Mais uma ideia recessiva – a hipótese deste Governo taxar produtos “nocivos para a saúde”. O IVA é um imposto que não devia existir – é um imposto regressivo, paga mais quem ganha menos. Mas é um imposto intolerável quando diz respeito a comida. Prejudicial para a saúde dos portugueses é deixarem de comer peixe grelhado com arroz de grelos e comerem pão com alface e atum. A base da alimentação de quem trabalha é cada vez mais trigo, leite e açucar e não é porque os portugueses são ignorantes. É porque a relação tempo/energia/preço nesses alimentos faz com que sejam mais baratos. Mesmo que depois se gaste 12% dos custos do Estado com saúde a tratar diabéticos. 23% de Iva para se sentar à mesa e almoçar é nocivo. Nocivo para a saúde, nocivo para o emprego, arrasando com pequenos negócios de família e nocivo para o prazer de viver. Como os lugares de trabalho, com o desemprego galopante, se tornaram espaços de exaustão, medo e competição (conhecidos popularmente por cansaço, stress e inveja), a mesa com os amigos era para muitos o momento melhor do dia. Um Governo que fecha restaurantes à mesma velocidade com que regressa a marmita, é nocivo, claro.
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IVA é o imposto mais justo de todos. Consome paga, não consome poupa. Injusto é o estado ficar-me com 40% do que recebo pelo meu trabalho, honesto. Os restaurantes não encerram por causa do IVA, encerram porque as pessoas têm menos rendimento fruto do aumento de IRS.
Confundir os impostos sobre os alimentos com os impostos sobre a restauração diz mais sobre quem escreve que sobre o proletariado, que sabe muito bem que o arroz, os grelos e o peixe são taxados a 6%, não a 23%. Já agora, com o IVA paga mais quem consome mais, não quem ganha menos (há uma diferença abissal entre consumo e rendimento).
henrique pereira dos santos
Confundir contéudo e forma tambémm não ajuda caríssimo, 23% em restaurantes é mesmo impostos sobre a alimentação dos trabalhadores, mesmo que o Governo diga que é sobre a restauração. cump.
A Raquel acha que os trabalhadores comem habitualmente nos restaurantes. Está ao nível de achar que pão com alface e atum é comer mal (provavelmente não sabe que o pão é um alimento de elevada qualidade, com bastantes hidratos de carbono, que a alface inclui alguns outros elementos importantes característicos dos alimentos verdes, que por não ser cozinhados se mantêm mais que nos grelos que cita, e que o atum dá a proteína). E tudo isso apenas para disfarçar o óbvio: quem confunde a taxação da restauração com a taxação dos alimentos arrisca-se a dizer asneiras colossais.
henrique pereira dos santos
Devaneio crítico….
O IVA podia (enfâse no «podia»…) ser um imposto «justo» se a sua aplicação fosse verdadeiramente selectiva… Até podia substituir – em parte – os direitos aduaneiros… Contribuindo para algum nivelamento nos preços de bens importados e bens produzidos localmente… Mas, ao fim de contas, tudo isto acaba por desembocar no facto comezinho e amplamente documentado de que as grandes empresas transnacionais há muito que deixaram de pagar os impostos (tipo IRC) que antes pagavam. São centenas de milhares de milhões de dólares/euros/yen (e etc…) que estão em falta nos cofres dos Estados que se agacharam perante a «competitividade fiscal». E, à falta dessas receitas fiscais, os Estados viram-se para quem não pode fugir…
“23% de Iva para se sentar à mesa e almoçar é nocivo”
Almoce em casa ou leve o almoço de casa. Certamente é melhor para a sua saúde que comer num restaurante, onde não tem controlo sobre a qualidade dos ingredientes, a maneira como são preparados e os cuidados de higiene de quem os prepara.
“Um Governo que fecha restaurantes à mesma velocidade com que regressa a marmita, é nocivo, claro.”
Conheço tanta gente que leva marmita para o emprego porque quer (podia pagar almoço num restaurante sem problema, mas preferem a marmita, reaccionários!)