Os ataques na faixa de Gaza não param e consequentemente o número de mortos já ultrapassou os 1300 do lado palestiniano e cerca de 48 do lado Israelita… De referir também que além da disparidade quantitativa também existe uma brutal disparidade qualitativa. Enquanto que do lado israelita menos de 10% das vítimas mortais são civis (apenas cerca de 4 em 48) do lado palestiniano é o oposto, dos mais de 1300 mortos a maioria são civis (incluindo mais de 240 crianças…). O que se passa na Palestina é inadmissível e se à Palestina não é permitida voz, junta a tua voz amanhã, 1 de Agosto, em Lisboa às 18h no Saldanha seguindo em marcha até à Embaixada de Israel: https://www.facebook.com/events/1506806816200453/
e também amanhã, 1 de Agosto, na cidade do Porto às 16h na rotunda da Boavista: https://www.facebook.com/events/559979124124729/?ref=br_tf
Uma dúvida: o anti semitismo não é um crime contra a Humanidade?Se é,onde estão os guardiães do Direito e o caraças?
Caro Isil, não sei se interpretei bem as suas palavras mas a luta de muitos palestinianos não é anti-semita mas sim contra um Estado religioso de apartheid (que é diferente do que ser contra os judeus), como também o demonstram os milhares de judeus nesta manifestação nos EUA: http://www.libertar.in/2013/06/sionismo-cem-mil-judeus-protestam.html
A luta dos palestinianos não é por um estado palestiniano mas sim para erradicar a presença judaica na “Palestina”. Uma espécie de solução final à maneira palestiniana, com vista a tornar a “Palestina” judenfrei. A extrema-esquerda europeia, que se tornou tão ou mais anti-semita que a extrema-direita, nem sequer levanta objecções….. embora saibam perfeitamente que o resultado final seria outro Holocausto.
Caro LGF Lizard, desculpe uma coisa é defender o fim do Estado religioso e racista/apartheid de Israel ou outra coisa COMPLETAMENTE DIFERENTE é defender o extermínio dos judeus. Para melhor entender é como a questão do país África do Sul no tempo do apartheid, era um Estado essencialmente para os brancos (como Israel é actualmente para os judeus) e o que a maioria da população decidiu (e bem nesse aspecto) é que queria destruir esse Estado branco de apartheid mas não expulsar ou matar todos os brancos na África do Sul. Espero que entenda melhor agora estas importantes diferenças.
O problema é que é exactamente a mesma coisa. Vocês, os idiotas úteis do islamofascismo, ainda não perceberam (ou não querem perceber ou estão de acordo) que o objectivo final é mesmo o genocídio dos judeus. O conflito israelo-palestiniano nada tem a ver com a África do Sul. Não existe apartheid em Israel. As minorias árabes (drusos, beduínos, palestinianos e árabe em geral) têm os mesmos direitos que os judeus. Eu sei disso, vocês também sabem. No entanto, preferem ignorar e reclamar com apartheid, coisa que não existe em Israel. Onde está o Mandela palestiniano?
Caro LGZ, quando me oponho ao Estado de apartheid de Israel o meu objectivo (e de muitos outros, Judeus inclusive) não é o “genocídio dos judeus”:
http://cidadedeminas.blogspot.pt/2014/07/brasil-chama-embaixador-de-israel-para.html
Sobre o apartheid do Estado de Israel:
http://www.globalresearch.ca/crime-against-humanity-what-makes-israel-is-an-apartheid-regime/5396387
Mais ainda: alguém viu os negros sul-africanos a bombardear com rockets as cidades sul-africanas? A promover o genocídio dos brancos? Mais uma prova da falsidade de comparar Israel à África do Sul.
Mais ainda: porque defende você a destruição de Israel? Não aceita uma solução de dois estados? Porque razão todos os povos têm o direito à auto-determinação e à independência…. menos o povo judeu? Porque razão ignora o senhor a Carta do Hamas? Desde quando aceita um regime islâmico na Palestina? Desde quando aceita que os não-muçulmanos tenham um estatuto de cidadãos de 2ª classe? Porque razão as matanças na Síria e no Iraque não lhe merecem tanta atenção?
Caro LGF, já participei (no passado mais ou menos distante) em várias iniciativas contra o que se passou e passa no Iraque, Síria, Timor, etc. Espero que perceba que ninguém no 5dias.net é profissional para ter todo o tempo para escrever sobre todas as injustiças do mundo… Mas digo-lhe já (e fui criticado por outros por causa disso) para que não haja dúvidas que condeno as atrocidades que se passam na Síria e no Iraque (no Níger, na Tailândia, na Líbia, etc).
Seria extremamente curioso ver certa gente que por aqui, sempre que se criticam a surtidas assassinas do IDF, dá pinotes no ar e espuma de raiva acusações de anti-semitismo, adoptar as mesmas benévolas posturas para com outros povos que foram chacinados ao longo da História. Caso os habitantes da actual República Democrática do Congo abatessem, “on the spot”, todo e qualquer cidadão belga que vislumbrassem, relembrados das benfeitorias ao seu povo feitas pelo bom do Rei Leopoldo, seriam aplaudidos? E se qualquer guineense ou angolano resolvesse, lembrado de coisas passadas, reduzir à escravatura todo e qualquer cidadão português a que pusesse a vista em cima, seria ele ovacionado? E, já agora, se qualquer português que se passeasse por Israel fosse queimado em auto-de-fé entraria nas contas de uma serôdia, mas ainda válida, justa retaliação? É que a pergunta fundamental é esta: MAS QUE MERDA TÊM OS DESGRAÇADOS DOS PALESTINIANOS COM AQUILO QUE OS NAZIS FIZERAM AOS JUDEUS, PORRA???!!!
Caro André Pestana,
Corro o risco de comentar um pouco a despropósito, mas este comentário não aprovado ficou esquecido no outro postal, e deu-me algum trabalho a escrever. E com a devida modéstia, acho que é importante para se entender porque razão a Síria é um pilar da resistência e pode reclamar isso na sua luta contra o imperialismo.
“É exactamente pelo facto de Bashar só chegar em 2000 e de haver um período histórico antes e depois da guerra dos campos, que eu prefiro fazer uma contextualização mais recente. Analizo as credenciais do regime sírio depois desse período, porque ele marca uma viragem. A Síria esteve em guerra com o seu maior aliado no Líbano, o Hezbollah. E no entanto, foi ao Hezbollah que as tropas sírias permitiram manter as armas depois dos acordos de Ta’if. Há aqui, portanto, dois momentos claros. Um primeiro momento em que a Síria tenta ter o controlo do movimento, porque para um país que perdeu território em 67 e não o recuperou em 73, ter o controlo dos momentos em que se faz a guerra contra Israel é essencial. E depois um outro momento em que a Síria aceita o que se passou no campo de batalha e começa a trabalhar com as forças que estão no terreno. Em 1982, é a Síria que impede o Líbano de se tornar num satélite israelita (espero que não se tenha esquecido desta parte).
(essa de que a Síria recebeu ‘respaldo’ de Israel e dos EUA é risível. quem é que lhe disse isso?)
Assim, é nesse segundo momento que estamos. Porque razão acha que a base operacional do Hamas durante tantos anos foi em Damasco. O Hamas é uma organização da Irmandade Muçulmana, inimigo de morte da Síria, com quem a Síria se defronta e com quem teve que se defrontar no passado, e no entanto recebem apoio financeiro, militar e operacional da Síria. Porque será?!
O que quero dizer é que a Síria poderá ser um inimigo para as forças revolucionárias no futuro. Mas neste momento não é, e é um aliado objectivo na luta contra o império. E vocês aliaram-se ao império. É tão simples quanto isso. Não são forças revolucionárias a querer derrubar Assad, são forças contra-revolucionárias.
E a Síria não disparou um tiro contra Israel? Pois não. No dia em que disparasse, teria que se preparar para uma guerra convencional a sério. E não seria só um tiro. E não é irrazoável pensar que o regime sírio também tem direito à sua autopreservação. Mas o regime sírio fez aquilo que mais nenhum regime árabe ousou: armou todos os grupos de resistência. E isso é inegável. Ora foi precisamente aí que foram brincar às primaveras, claro.”
Quanto ao LGF Lizard e quejandos,
A libertação da Palestina e a destruição do regime sionista visa eliminar pela raiz um ponto avançado do império e um regime racista. O que vem depois dependerá de um novo equilíbrio de forças. Eu lembro que comunidades judaicas vivem no mundo árabe e persa. No Irão vivem 250 mil judeus, com direito a proteção constitucional e dois lugares no parlamento.
Se o LGF Lizard tem medo dos grupos anti-semitas, e eu também tenho, então tem bom remédio: vá bater à porta da embaixada americana, porque têm sido eles a financiar os takfiris e salafistas de toda a espécie. E até Israel o fez noutros tempos, para dividir a OLP.
Caro Argala,
curiosamente (mas sinceramente) concordo com a sua resposta ao LGF. No entanto continuamos a ter fortes diferenças relativamente à situação na Síria e ao seu regime. Agora escreveu: “E a Síria não disparou um tiro contra Israel? Pois não. No dia em que disparasse, teria que se preparar para uma guerra convencional a sério. E não seria só um tiro.” Argala, exactamente por isso (pela força que Israel e EUA poderiam ter usado contra a Síria) é que não se entende que as mesmas potências militares (Israel e EUA) não tenham atacado a Síria após a invasão do Líbano pela Síria (mesmo ali ao lado de Israel)… Os EUA e Israel já invadiram e atacaram outros países/regimes por muito menos e muito mais distantes… Por isso essa invasão teve o “respaldo” de Israel e EUA ou tem outra explicação lógica? p.s. É pena que continue a não responder às questões que não lhe interessam…
” Por isso essa invasão teve o “respaldo” de Israel e EUA ou tem outra explicação lógica?”
Ahh era por isso que tinha o “respaldo”..
Não havia, tal como não há hoje, capacidade militar para que uma das partes saia derrotada numa guerra convencional, como as guerras de 67 e 73 demonstraram. Ao contrário do que diz muita propaganda, a Síria tem capacidade de dissuasão militar e tem aliados. O que leva Israel e os EUA a atacar a Síria, tanto hoje como no passado, mas com guerra não convencional.
Agora sobre 1976, a guerra dos campos e a de 1982 (o tal “respaldo”). Sem ensejo de o insultar, lamento mas não sabe do que está a falar. Recapitulando..
Após setembro negro, as posições da resistência passam para o Líbano e é logo desde início que a Síria quer controlar os grupos. Para, como referi, ser ela a escolher os tempos em que se faz a guerra. E sim, a Síria jogou com as armas que tinha (com muita dureza entenda-se..). Isto é uma mancha nas credenciais do regime, até porque o objectivo que não foi alcançado pela guerra, curiosamente foi alcançado quando a guerra civil acabou.
Quando a resistência rejeita o plano de paz do príncipe Fahd da Arábia Saudita proposto em 1981, já se sabe que vai haver guerra logo a seguir. A guerra acontece, e quem defende Beirute e a resistência da invasão israelita é Hafez Al-Assad. E é ele que destrói o acordo de 17 de maio assinado entre os falangistas e Israel, acordo aliás proposto pelos EUA. É o sangue dos soldados do Exército Árabe da Síria que protege as posições da resistência.
A Síria não desiste de querer controlar os grupos arafatistas, e abre durante os anos 80, uma guerra civil dentro da guerra civil, utilizando o Amal e outros grupos. E sinceramente, eu talvez estivesse do outro lado da barricada, onde estavam as FPLP e as DFLP, caso fosse vivo e andasse por ali.
Esta fase acabou e a Síria aceitou o que se passou. O Hezbollah, força com quem a Síria se defrontou, é hoje o seu principal aliado: recebe dinheiro, armas e bases operacionais. Recebe o Hezbollah e os outros grupos todos.
E é bom que se perceba que as posições que a resistência tem no Líbano só existem porque a Síria permitiu. Foi o armamento que a Síria lá colocou que permitiu as vitórias de 2000 e 2006. Isto é irrelevante?! Há um enorme sector libanês sunita e pró-americano, e outro maronita e falangista (e um sector druzo liderado por um maluco que muda de opinião todas as semanas), que sempre quiseram desarmar o Hezbollah e acabar com a resistência. Não suportam ver campos de refugiados no Líbano, pelo que representam.
São esses sectores que apoiam os ‘rebeldes’ sírios. Os ‘rebeldes’ da bandeira do mandato francês, que entram na Síria com o apoio da Turquia e da Jordânia. Os ‘rebeldes’ são esta gente:
Os ‘rebeldes’ são forças contra-revolucionárias e pró-imperialistas. Isto parece-me claro, e é claro para toda a gente com quem discuto – incluindo quem apoia os ditos ‘rebeldes’. E portanto, é vantajoso para as posições da resistência que a Síria não mude de campo. É só isto que está em causa – independentemente de todos os podres que a política externa síria tenha, e tem, acumulado nestes últimos 40 anos.
Cumprimentos
Caro Argala,
devemos concordar que pelo menos na política internacional-nacional o que interessa não são os discursos/retórica mas as acções concretas.
Porque é que os EUA são tão duros a atacar o norte do Iraque hoje mas ainda não atacaram e até permitem que os aviões do regime sírio continue a bombardear as suas populações? Será que “de alguma forma” apesar da retórica em contrário, os EUA estão mais próximos do regime Sírio do que querem admitir
http://www.thenorthstar.info/?p=2442
LGF Lizard,
Só mais uma achega.
Não tenhas ilusões. Estamos a aproximar-nos do fim de linha. A entidade sionista não é capaz de obter vitórias militares sobre a resistência, nem a norte, nem a sul. Nesta operação, Israel já perdeu mais de metade dos soldados que em julho de 2006. Israel para desarmar a resistência em Gaza, terá mesmo que recorrer a combates de proximidade, e sofrer muito mais baixas militares – o que a sociedade israelita não tolera. Por outro lado, existe pressão internacional para que Israel não causar tantas mortes junto da população civil. E o Bibi mandou recuar por isso.
O império trabalhou muito para conseguir baralhar o esquema de alianças. O Hamas está em processo de domesticação, com a sua liderança no Qatar. E no entanto, não só não há resultados práticos disso, como as Brigadas Al-Qassam já vieram dizer que são elas que têm a última palavra. Por outro lado, à mesa das negociações sentar-se-ão também as Brigadas Al-Quds financiadas pelo Irão.
O cerco começa a apertar, e ainda se esperam boas notícias da Cisjordânia.