Unidos (veja-se só a bufaria mundial apenas mais um crime para a sua longa lista de atrocidades) e de Israel contra a Síria.

          Mas um pormenor de grande importância, agora que os Estados Unidos União Europeia (França e Inglaterra) e Israel já têm a desvergonha de apoiar a Al-Qaeda e a Irmandade Muçulmana sírias, seria entender as sociedades que agora são dadas como a marca da democracia moderna: os países nórdicos. Qual é a sua origem.

          Se for a ver os hábitos, costumes e religião dos vikings que fundaram as bases das sociedades nórdicas verá que em nada ficariam atrás dos mais sanguinários grupos armados islamitas da actualidade. O mesmo se poderia da santa inquisição e o mesmo se poderia dizer da NATO.

          Outra coisa. Você por estes dias deve estar a vibrar com o “democrata” turco, o primeiro ministro Erdogan. A forma como Estado turco permite os direitos civis, expressão, reunião, manifestação, organização, respeito pela independência da justiça, direito de defesa judicial, entre outros é “brilhante”, resplandecente de sangue. Palavras para quê? Você é que é o verdadeiro democrata! Você é que nos deve dar lições de democracia.

        • De diz:

          A democra cia de israel no tal “verdadeiro sentido da palavra” tem logo um enorme,um enormíssimo pecado original.
          É fruto de uma ocupação de um povo
          E isso não se pode perdoar

        • De diz:

          Ilan Pappe – A limpeza étnica da Palestina.
          Pappe é um historiador israelita e não um membro da quadrilha governamental de Israel.

        • De diz:

          Mais uma vez o jargão ideológico de Lizard afunda-se nas suas próprias palavras.Citemo-lo:
          Um comunista apoia um regime patati-patata…só porque apoiado pelos americanos…patata-patati.
          A questão, a funda questão que ultrapassa todas as visões limitadas de todos os estonteantes defensores dos jogos de guerra dos abutres é que são as causas justas e a luta pelos oprimidos que devem constituir linhas de actuação..E que para tal há que a todo o momento fazer a leitura do teatro das forças em disputa,Não é de todo indiferente se o horror conquista um país ou se se deixa esquartejar este em nome da cobiça dos senhores do Capital. e do Império.A barbárie não deve passar, custe os sacrifícios que custar, assuma os disfarces que assumir.
          Porque voltar à Idade Média não é uma opção,
          Francisco neste seu magnífico trabalho já o disse por outras palavras.Outros também já aqui o disseram.A repetição estereotipada do discurso do Lizard mais não será que uma tentativas um pouco pífia de ocultar o conteúdo destes excelentes posts?

    • A.Silva diz:

      LGT Lizard como se diz neste boma artigo sobre a Siria:

      “Perante isto a postura dos nacional-tótos e fariseus é um misto de apelos genéricos e inconsequentes ”que horror”, “porque é que não se entendem”, ou pior, um branquear de responsabilidades “O Assad é um facínora e responsável por tudo isto”, “ambos os lados são iguais”. ”

      É isso mesmo que você é, um nacional-tóto… só que não enganam ninguém.

      • LGF Lizard diz:

        Ora deixa cá ver… os islamofascistas da oposição são assassinos. Assad é um assassino.
        Vc apoia Assad pq supostamente é da sua ideologia.
        Eu digo que ambos os lados são assassinos.
        Diz-me com quem andas que eu digo-te quem és.

      • De diz:

        Para infelicidade de Lizard ( ou talvez não) os islamo-fascistas têm o apoio dos EUA, da Grâ-Bretanha, da França,das monarquias do golfo, da Turquia,de Israel, como é patente na Guerra que se trava na Síria.
        Cada um tem os amigos que tem
        Lizard lá saberá os que apoia.A idade das trevas defendida pelo Lizard e pelos seus amigos não é solução.Mesmo que disfarçada nesta cobarde tentativa de ocultar o apoio dos amigos de Lizardo ao islamo-fascismo puro
        Sorry Lizard. Leia lá mais atentamente os textos do Francisco

    • Miguel Botelho diz:

      São fantásticas estas declarações. Nota-se que é uma pessoa que baseia tudo o que diz pela pouca leitura que faz dos acontecimentos, através de jornais como o “Público”, o “DN”, ou até pela televisão ou pela esporádica conversa de café com o taxista: «Já viu o que aquele carniceiro está a fazer ao seu povo?»
      No final, nem uma palavra acerca da estrutura de poder que tenta dominar o Mundo, através do seu tráfico de armas e dos meios de corrupção que exerce sobre países, como a Jordânia.
      Para que este pobre sonâmbulo que vive daquilo que se diz e escreve por aí, os Estados Unidos da América acabam de colocar mísseis “Patriot” na Jordânia. Qual o motivo? A provocação e o ataque a um estado soberano.
      No entanto, estas coisas de atacar um país e usar mercenários para matar pessoas, não é assunto de interesse para LGF Lizard. É assunto para não perder tempo, porque afinal de contas, «Assad é um ditador».

      • LGF Lizard diz:

        Os mísseis Patriot são sistemas de armas ant-aéreos e antí-míssil, não são armas ofensivas. E como uma no-fly zone/intervenção da ONU/intervenção da NATO estão completamente fora de questão, tal retórica é pura e simplesmente idiota.
        E sim, Assad é um ditador. É mentira? Ou as palas vermelhas não deixam ver a realidade?

        • Miguel Botelho diz:

          Continua sonâmbulo e a pregar a cantilena dos meios de comunicação sociais pagos pelo lobbie de Israel. É tão estúpido que não percebe ou entende que o facto de os americanos colocarem armas num país, significa a velha política da guerra e, como está claro, nem uma palavra contra os Estados Unidos da América que financiam e pagam os mercenários anti-Assad. A continuar assim, LGF Lizard, lá encontrarei no “American Club”, com um “pin” dos EUA na lapela e a gritar bem alto: «Morra Assad!»

          • LGF Lizard diz:

            Blá, blá, blá, os israelitas, blá, blá, os americanos, blá, blá.
            A vossa conversa resume-se a isto.
            No entanto, os israelitas já mostraram que preferem Assad no poder do que os islamofascistas. Dizem eles, e com razão, mais vale um velho inimigo conhecido do que o novo inimigo desconhecido.
            Os americanos também já afirmaram alto e bom som que não irão intervir na Síria.
            E não são os americanos que financiam os islamofascistas, mas sim a malta dos pretrodólares… que curiosamente, também mete uns dinheiros no Hamas…. e na Al-Qaeda.
            A malta do Hezbollah é mais chique e saca o guito aos sírios e iranianos…. daí a razão se estarem a combater ao lado de Assad.

          • De diz:

            Tenha dó.Pensará que nos consegue vender as conversas em família de um ou outro vendedor da banha da cobra sionista ?
            ” I should say that Israel is supporting the insurgency. In other words, it is supporting al-Qaeda in Syria.This is not known to public opinion. Through the Golan Heights, it is supporting terrorist units of al-Nusrah, which are fighting the Syrian government.It has logistics, weapons supplies, Israeli vehicles going into Syrian territory; it also has a hospital facility for the rebels located in the Golan Heights.

            So, in effect, right from the outset Israel has been involved in supporting the various factions, the so-called Islamist factions, which are, as we know, mercenaries trained in Qatar and Saudi Arabia.

            So, in effect, we have to ask ourselves who are the main military actors in the Syrian war theater. The al-Nusrah rebels, which allegedly represent the opposition, are supported by the Western military alliance and Israel.

            These are the foot soldiers of the Western military alliance and they are waging a war against the Syrian people.

            Now when the European Union decides to lift the arms embargo, what they really have in mind is to channel military aid to this mercenary force, which is supported by foreign powers.

            That is a very different position to that of Russia or Iran for that matter, which provide military assistance to a sovereign country to a government through bilateral agreements.

            In effect what we are also dealing with is Western and Israeli military aid channeled to a terrorist entity, which is illegal under the international law but it is also in violation of the US’ anti-terror legislation.”

            Sorry Lizard mas a realidade é terrível.
            Há mais.Ficam para próximos capítulos

    • De diz:

      Acho que anda distraído,Lizard. Se reparar bem as suas pretensas dúvidas existenciais já foram (até antecipadas) pelo excelente artigo do Francisco.
      Ora leia lá de novo e num exercício de reflexão procure ver os bons bocados de prosa que deitam por terra as suas veleidades de comparar o que não é comparável
      Note que talvez seja melhor ler as quatros peças do Francisco.Elas completam-se e constituem um todo.Vai ver que não é difícil

  2. Rocha diz:

    Não deixa de ser divertidíssimo ver os fanáticos sionistas pro-Israel do Debkafile a falar da necessidade de haver mais reforços da Al-Qaeda para as fileiras dos “rebeldes sírios”.
    http://www.debka.com/article/23021/Qusayr-was-a-debacle-for-the-West-and-Israel-Aftershocks-in-Lebanon-Golan-and-Gaza-Strip

  3. Carlos Carapeto diz:

    Quero felicitar o Francisco por o excelente trabalho que tem vindo a publicar.

    Trata-se de uma analise precisa e esclarecedora sobre as verdadeiras intenções do imperialismo na tentativa de dominar toda a região que vai do Mediterrâneo, Irão, a riquissima Bacia de hidrocarbonetos do Cáspio, controlar toda a Ásia Central. Ou seja levar à pratica a teoria do Heartland de Halford Mackinder ” ainda volto a este tema”.

    Portanto tem como objetivo desestabilizar a China pelas costas (Xinjiang e Tibete) aproximar-se o mais possível das imensas riquezas da Síbéria e no futuro forçar uma saída para o Ártico.
    As agressões ao Afganistão e Iraque fazem parte dessa mesma estratégia.

    Por isso a pretensa questão neste momento levantada sobre o desrespeito aos direitos do povo Sírio por parte de Assad é uma pura falácia que faz parte desse jogo geostrategico.
    Porque se tivessem realmente interessados em defender a democracia e os direitos dos cidadãos começavam por pôr na ordem as petroditaduras do Golfo.
    Os médicos do Barahein que trataram os manifestantes feridos durante os protestos foram condenados a duras penas de prisão, entre 15 e 25 anos.
    Nenhum daqueles que estão a promover a carnificina na Síria se levantou contra esta monstruosidade.
    No entanto todos sabem que os médicos de qualquer parte do mundo fazem o juramento de Hipocrates, por isso tinham o dever moral de socorrer quem precisava de tratamento.

    O arrepiante nesta situação é a propaganda imperialista conseguir pôr alguns mabecos a latir , como aqueles que por aqui aparecem. Não sabem esses que ao capitalismo/imperialista não lhes interessa a democracia e os direitos das pessoas, só o lucro conta.

    Na Síria não é diferente, o que está ali em jogo é o dominio geopolitico/geoestrategico/geoeconomico global.
    É um jogo de vida ou de morte para o futuro da humanidade.

    Mackinder nos finais do seculo XIX principios do século XX defendeu que quem controla-se a Heartland (Eurásia) controlava o mundo, Spykman posteriormente acrescentou ao Heartland o dominio do Rimland (mares) disse «aquele que domina o Rimland domina a Eurásia;aquele que domina a Eurásia tem nas mãos o destino do mundo».

    É sabido que há muito os EUA dominam todos os mares (Rimland), com a colaboração dos países da OTAN, OTASE, CENTO e ANZUS.

    Falta apenas e só o dominio territorial do Heartland (Eurásia). A base área avançada de Manás na Quirguizia a poucos Km da fronteira China insere-se já nesses planos.

    O estratega Francês general Pierre-Marie Gallois a este proposito escreveu « a politica externa dos EUA nem sempre foi inábil. Promover e assinar o tratado de Washington, organizar a OTAN e o seu corolário militar , visavam ancorar solidamente o Rimland ao Oeste da Eurásia. Defender a Coreia do Sul algum tempo depois era consolidar um Estado amigo a Este da Eurásia; ajudar a França no Vietnam __ depois de a ter combatido politicamente , tinha como objetivo manter no Sudeste Asiático, no Rimland, uma presença aliada».

    Se consultar-mos Brzezinsky no ” Grande Tabuleiro de Xadrez” vai no mesmo sentido. Controlo da Eurásia (Heartland). Alexandre del Valle, Samuel Huntington, Noam Chomsky, Ziuganov, Yves Lacoste são todos da mesma opinião, controlo da Eurásia com a finalidade de desmembrar a Rússia e a China.

    Pezarat Correia também escreveu dois livros muito interessantes sobre o mesmo tema.

    Como diz Gallois os EUA mostram não ser inabeis, depois da guerra foram o unico Estado a quebrar os moldes civilizacionais, um país não muçulmano a “promover e a defender” os interesses dos muçulmanos, sendo também eles os maiores responsáveis na difusão do extremismo Islamico.

    Foram os EUA quem deu e dá cobertura aos regimes mais brutais do Médio Oriente.

  4. Helder Lopes diz:

    Só falta referir a “alegada” utilização de armas químicas pelas forças do assassino Assad. Como o Lizard referiu e bem, dos dois lados se cometem crimes hediondos, execuções porque sim… Fico perplexo quando uma ideologia qualquer consegue colocar duas palas nos olhos das pessoas e não as deixa ver o óbvio, que neste caso é que dos dois lados da barricada se praticam crimes inimagináveis, os dois lados praticam crimes contra a Humanidade e nenhum dos lados está minimamente preocupado com o povo Sírio.

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  8. Miguel Botelho diz:

    Resta-me dar os parabéns ao Francisco pelas 4 crónicas escritas. Tive de as imprimir e ler no pouco tempo que tenho disponível para me dedicar a estes grandes temas.
    Julgo ser este o melhor caminho para todos aqueles que querem um mundo mais esclarecido e em que a informação seja clara e não comprada ou manipulada pelos interesses pró-americanos.
    Seria bom ver mais exemplos como o Francisco, a escrever com vontade e interesse por boas causas, mas também é pena ver tantos a seguirem os caminhos que levam à corrupção e, nesse aspecto, a estrutura de poder norte-americana continua a pagar e a corromper quem lhe serve melhor os interesses.

  9. Argala diz:

    Grande texto Chico!

    Resta apenas sublinhar aquilo que para mim é o mais importante: com a queda da República Árabe da Síria, cai toda a resistência armada na zona.

    Quem é que vai dar armas e financiamento ao Hezbollah, às FPLP, às FPLP-CG, às Brigadas Al-Quds? Nasrallah explica: http://youtu.be/tlQEeYieBVI

    E a posição correcta de qualquer revolucionário neste momento é defender o Eixo da Resistência com todas as palavras. Normalizar essa posição junto dos movimentos revolucionários na Europa e acabar com a cobardia.

    Os mujahedin do Hezbollah estão a cair às dezenas na linha da frente para defender as posições que os palestinianos conquistaram com o seu sangue após Setembro Negro e durante a guerra civil libanesa, estão a defender as comunidades cristã, druza e xiita do avanço das hordas salafistas, estão a defender toda a Resistência armada contra Israel e a NATO, estão a defender o Partido Comunista Libanês, estão a defender os socialistas, todos os movimentos laicos. Mesmo que, por exemplo, a comunidade cristã libanesa não o reconheça, ela sabe muito bem qual a força que vai impedir uma repetição daquilo que aconteceu aos cristãos em Aleppo: são os bravos soldados do Hezbollah. E apesar disto tudo, quase ninguém na Europa tem coragem de declarar o seu apoio ao Hezbollah, porque têm a cachimónia cheia de meninices e preocupações pequeno-burguesas.

    Outra questão importante Chico: ninguém quer que o Hezbollah deixe de ser considerado um grupo terrorista pela UE e EUA porque isso é uma medalha de honra!!!! Ser considerado terrorista pelo inimigo é a confirmação da justeza e firmeza da Resistência Nacional Libanesa!!!!

    Viva o Hezbollah!! Viva a República Árabe da Síria!! E viva toda a resistência armada contra o imperialismo!!

    Abraço

    • LGF Lizard diz:

      O Hezbollah é tão revolucionário e de esquerda como o Aiatola Khomeini.
      A malta de esquerda tem de começar a perceber que os inimigos dos inimigos da esquerda (leia-se EUA e Israel) não são necessariamente amigos da Esquerda… muito pelo contrário.
      Como provou e bem a revolução iraniana, a malta fundamentalista gosta muito da malta de esquerda…. preferencialmente pendurados por uma corda ou com um balázio na testa. O que sucedeu ao partido comunista iraniano durante o reinado de Khomeini deveria abrir os olhos a muita gente….. mas a cegueira anti-americana é grande.

      A única coisa boa do conflito sírio é que muito terrorista tem ido ter com as suas 72 feias virgens sem chatear os do costume.

  10. Argala diz:

    “os israelitas já mostraram que preferem Assad no poder” LGF Lizard

    Não está ao corrente da situação.

    Já foi apanhado material israelita nas mãos dos rebeldes. Israel já foi dar uma ajudinha aos rebeldes com bombardeamentos aéreos. Israel já meteu hospitais de campanha nos Golã para os rebeldes. Já mais do que uma vez o canal 2 israelita entrevistou porta-vozes dos rebeldes. Os links para todas estas informações posso fornecer a pedido.

    “E não são os americanos que financiam os islamofascistas, mas sim a malta dos pretrodólares… que curiosamente, também mete uns dinheiros no Hamas…. e na Al-Qaeda.”

    Malta dos petrodólares que são nada mais nada menos que os proxies americanos na zona. E não, é mentira, os americanos também estão a financiar, juntamente com alguns países da UE. E nem é a primeira vez que utilizam estes grupos. Lembrar: as duas guerras na Chechénia, Afeganistão e Paquistão.

    O Hamas terminou com a luta armada, montou a tenda em Doha e está agora preocupado em gerir o que sobrou da ocupação. Financiar o Hamas nestes termos é exactamente o que querem os EUA e Israel. Aliás, perca um pouco do seu tempo a estudar a história do Hamas e a tentar perceber como foi utilizado para dividir a OLP. Até à capitulação do Hamas, quem fornecia a base, financiamento e armas eram precisamente o Irão e a Síria. Aliás, até Julho do ano passado a base do Hamas era em Damasco.

    Cumprimentos

  11. Miguel Botelho diz:

    Novas notícias em relação à Síria. Os Estados Unidos da América afirmam que o exército sírio usou armas químicas contra o seu povo. Sem termos acesso a nenhum documento ou prova, isto é motivo suficiente para ajudar os mercenários da Al-Qaeda com armas. Também, estão a pensar decretar o «No Fly Zone» no sul da Síria, onde já estão marines acantonados e mísseis «patriot».
    No final de contas, quem quer mesmo a guerra? Quem é que está a arranjar um conflito armado?
    Bill Clinton e John McCann acreditam que Obama não está a fazer o suficiente. O que será o suficiente para o império americano? Uma guerra mundial?
    A corrompida estrutura de poder norte-americana continua a alimentar a guerra no mundo.

    • De diz:

      Israel a usar todo o seu arsenal para levar por diante o fim da Síria.O lobby sionista presente nas capitais europeias e nos states saliva com os próximos alvos.Nem que para isso utilize os islamo-fascistas como sua ponta de lança

      Entretanto Moscow unconvinced by US evidence of Syrian chemical weapons use
      http://rt.com/news/syria-chemical-weapons-moscow-692/

      • Miguel Botelho diz:

        Também já posicionaram F-16 junto à fronteira entre a Jordânia e a Síria. Em todo o caso, os combates estão a provocar muitas baixas nos rebeldes, como também ondas de protesto no reino da Jordânia.
        Não sei porquê, mas esta tentativa dos EUA de entrarem naquele país faz lembrar a tentativa dos alemães de entrar em Estalinegrado, há 70 anos. Na altura, a imprensa também dava a cidade conquistada pelos alemães, mas a história começou a correr de maneira diferente, a partir daquele momento.
        Oxalá que esta ligação histórica não esteja errada.
        Saúde

  12. Rocha diz:

    O mundo dos rebeldes sírios e dos seus apoiantes takfiristas é uma espécie de humor negro profundo. Vê este site, não tem desperdício:
    http://www.memritv.org/

    • De diz:

      E os amigos da Irmandade Muçulmana:
      El presidente egipcio, Mohamed Morsi, anunció el sábado que Egipto ha decidido romper relaciones con Siria, informa el portal egipcio Ahram Online.
      En su discurso, el presidente (do Egipto) instó a la comunidad internacional a imponer una zona de exclusión aérea sobre Siria.

    • Miguel Botelho diz:

      Boa réplica de Putin junto ao primeiro-ministro britânico, Cameron.
      As imagens transmitidas pela “Press TV” sobre os rebeldes, mostram os mesmos grupos pagos pelo Qatar e a Arábia Saudita e que serviram para eliminar o governo de Gaddafi.
      São uma espécie de “pau para toda a obra” nas guerras que os EUA querem impor no Médio Oriente.
      Na Jordânia já estão estacionados os F-16 e as rampas de lançamento dos mísseis “Patriot” escoltados por “Marines yes sir, no sir”.
      Agora só falta aparecer um general americano e dizer o mesmo que Custer disse antes da batalha de Little Bighorn: «I guess we will get through them in one day».

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