Que Se Lixe o Podemos Falar

Em 2012 nasceu um movimento que, imitando o modelo do Protesto da Geração à Rasca (GaR), tomou o nome de Que Se Lixe a Troika (QSLT). “Apartidário, laico e pacífico” era o mote da GaR. Dos três valores, apenas o primeiro foi assumido pelo QSLT – tal não podia ser mais falso. Alguns artigos de jornal e blogues explicam como este “movimento” foi, sim, instrumentalizado pelo PCP e BE. Em reuniões à porta fechada, pessoas destes partidos decidiam votar em bloco as acções que iriam ser discutidas e aprovadas em encontros públicos.

Num deles proibiu-se a continuação de grupos de trabalho setoriais autónomos (chamados “marés”) sobre a saúde, educação, cultura, etc.. Poderiam ter desembocado em coletivos mais organizados, quem sabe num novo partido, como aconteceu em Espanha com o Podemos.

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Ler artigo completo no P3 do Público, aqui

Sobre João Labrincha

Agora escrevo no Botequim.info em http://botequim.info/author/jl4br1nch4/
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20 respostas a Que Se Lixe o Podemos Falar

  1. João diz:

    Ainda tive alguma esperança em vocês, mas de facto são um desastre: vazios, sem projectos que não os exclusivamente pessoais, auto-proclamando-se e auto-legitimando-se, falando em criar um partido político como quem combina umas pataniscas de bacalhau com arroz malandrinho, mantendo uma áurea de eterna juventude mesmo quando dobram as esquinas dos “enta”, enfim, gente um bocado desnorteada que acredita que a vida de 10 milhões de Portugueses se resume às suas causas da treta.

  2. llopes49 diz:

    Fiquei deveras entusiasmado com a Idéia de fundar um Partido,a grande dificuldade é o dito ser depois um alfobre de velhacos,cinicos e sei lá se ladrões.

  3. O João acertou em cheio na mouche. A sua descrição é absolutamente factual e tem todo o meu apoio.
    ZM

    • manuel costa diz:

      a “veracidade dos factos” não é para aqui chamada pois não?

      acho realmente ridículo que alguém que dirige uma empresa que se dedica à venda do produto “cidadania”, não tenha o mínimo cuidado de usar o próprio produto que tenta vender. verificar factos antes de fazer acusações, penso que façam parte da descrição do “produto”.

      porquê que me refiro ao “movimento 12 de março” como empresa? quem, no seu perfeito juízo cidadão, iria registá-lo como marca?

      mas para que não me acusem de estar a inventar factos, basta pesquisar no Instituto Nacional de Propriedade Industrial, entidade pública responsável pelo registo de marcas e patentes:

  4. João. diz:

    Falharam. E portanto culpam o PCP. Vocês são o esquerdismo calimero.

  5. ernesto diz:

    É bom sempre saber a opinião de todos, mas não investigar o maior antro de corrupção e traficância de influencias, basta ver o despedimento coletivo que o Kasino Estoril fez destruindo centenas de famílias em troca de outras por capricho, isto é pior ou igual ao problema SÓCRATES.

    • É típico da estratégia estalinista culpar os outros pelos actos próprios para tentar passar pelos intervalos da chuva. “Vocês falharam e culpam o PC”. Ora se o QSLT era o PC+BE, quem é que falhou o quê? De quem a culpa, senão dos organizadores? Brincamos ou colamos cartazes????
      Estejam descansados. A malta não anda propriamente a dormir, embora vos desse jeito, claro!!!
      ZM

      • João. diz:

        É típico da esquerda falhada olhar para o seu projecto, vê-lo em cacos, não assumir o seu falhanço e passar a acusar o PC, nomeadamente de estalinismo: como se qualquer um não tenha a liberdade de fundar o movimento que quiser. Porque é que não se junta ao Livre? Como é que o PC impede tudo se andam por aí a nascer movimentos que nem cogumelos? Vocês querem ser como o Passos Coelho, querem culpar os outros pela vossa má gestão e incapacidade: querem ser, como os loucos e as crianças, inimputáveis.

        • João. diz:

          Afinal enquanto fala do podemos falar você censura o meu comentário…talvez também seja culpa do PC.

          • João Labrincha diz:

            Caro João, infelizmente as definições deste blogue (as quais não controlo) fazem com que tenha que aprovar cada comentário individualmente. E como felizmente tenho um trabalho e uma vida para lá dos blogues, apenas agora pude aprovar o(s) seu(s), que agradeço, mas com o qual não concordo. Quanto ao Livre, leia o artigo todo por favor e terá a resposta.

          • João. diz:

            Okay João. Peço desculpa e agradeço o modo simpático com que corrigiu o que não era de sua conta. Fora isso, a luta continua, nomeadamente o desacordo que tenho com a sua tese. É que no fundamento dela está a atribuição ao PCP de um poder que roça a paranóia, ou seja, aquela ideia de que os comunas estão por de trás de tudo a minar e a conspirar. Nada disso. Há um amplo campo de associação popular. O mundo é a vossa concha. Não há qualquer repressão do direito de associação ao nível daquele que vocês tentaram fazer de modo que o que resta é o que falta até agora; consistência e duração para muitas organizações. Mas isso não é culpa do PCP.

  6. Argala diz:

    Os trabalhadores portugueses entre dois fogos: o movimentismo anti-orgânico espontaneísta completamente vazio, e o reformismo eleiçoeiro sem estratégia revolucionária. A identidade dos contrários dá animação e movimento. Os meninos animam-se com estas tertúlias. Com o passar do tempo cada um dos dois se transforma no seu contrário. O movimentismo torna-se partido eleiçoeiro e reformista (vide BE) e o reformismo eleiçoeiro vai perdendo o seu conteúdo, amaciando a linguagem e as suas formas de luta para responder às necessidades institucionais (vide PCP). Torna-se portanto vazio, exactamente aquilo que tanto odiava.

    Fica assim ao fim de uns anitos superada a contradição, numa nova estrutura que incorpora o pior de cada uma das partes: o esvaziamento político e o reformismo. O reformismo-vazio. Com mais uns anos chegamos ao LIVRE – o reformismo-vazio-queijo-limiano que o Labrincha diz que odeia.. é dar tempo ao tempo..

    E o pior de tudo. Não há aprendizagem colectiva nem um balanço no final de cada processo, apenas a desmobilização, o rancor individual, a noção de tempo perdido. Porquê? Porque estes movimentismos e reformismos são conduzidos à maturidade por oportunistas. Gente que quer tratar da sua vidinha. Tratar da sua vidinha preenchendo-a com “activismo”, mais vida social, colorindo os tempos livres – a máxima é: “muita actividade!! é preciso fazer coisas!!”. Não “coisas que funcionem”, não – coisas. O outro aspecto é mais sinistro, que é a futura carreira política. Ambições legítimas, mas que já destruíram movimentos revolucionários um pouco por todo o lado.

    Ó Labrincha, o comum dos trabalhadores não quer fazer amigos novos, nem ter mais vida social, nem preencher todos os fins de semana com arruadas, concentrações, vigílias, pic-nics, excursões, manifas, acampadas, reunite aguda, etc. Ele nem sequer quer ouvir falar em revoluções. Ele quer tratar da sua vida videirinha, as reivindicações imediatas. E é a isso que tu deves dar resposta para já. Construir ferramentas que no imediato melhorem a vida dos trabalhadores, e depois integrar isso num movimento mais geral e numa estratégia revolucionária. E como tu não és deputado do BE nem do PCP, procura actuar no espaço que está livre. Não copies vícios.

    Exemplos concretos: se há uma família que é despejada, ter já as ferramentas e ocupar casas vazias para habitação. No melhor dos casos, impedir os despejos confrontando a polícia. Quando cortam a electricidade, ajudar as pessoas a fazer o bypass. Ter grupos de sabotagem organizada no apoio às greves. Perseguir individualmente os patrões que não cumpram as leis laborais, fazê-los ter medo. Dar apoio jurídico às famílias endividadas. Enfim, tantas coisas concretas que se podem fazer. O Podemos faz alguma coisa? Ainda nem temos os resultados concretos do Podemos e já andam os meninos a plagiar. Falta de auto-estima e confiança nas nossas capacidades e na nossa experiência colectivo.. é preciso ir importar a ‘Pepsi’ do vizinho.

    Não é difícil encontrar entre os trabalhadores, com mais idade e experiência, quem tenha vivido os tempos do PREC e tenha muito mais para nos ensinar que o Paul Churches – “ó meu menino, o que tu sabes já eu esqueci”.

    Cumprimentos

  7. Supraciliar diz:

    Deixa-te dessas coisas e apoia o que é importante, a petição pública em curso:

    Petição para que Jorge Sampaio se recandidate e Indulte José Sócrates

    Jorge Sampaio enquanto Presidente da República indultou Otelo Saraiva de Carvalho; pode muito bem indultar Sócrates. Coragem não falta ao velho leão. Vamos apoiar a ideia lançada por António Costa da recandidatura de Jorge Sampaio.

  8. CausasPerdidas diz:

    Já percebi o que é o “juntos Podemos”:
    http://www.ionline.pt/artigos/portugal/movimento-juntos-podemos-reune-se-no-fim-semana-possivel-adesao-convencao-livre

    Já não dou para peditórios destes.

    • CausasPerdidas diz:

      Sinto-me na obrigação de desmentir o “link”, já que a ex-deputada desmentiu a notícia. Isto de acreditar em “jornalistas” já começa a ser um acto que se afasta cada vez mais da ingenuidade e se aproxima da pura estupidez. Meti aspas no “jornalistas”, porque conheço uns tantos que se respeitam e respeitam quem os lê, qualquer dia vê-los-ei ao lado do lince: “espécie em vias de extinção”.

      • manuel costa diz:

        acontece frequentemente e não é de agora. o mal é acreditar que é por acaso que isso acontece e não pensar que há um sistema por detrás:
        no blog tempo das cerejas (blogspot) referem-se situações semelhantes em “Glórias do Jornalismo Português”

  9. Supimpa!!! Por detrás de cada português, nomeadamente daqueles que querem participar em movimentos giros, modernos e independentes… está um comunista (do PCP, claro!) a manobrar para controlar cada passo desse incauto português.
    Conclusão: o PCP tem, pelo menos, cinco milhões de militantes, carago!!! 🙂

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