Manobras Fascistas
A junta fascista de Kiev (para quem ainda tem dúvidas ver aqui, aqui, aqui e aqui) na tentativa de controlar o sudoeste do país ordenou a prisão de vários adversários políticos:
- Pavel Gubarev, o “governador do povo” de Donetsk (aqui e aqui).
- Mykhaylo Dobkin, ex-governador da região de Kharkov que iria ser candidato às eleições presidenciais previstas para 25 de Maio (aqui).
- Hennadiy Kernes, presidente do município de Kharkov, apesar de ter “virado a casaca” o novo regime colocou-o sob “night-house arrest”, presumo que seja prisão domiciliária durante o período nocturno (aqui, aqui, aqui e aqui).
- Oleksandr Kharytonov, o “governador do povo” de Lugansk (aqui, aqui, aqui e aqui).
- Alexander Mamaya, presidente da Câmara de Poltava (aqui e aqui)
- Aqui está uma lista das operações que os serviços secretos da Ucrânia têm levado acabo (relembro que neste momento quem dirige estes serviços são neo-nazis).
Para além destas acções com uma pseudo cobertura “legal”, têm ocorrido uma série de outros incidentes violentos dirigidos aos inimigos do novo regime fascista:
- Arsen Klinchev, deputado municipal de Lugansk é atacado e espancado por gorilas ao serviço de um candidato membro do “parlamento” Ucraniano e candidato às presidenciais (aqui e aqui).
- Manifestantes anti-fascistas atacados a tiro em Kharkov, após manifestação pró-russa/anti-fascista de 8 de Março (aqui, aqui e aqui).
- Secretário do Partido Comunista torturado em Lviv (aqui).
- Sede do Partido Comunista da Ucrânia em Kiev tomada por neo-nazis (aqui, esta reportagem da BBC sobre o papel dos neo-nazis no golpe e no novo regime tem partes filmadas no interior da ex-sede do partido comunista que agora serve de base a um grupo neo-nazi).
- Casa do líder do Partido Comunista da Ucrânia em Kiev atacada por nazis (aqui).
- Judeu atacado por neo-nazs em Kiev (aqui).
- Um dia “normal” no ocidente da Ucrânia dominado pelos neo-nazis (aqui).
Na junta de Kiev todas as posições que têm a ver com a defesa, segurança e serviços secretos (incluindo a procuradoria) estão nas mãos de nazi-fascistas. A recente decisão de formar uma nova “Guarda Nacional” não é nada inocente (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). Ou seja, os nazis estão a preparar-se para fazer uma limpeza geral no exército (que não controlam) e transformá-lo numa eficaz guarda pretoriana do novo regime.
Mais, a junta fascista decidiu também cancelar as emissões de vários canais russos na Ucrânia (aqui e aqui). Para além disso, jornalistas Russos foram impedidos de assistir à conferência de imprensa do pseudo primeiro ministro Ucraniano e de Obama em Washington (aqui).
A resistência anti-fascista
Apesar de tudo isto a resistência anti-fascista continua. Em Kharkov, na terça dia 12, o comício do Klitschko foi interrompido por anti-fascistas (aqui e aqui) que atiraram ovos e petardos a esse agente do imperialismo Alemão (aqui e aqui). Quinta-feira dia 13, uma grande manifestação teve lugar contra a junta fascista de Kiev e contra a prisão de Kernes e Dobkin (aqui e aqui).
Em Lugansk, apesar das tentativas de intimidação, na sequência da grande manifestação de Domingo passado, os anti-fascistas ocuparam a praça central da cidade, onde o “governo popular” operou a partir de uma tenda (ver reportagem da BBC). Existe um vídeo que dá uma fantástica perspectiva de como os manifestantes filo-fascistas pró-UE foram varridos em Lugansk (ver aqui).
Em Donetsk a prisão de um dos líderes do movimento parece não ter arrefecido os ânimos (reportagens após as grandes manifestações anti-fascistas do fim de semana passado aqui e aqui). Aliás, quinta-feira à noite (dia 13) houve uma manifestação fascista que foi rapidamente posta em cheque por uma contra-manifestação anti-fascista mais numerosa (aqui). Apesar do forte contingente policial que separava ambas as manifestações, após algumas provocações houve uma batalha de rua, há vários feridos de ambos os lados e houve um ou mais mortos, consta que um dos mortos era um nazi militante do Svoboda (aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui). É a primeira vítima mortal dos confrontos que estão a ter lugar a leste e a sul, nada que não fosse previsível dada a escalada do conflito (ver artigos anteriores aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).
Como em qualquer situação deste género é difícil saber exactamente o que aconteceu e cada lado “puxa a brasa à sua sardinha”. De qualquer das formas, do cruzamento das várias fontes, da análise das fotografias e baseado em eventos semelhantes ocorridos anteriormente é possível concluir o seguinte: vários “manifestantes” do lado da junta de Kiev vieram de autocarro; os fascistas estavam equipados com gás pimenta e preparados para a porrada (inclusive com algo parecido a espingardas de paint ball e/ou shotguns para atirar gás lacrimogéneo); tinham uma braçadeira geralmente utilizada pelo sector de direita; um dos manifestante que morreu era militante do Svoboda (partido nazi); os nazis levaram uma arraial de porrada e eram em número inferior aos anti-fascistas; os oligarcas colocam-se decididamente ao serviço da junta fascista, ou vice versa (aqui).
Sobre a situação na Crimeia este documentário dá uma ideia de como o referendo que irá ter lugar no próximo fim de semana e de como o movimento pró-russo/anti-fascista tem as suas raízes na vontade de grande parte da população local. Ou seja, o movimento anti-junta fascista de Kiev não é uma mera manobra de Putin ou do “imperialismo Russo”. Claro que a Rússia irá aproveitar ao máximo a desestabilização na Ucrânia para marcar pontos. Claro que à Rússia não interessa uma Ucrânia com bases da NATO e economicamente dominada pelo FMI e a UE. No entanto, quer a intervenção na Crimeia, quer uma potencial intervenção no leste e do sul por forças Russas, não será uma manobra imposta às populações locais, não será uma ocupação… Antes pelo contrário, por uma grande parte da população tais movimentações serão vistas como uma libertação.
Devo acrescentar que se as forças Russas não tivessem actuado na Crimeia a situação nessa península seria muitíssimo mais caótica. Em Sevastopol e na Crimeia só não começou uma guerra civil aberta entre milícias anti-fascistas e gangs nazis, porque as forças russas entraram em força e desencorajaram qualquer tentativa de acção fascista.
A Rússia
É sob este pano de fundo que surgem relatos que tropas Russas estão a concentrar-se junto a várias regiões do leste que estão em rebelião contra a junta fascista de Kiev (aqui, aqui e aqui).
Uma intervenção de tropas Russas no leste e sul da Ucrânia teria consequências muito mais imprevisíveis do que a intervenção na Crimeia. Enquanto na Crimeia a intervenção Russa impediu uma escalada na violência, uma intervenção no leste e no sul irá desencadear uma guerra civil, com a Rússia e a NATO à mistura.
Mas no terreno já se assiste a uma guerra civil de baixa intensidade (na wikipedia existe já um artigo/entrada muito razoável sobre as movimentações populares anti-fascitas/pró russas na Ucrânia). Dadas as manobras da junta fascista de Kiev, parece-me bastante óbvio que as forças anti-fascistas na Ucrânia têm de se armar e organizar. Em grande medida isso já está a acontecer. Parece-me bastante provável que continue a escalada no conflito e que uma guerra civil venha a acontecer. Num cenário destes parece-me que a Rússia deveria apoiar as milícias anti-fascistas Ucranianas (politicamente, nos media, financeiramente, armas, especialistas…), mas não intervir directamente com tropas. No entanto, a situação é demasiado dinâmica para ter uma opinião final acerca dessa matéria.
O Putin e o regime Russo não são nenhuns anjinhos anti-capitalistas. Também não são as bestas que a propaganda imperial papagueia. Defendem os interesses do estado Russo que Putin tem estado a reconstruir e da oligarquia que o rodeia. Acontece que os seus interesses na Ucrânia, neste momento, são opostos aos da UE, FMI, NATO e nazis locais. A população Ucraniana anti-fascista antes de mais tem de confiar em si própria e nas suas organizações, mas seria absolutamente néscia se recusa-se o apoio do regime Russo.
Um fim de semana “explosivo”
Este domingo, não é apenas na Crimeia que terá lugar um referendo, manifestantes anti-fascistas têm exigido referendos noutras partes do país tendo em vista um maior grau de autonomia face a Kiev. Em Kharkov está previsto a realização de um referendo na cidade (aqui e aqui), embora as autoridades locais sejam contra (aqui), a situação nessa cidade e região é algo confusa. O actual governador é um oligarca enviado pela junta fascista e o presidente da Câmara (Kernes) “virou a casaca“, foi posto em prisão domiciliária, mas continua presidente da Câmara … Em Donetsk o governador está a considerar proibir manifestações programadas para o fim de semana (aqui e aqui) e vários activistas pró russos/anti-fascistas estão a ser presos (aqui). Em Lugansk certamente irá haver uma reacção popular à prisão do “governador do povo”… Para Kiev está convocada uma manifestação pelo PCU (Partido Comunista da Ucrânia), a sua convocatória dá uma ideia das propostas políticas centrais levantadas pelos manifestantes anti-fascistas do leste e sul da Ucrânia (aqui).
Por várias regiões da Ucrânia, sobretudo no sudoeste, este fim de semana será de intensa luta anti-fascista. Exemplos de várias convocatórias e grupos anti-fascistas podem encontrar-se aqui, aqui ou aqui.

Convocatória para manifestação-referendo anti-fascista dia 16 de Março (Dnipropetrovsk, Kherson, Melitopol…todo o sudoeste da Ucrânia)

Convocatória para manifestação anti-fascista para o sul e leste da Ucrânia no dia 16 de Março (vi isto referenciado no twitter para Nikolaev)

Convocatória para dia 16 de Março em Lugansk (onde o “governador do povo” foi preso tal como em Donetsk)

Convocatória para manifestação-referendo em Kharkov, dia 16 de Março, contra a junta fascista de Kiev
Parece-me dificílimo a situação não se radicalizar no curto prazo, mesmo já neste fim de semana… Mas mesmo que tal não aconteça, com o degradar da situação económica e social provocada pelo pacote de austeridade imposto pelo FMI (aqui) e à medida que o plano de desmantelamento da indústria Ucraniana do leste se tornar ainda mais evidente, não tenho dúvidas que a situação se tornará ainda mais explosiva… Seja como for, o central é retirar à Junta fascista o máximo poder e controlo sobre seja o que for, quanto mais combatida for a actual junta, menos possibilidades terá a UE+NATO+FMI de colonizar e saquear a Ucrânia, menos possibilidades terão os fascistas de monopolizar o poder de estado.
Guerra Civil, uma hipótese bem real
Num mundo ideal, por toda a Ucrânia os trabalhadores deveriam levantar-se, derrubar a actual junta fascista e recusar o plano da UE+FMI+NATO… Mas, infelizmente, não vivemos num mundo ideal e a luta social não se trava no abstracto, nem depende apenas da nossa vontade e desejos. A luta dá-se no real, onde existem instituições, organizações, interesses instalados, várias infraestruturas, hábitos e culturas seculares.
Infelizmente, por mais “revolucionárias” e bem intencionadas que as massas de “maidan” tenham sido, quem controla a rua e todos os organismos de defesa e segurança no actual aparelho de estado ucraniano são os nazis. Infelizmente, serão esses mesmos nazis a capitalizar o descontentamento popular com o plano de austeridade UE+FMI na zona ocidental da Ucrânia… Deverá então o ocidente da Ucrânia ser pura e simplesmente abandonado aos Nazis? Não… todos os esforços devem ser feitos para que também em Kiev e na zona ocidental a população se rebele quer contra a junta fascista, quer contra os gangs neo-nazis…
Mas de forma alguma isso deve servir de travão à luta no leste e sul da Ucrânia. De forma alguma as populações de origem Russa devem deixar os seus direitos serem espezinhados. De forma alguma deveremos esperar para ver o que acontece, quando pela primeira vez desde a segunda guerra mundial neo-nazis são ministros num governo na Europa. De forma alguma o operariado deve deixar que a indústria concentrada no leste seja desmantelada! Quantas maiores dificuldades sentir a junta fascista em Kiev e quanto mais fortemente forem combatidos os gangs neonazis, menos ganhos essa gente conseguirá alcançar, menos capacidade terão de solidificar o seu poder. De resto, só não houve mais violência nazi (e já houve!) porque houve um levantamento popular anti-fascista que varreu o leste e sul da Ucrânia! O pior cenário possível seria o da ascensão dos Nazis ao governo e a implementação do programa da FMI e da NATO na Ucrânia sem resistência popular. Felizmente existe essa resistência, felizmente a leste e a sul a junta de Kiev está a ser combatida, felizmente a Crimeia já fugiu completamente ao controlo da escumalha fascista (aqui e aqui)…
Influenciada pelas várias contradições culturais, políticas e económicas, poderá a luta contra o fascismo e o imperialismo conduzir a uma divisão da Ucrânia (para além da própria Crimeia que já se separou de facto)? Poderá inclusive conduzir a uma guerra civil? Poderão importantes sectores populares no ocidente da Ucrânia escolherem o campo nazi-fascista? Sim, sim e sim… eu espero que não… espero que a junta fascista e os gangs nazis sejam derrotados sem que isso implique uma guerra civil, espero que também a ocidente as bases do seu poder se desagreguem… mas tenho dúvidas que isso seja o mais provável. Aquilo que tenho certeza é que até uma guerra civil é preferível a não se fazer nada e deixar os Nazis consolidarem o seu poder.
A história está recheada de eventos trágicos, por exemplo, a revolta da vendeia (aqui). Talvez esse movimento popular contra a jovem república francesa pudesse ter sido evitado, tivessem as forças revolucionárias em Paris adoptado políticas que se ajustassem melhor a algumas justas reivindicações das massas camponesas dessa região… mas uma vez estalada a contra-revolução que fazer? bem, o que há a fazer é exactamente aquilo que a jovem República fez na vendeia (aqui)…
Talvez se a esquerda no Ocidente da Ucrânia não fosse tão fraca, a fúria popular contra Yanucovitch pudesse ter sido canalizada por sectores progressistas. Talvez se o PCU (Partido Comunista da Ucrânia) tivesse uma política menos alinhada com Yanukovitch, a extrema-direita não teria capitalizado tantos apoios. Talvez se o peso e a memória do estalinismo não fosse tão vincada, a esquerda teria tido outra capacidade de se fazer ouvir no ocidente da Ucrânia… Podemos elencar “talvezes” sem fim acerca da actual crise na Ucrânia, afundar-mo-nos em lamentos e em contradições insanáveis que roçam o patético (aqui, aqui e em menor grau aqui). A realidade é que a situação na Ucrânia é trágica e não existem saídas limpas e miraculosas para a actual crise. Chegados a este ponto, as reflexões em torno dos erros cometidos pela Esquerda e que nos conduziram até aqui são importantes na medida em que nos ajudem, noutros locais e períodos, a evitar chegar à situação trágica que se chegou na Ucrânia… Mas camaradas, essas reflexões não podem de algum modo servir para pregar a inacção e desviar as atenções do inimigo principal na Ucrânia, a junta fascista de Kiev, os seus patronos imperiais e os gangs neo-nazis.
A farsa e a tragédia
Na quarta-feira 12 de Março o agente do FMI que encabeça a junta fascista de Kiev encontrou-se com Obama. Após a reunião deu uma curta entrevista à comunicação social e acabou o seu discurso com a seguinte frase “Mr. Putin tear down this wall” (ver aqui). “Yats” estava a parafrasear o famoso discurso de Reagan em Berlim, proferido pouco antes da queda do muro. Desse discurso ficou para a história o apelo/ameaça de Reagan “Mr. Gorbachev tear down this wall” (ver aqui)…. Dizia Marx que a história repete-se primeiro como tragédia e depois como farsa, nada mais verdade neste caso. Reagan fez um discurso de vitória, uma vitória que já se sentia e que culminou no colapso da União Soviética e do socialismo real. Uma vitória de dimensões históricas do capital sobre o trabalho, uma vitória que continua a marcar de forma vincada a vida de todos nós no campo político, social e económico. Uma vitória do Império e do grande capital que representou uma monumental derrota para a esquerda, que revendo-se ou não no “socialismo real”, foi levada na enxurrada… Uma derrota que provocou uma catástrofe social nas ex-repúblicas da União Soviética (aqui e aqui)… Na verdade, o actual PIB per capita na Ucrânia é inferior ao que era nos tempos da URSS!!! (dados daqui).
Se as palavras de Reagan foram anúncio de uma imensa tragédia, já as palavras de “Yats” causam apenas uma imensa gargalhada… uma citação fora de tempo, fora de sentido e uma encenação completamente ridícula de um medíocre agente ao serviço do grande capital e do imperialismo yankie…
Mas analisando os actuais eventos noutra perspectiva talvez seja possível dizer o contrário… é que em certo sentido o que agora se passa na Ucrânia é uma espécie de revolução laranja “re-loaded on steroids”, nesse sentido se a “revolução” laranja de 2004 foi uma farsa, a contra-revolução actual é uma tragédia que ainda está no seu início… a história repete-se, neste caso, primeiro como farsa e depois como tragédia…
Alguns dados e um mapa muito ilustrativo
Produto Regional Bruto das várias regiões (oblast) da Ucrânia. (as regiões com mais alto PRB são as do leste e sul…)

Percentagem dos votos obtidos pelo Partido Comunista Ucraniano nas eleições de 2012. (quase 30% em Sevastopol e 25% em Lugansk… nem 2% em Lviv…)
Não é por acaso que as regiões onde a luta anti-fascista tem sido mais intensa são exactamente os locais onde o PCU (Partido Comunista da Ucrânia) obtém maiores votações… É também interessante verificar que depois atingir o seu resultado mínimo em 2007, o PCU tem vindo a crescer consideravelmente (aqui).
Alguns Textos que valem a pena (por diferentes razões)
Saving Lenin: Soviet-Era Statue a Symbol of Divided Ukraine
To see what Ukraine’s future may be, just look at Lviv’s shameful past
Ukraine: The Sovereignty Argument, and the Real Problem of Fascism
The Rise of the Quasi-Fascists The Dark Side of the Ukraine Revolt
Oligarchs to the fore once again in Ukraine
Ukraine’s Increasing Polarization and the Western Challenge
Fears of Impending Change Darken Normally Lighthearted Odessa
Parti de Gauche leader Jean-Luc Mélenchon on Ukraine
C’mon baby, light my (Crimean) fire
VLAD THE BAD STEALS A MARCH ON THE WEST
35 Countries Where the U.S. Has Supported Fascists, Drug Lords and Terrorists
Referências
Ucrânia Anti-Fascista (página do fb italiana, solidária com os anti-fascistas Ucrânianos, com actualizações frequentes dos eventos no terreno)
Radio Free Europe (relíquia da Guerra fria ainda em uso pelo Império)
Radio the voice of Russia (o mesmo, mas do lado Russo)
LifeNews (estação televisiva ligada ao governo Russo)
Kyiv Post (jornal de Kiev pró-junta fascista)
Kharkov news agency (notícias na perspectiva do sul e leste da Ucrânia)
Alguns partidos não sabem ou não querem saber o perigo que são os neo-nazis. Os neo-nazis odeiam os trabalhadores, é só corrupção, como se viu quando nomearam 2 oligarcas ucranianos para postos regionais. Tudo sem votaçao pois ta claro. E disto a alemanha e os Eua não se queixam.
Os nazis sempre foram contra comunistas e sempre foram contra os Sindicalistas, mesmo que não fossem comunistas e quase todos foram mortos na Alemanha nazi. Não admira que os comunistas do PC Ucraniano saibam isso, e que os combatam com mais força e saber que os outros. Mas aos poucos parece que mais gente os quer de lá para fora.
Enquanto na livre Kiev dos filo-ocidentais (deixa-me rir…) “democratas” se praticam essas boas e louváveis acções pluralistas, na amordaçada Moscovo do “ditador” Putin há espaço para que se realizem duas manifestações antagónicas: uma pró-defesa do referendo na Crimeia; outra opondo-se à política de Putin e da Federação Russa em relação à mesmíssima Crimeia. Não consta que a polícia tenha impedido nenhuma delas, como também não há registo de que os incontornáveis “snipers” tenham comparecido aos eventos. Não há nada como a evidência para cortar rente a raíz da mentira e da manipulação.
Não deixa de ser curioso que aqueles que mais usam a palavra “fascista” sejam precisamente aqueles que defendem regimes cujo modus operandi ao longo da história mais se assemelhou ao dos regimes fascistas…
Não existe liberdade no comunismo nem comunismo em liberdade.
O comentário que que está aí por baixo é a resposta ao Censurado sobre a tentativa vâ que pretende fazer do branqueamento daquilo que é o nazismo, que num esforço derradeiro pretende pintá-lo de vermelho.
LGF Lizard.
Consegues explicar isto melhor?
E o que entendes por liberdade?
ir colocar uma cruz num papel que só tem valor até ao momento de ser contado, que serve apenas para dar legitimidade aos que te vão explorar durante uns anos, até ao novo acto eleitoral, e nesse espaço de tempo ´são eles que decidem tudo por ti, negando-te os direitos socias mais básicos.
Contentaste com pouco.
Liberdade e democracia não se resume apenas a enfiar o voto na urna.
Liberdade e democracia, é ter direito, a assistência na maternidade, na infância, no ensino, na cultura, no trabalho, na saúde, nos momentos de lazer, na velhice.
São direitos garantidos gratuitamente nos regimes socialistas.
Nota-se os “direitos garantidos”… direito à greve, existe? Direito a sindicatos livres? Liberdade de expressão? Liberdade de manifestação? Liberdade de associação? Direitos legais e jurídicos em caso de prisão? Direito à defesa em tribunal? Direitos Humanos?
Não me faça rir. Liberdade e democracia são exactamente o que falta/faltou aos regimes socialistas/comunistas.
Até por uma questão ideológica. Uma ditadura do proletariado nunca é compatível com a democracia e a liberdade.
És um ignorante, um básico que ouviu umas coisas e repete como um papagaio. “Ditadura do Proletariado” é um regime em que a classe trabalhadora detêm o poder enquanto classe, enquanto classe! Ou seja não é de um indivíduo ou partido, é do conjunto da classe trabalhadora sobre a Burguesia. Got it?
Não, não “got it” porque isso nunca aconteceu nas ditaduras comunistas.
Ditaduras de partido único, onde o big boss manda e todos os outros obedecem…. porque se não obedecerem, algo de ruim lhes acontece.
Mas não me respondeste à minha questão. Havia direito à greve na URSS? Direito a sindicatos livres? Liberdade de expressão? Liberdade de manifestação? Liberdade de associação? Direitos legais e jurídicos em caso de prisão? Direito à defesa em tribunal? Direitos Humanos?
Eu sei que não havia, e vocês também o sabem…
Uma coisa é discutir o significado de Ditadura do Proletariado, coisa que deu para perceber que não sabes o que significa.
Outra coisa é discutir o regime e o balanço histórico do que foi a USSR. Estou longe de achar que a USSR foi “o sol na terra”, mas também não embarco em críticas de pacotilha básicas e que ignoram os grandes contributos positivos que a USSR deu aos povos de todo o mundo, desde a derrota do nazi-fascismo à descolonização da África e da Ásia. Mas mais sobre isto podes encontrar neste meu texto aqui.
Fónix… ora aqui está demonstrada uma profundidade de pensamento impressionante… onde é que tiras-te essa do “contra-livro vermelho do Mao”???
Ignorante.
Que necessidade tinham os trabalhadores de fazer greve se eram eles que controlavam os meios de produção.
Se eram os trabalhadores que decidiam a gestão das empresas.
Tinham mais liberdade de expressão que tens aqui.
Manifestavam-se contra quem? Contra eles próprios? Os problemas eram resolvidos dentro das empresas por os próprios trabalhadores.
Podiam criticar abertamente a gestão das empresas, podiam afastar as administrações, eram os trabalhadores que livremente e sem folclore escolhiam as direções dos sindicatos, que por sua vez representavam os trabalhadores ao mais alto nivel junto dos vários escalões do poder.
Os trabalhadores na URSS tinham que ser todos sindicalizados. Porque eram os sindicatos que custeavam as férias, Eram os sindicatos que vigiavam as condições de trabalho, da habitação, do ensino, todas as fábricas tinham que ter condições para cuidar dos filhos dos trabalhadores.
Por eestes gajos não fazerem a minima ideia como as coisas se processavam é que largam tantas asneiras.
Eu conheci uma fábrica em Gorki (hoje Nijni Novgorod) que chegou a empregar mais de 100 000 trabalhadores que se chamava GAZ Fábrica de Automoveis de Gorki (Gorkovsky Avtomobilny Zavod, ГАЗ or Го́рьковский автомоби́льный заво́д) construia também aviões MIG , carros combate e eletrodomesticos.
Fábrica tinha que se preocupar com todas as necessidades básicas dos trabalhadores. Assistencia médica, habitação, infantários, férias, cantinas para venda de produtos, tudo.
Os vencimentos eram atribuidos por mérito e dedicação ao trabalho. Todos os trabalhadores eram portadores de uma caderneta com o historial das empresas por passavam.
Lá não era à balda, como se faz aqui. Ou como vocês pensam.
Quem decidia eram os trabalhadores, com muita responsabilidade.
Depois veio o período de lassidão no final da governação de Brejnev e os oportunistas começaram a assaltar as cupulas do poder.
Bolas, o Carlos acredita mesmo no que escreve,
Para quem lê, até parece que era o Paraíso na Terra.
Só que o que o Carlos escreveu são apenas contos da carochinha.
É bem sabido as más condições de trabalho e de vida dos cidadãos soviéticos.
Não eram os trabalhadores que mandavam, quem mandava era Moscovo e a malta do Partido lá instalada.
Horas perdidas em filas para comprar o mais básico. Não haver carne ou peixe.
Anos para comprar um simples automóvel.
Em suma, o que o Carlos escreveu são apenas tretas. Muito bonito, mas tretas.
É como ir a Beverly Hills e inferir que todos os americanos vivem como as estrelas de Hollywood…
Se isso era assim porque é que a malta de lá olha para os anos 60, 70 e 80 como anos dourados e a década de 90 como um desastre? Se isso é verdade então como se explica que a esperança média de vida tenha caído a pique depois da queda da URSS???? Não serás tu que aceitas de forma acéfala a propaganda da CIA???
O LGF Lizard é um ignorante.
A URSS foi um sucesso.
Eram as pessoas na Europa Ocidental que viviam na miséria.
Enfim, basta olhar para a estatísticas.
A URSS e o Bloco de Leste cresciam mais do que a Europa Ocidental.
Socialismo = prosperidade
Capitalismo = miséria
Olhe que não, olhe que não… Pelos vistos, quem aqui defende a antiga URSS, as medidas e o “modus operandi” dos seus defuntos líderes é… o senhor!!! Vejamos: foi o ucraniano Nikita Krutchev quem, em 1954, e sem dar o mínimo cavaco aos próprios habitantes da Crimeia, passou o território, que sempre pertencera à Rússia desde a sua conquista no século XVIII por Catarina, a Grande, para a República Socialista Soviética da Ucrânia; assim sendo, a sua aguerrida defesa da integridade territorial ucraniana só pode ter as suas bases legais na… Constituição da extinta URSS. Mau! Não querem lá ver que temos aqui criptocomunista com Nikita Krutchev de fora?
” LGF Lizard
Março 20, 2014 às 1:42 am
Bolas, o Carlos acredita mesmo no que escreve,
Para quem lê, até parece que era o Paraíso na Terra.”
Ho ave agoirenta.
Eu acredito naquilo que vi quando lá estive a trabalhar. E na desgraça que o capitalismo provocou.
Não era nenhum inferno em chamas como os seus inimigos tentam fazer crer.
E se o foi quando lá cheguei nem as cinzas vi. Encontrei um povo culto e trabalhador, a quem eram dispensados todos os direitos sociais por parte do Estado.
Para ser verdadeiro não vi carros mercedes a circular nas ruas, mas também não vi crianças abandonadas nem velhos a mendigar.
E ainda menos vi bairros degragados, nem sequer nas zonas mais afetadas por guerra.
Estás a referir-te à segregação racial nos EUA e ao regime do apartheid?
Os métodos de exclusão racial são precisamente os mesmos do nazi/fascismo.
Aliás; o nazismo é uma continuação da radicalização do colonialismo e da ideologia racial que acompanhou a tradição colonial.
A palavra chave do nazismo é o Untermensch cuja origem provém da supremacia branca nos EUA que teve como maior defensor Lothrop Stoddart.
Se os nazis defendiam a “higiene racial” Stoddart falava em “limpeza da raça” e “purificação racial” através da “eugénia” . O termo “solução final” foi primeiramente usado nos EUA para “resolver” a questão negra e indigena.
Os métodos de violencia racial do Ku Klux Klan (embora em menor escala) nada se diferenciavam dos praticados por os nazis.
Até porque entre o Ku Klux Klan e o nazismo a unica diferença eram as cores das vestes.
Como escrevi aí em cima o nazismo teve o seu berço no colonialismo e na sergregação racial.
Aqui:
http://plataformagueto.wordpress.com/artigos/o-nazismo-como-projeto-de-supremacia-branca-a-nivel-planetario/
E neste aspeto desafio aqueles que desesperadamente tentam branquear os crimes do nazismo esforçando-se por irmaná-lo com o “comunismo” que me provem em como na União Soviética alguma vez foi praticada segregação racial contra qualquer um dos muitos povos que a constituiam.
Usufruiam todos dos mesmos direitos sem exceção.
Sim, as deportações de tártaros, chechenos e outros povos do Cáucaso resultaram de decisões científicas.
A farsa da Conspiração dos Médicos nunca existiu.
Enfim, o céu na terra…
Eu já respondi aí noutro lado acerca deste assunto a um camafeu da tua estatura.
Mas vou repetir.
Consegues explicar porque razão não foram deportados os Tártaros do Kuban, Don e das outras regiões da Rússia e da Ucrânia? Todos estiveram sob a ocupação nazi.
Já sei, esgotaram o champanhe da Crimeia e quando Estaline quiz beber uns copos já não restava nada, e vai daí por vastigo mandou-os pintar cágados para o Casaquistão.
Tchetchenos! E porque motivo não foram os Kalmiques, Inguchetios, Kabardinos, Alanos se vivem na mesma região dos Tchettchenos?
Aliás são muito mais.
Arranja outra versão porque essa aldrabice já foi desmascarada milhentas de vezes.
Ou seria porque colaboraram com os nazis?
Alguns tártaros da Crimeia colaboraram com os nazis. Logo, vão todos para a Sibéria, mulheres, crianças, velhos, gatos e periquitos.
Está bem explicado com quem estou a falar.
Fónix tu sabes o que foi a segunda guerra na frente leste? 20 milhões de cidadãos soviéticos morreram nessa luta, os nazis estiveram às portas de Moscovo, cercaram Leningrado por 900 dias e quase tomaram Estalingrado… uns quantos deportados no meio de tudo isto é um pormenor, por mais que isso doa às almas sensíveis… ou aos provocadores ao serviço do capital do Império e aliados objectivos dos Nazis
“Uns quantos deportados no meio disto tudo é um pormenor (…)”
Esta frase diz tudo do seu autor.
Vá dizer isso aos deportados e à suas famílias.
Vá dizer isso a quem morreu no processo brutal de deportação, à mãos dos seus concidadãos soviéticos.
Para além de que as deportações foram feitas, muitas delas, após o fim da guerra.
Os nazis foram brutais na URSS (ainda mais do que no resto da Europa), logo qualquer reação é justificável. Linda lógica…
És um hipócrita de merda… Um lírico ou um lobo em pele de cordeiro, um fariseu miserável. ENtre deportar uns quantos ou ter um mundo dominado por Nazis qual a opção? Achas que a história é um mar de rosas? Achas que a reacção mais tenebrosa pode ser vencida com meia dúzia de flores?
Qual é a tua opinião dos bombardeamentos ingleses durante a II Guerra Mundial feitos EXPLICITAMENTE para destruir cidades alemãs e matar o máximo de civis alemãs? Nem todos os alemãs eram nazis, mas os ingleses fizeram isso. O caso mais famoso é o de dresden mais no final da guerra, mas houve muitos outros casos destes… O que é que dizes a isso????
http://en.wikipedia.org/wiki/Bombing_of_Dresden_in_World_War_II
http://en.wikipedia.org/wiki/Strategic_bombing_during_World_War_II#The_British_later_in_the_war
Eu digo, que a II guerra mundial foi uma luta de vida ou de morte contra o Nazismo e que para derrotar a besta não é com lirismos hipócritas da tanga. Força RAF Bomber Command!!!
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QUALQUER LÓGICA QUE EFECTIVAMENTE CONTRIBUA PARA DERROTAR OS NAZIS É JUSTIFICADA, COMO É ÓBVIO… OU VOÇÊ PREFERIA A VITÓRIA DOS NAZIS??? É COMO O PETAIN QUE SE RENDEU AOS ALEMÃES E JUSTIFICOU-SE AOS BRITÂNICOS DIZENDO “AS BELAS CIDADES DA FRANÇA SERIAM DESTRUÍDAS”.
POIS LENINGRADO, KHARKOV, ESTALINGRADO FORAM ARRASADAS, MAS OS NAZIS PERDERAM… OU VOÇÊ AFINAL QUERIA QUE OS NAZIS TIVESSEM GANHO A II GUERRA?????
Quando a coisa é de alguma serventia, até os esquecidos da história passam a ser heróis. Essa do súbito ressuscitar dos Tártaros da Crimeia é de uma hipocrisia escandalosa. Mas, para atalharmos conversa da treta, proponho-lhe um negociozito: quando virmos um Sioux Oglala na presidência dos EUA, quando o congresso norte-americano for composto por Apaches, Arapahos e Nez Percez, e quando as primordiais terras indígenas sonegadas pelo governo de Washington forem devolvidas aos seus legítimos ameríndios donos, aí não terei a menor objecção a que se crie uma República Tártara da Crimeia. É claro que tal República seria mais uma marosca das grandes, pois mais não seria do que um satélite da Turquia. Mas estaria tudo bem, não é verdade? Afinal de contas, a Turquia é um Estado com um regime democrático exemplar. Deve ser por essa razão que pertence à NATO…
Esquecidos da história? 12% da população? A sério? Que argumento fantástico…
Mais uma vez, não havendo quadradinho de “responder”, vou replicar-lhe dando a impressão errada de responder a mim próprio…
O senhor não compreendeu: quem se esqueceu e, agora, vá-se lá saber porquê…, se lembrou dos “esquecidos da História” foi gente como o senhor. Até há uns meses (semanas?) atrás, vossa excelência queria lá saber dos Tártaros para coisa alguma. Para si, como para muita gente que agora por aqui advoga a “liberdade dos povos”, até há bem pouco tempo, “tártaro” era sinónimo de maleita dos dentes. Esse seu suposto aperto do coração com a sorte dos Tártaros da Crimeia não passa de um mínimo e teatral sintoma do seu máximo e muito real mal: o de papaguear, “ad aeternum”, tretas ignorantes que têm a sua fonte nos muitíssimo imbecis “spin doctors” de além-Atlântico. Se, um destes dias, os EUA decidirem que o Brasil lhes está a fazer sombra (o que não seria de estranhar, pois o país é um dos emergentes BRICS), ainda o vamos ver por aqui a chorar lágrimas de sangue pela “opressão” a que os índios Caiapó são submetidos pelo pérfido “regime” (ui!, esta classificação traz com ela todo um projecto de lindas e pacíficas mudanças…) de Dilma Rousseff.
Mas vamos a factos: aos Tártaros da Crimeia já foi garantida a sua especificidade cultural e a sua língua, juntamente com o Russo e o Ucraniano, está consagrada como uma das línguas nacionais da Crimeia. A isto chama-se, na Crimeia, “oprimir um povo”. Já em Kiev, proibir o uso do Russo e fechar estações de t.v. que o utilizem é um acto de “emancipação e libertação de um povo”.
Concluíndo, peço-lhe a fineza que me responda, se assim o entender, a uma dúvida que já me assalta há um bom tempo: essa sua queda para o disparate é um seu talento inato, um seu virtuosismo tão natural como o respirar, ou é algo que lhe ocupa horas e horas de árduo labor no levar da sandice a níveis raramente alcançados por um ser vivente?
” absurdo diz:
Março 19, 2014 às 12:23 am
Alguns tártaros da Crimeia colaboraram com os nazis. Logo, vão todos para a Sibéria, mulheres, crianças, velhos, gatos e periquitos.
Está bem explicado com quem estou a falar.”
A minha pergunta foi muito explicita. Porque razão foram deportados os Tártaros da Crimeia e não foram de Kubán ali ao lado?
Se queres responder muito bem. Se não sabes cala-te, não insistas em escrever mais palermices.
Kuban era conhecida por Maló (pequena) Tartária.
Aqui:
http://raznesi.info/blog/post/446
Republica do Tartaristão
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tatarist%C3%A3o
Por favor deixem-se de parvoices e expliquem porque razão foram uns e não foram os outros punidos
Cara árvore, quem apelidou 12% atuais da população da Crimeia como esquecidos da história foi você. Limpe lá as teias de aranha totalitaristas que o impedem de ver mais além… e, claro, nem desço ao seu nível de argumentação insultuosa.
Quem puniu coletivamente um povo foi o governo da URSS, sob o domínio do PC.
O simples fato de o Carapeto achar que um povo deva ser coletivamente punido, é bem representativo dos seus quadros mentais e de valores. Seja como for, para que não volte a perguntar: é-me absolutamente indiferente que tenha havido mais colaboracionistas com os nazis nos tártaros residentes na Crimeia do que no Kuban, percebeu agora?
Dificilmente terá havido mais do que na Lituânia e até na Ucrânia, e, no entanto, não houve deportações nacionais como com os tártaros e outros povos. Nunca se perguntou porquê?
Modus operandi,é a forma mais virulenta,mais brutal, do Capitalismo.Até que enfim q diz algo com profundidade….
Não vai uma palavrinha sobre os talibans, a alqaeda das papoilas????Explique só…
É fantástico como o Putin, de um momento para o outro, arranjou tantos defensores por aqui…
Admitindo que os novos senhores de Kiev são fascistas, a certeza é que ainda têm muito que aprender com o Mestre Putin!…
E, para quem chama nazis aos senhores ucranianos, esquece que o Putin está a copiar o seu mestre Hitler, com a proteção aos seus nacionais em território estrangeiro e com as provocações por agentes infiltrados. Nada que a Europa não tivesse visto com os Sudetas e Dantzig.
Os oligarcas ucranianos são desprezíveis, mas não por serem ucranianos, antes por serem oligarcas, tal como os seus mestres da Federação Russa, não é?
E que dizer das ameaças às minorias pela clique russa que tomou o poder na Crimeia, com o apoio dos militares russos? Que dizer das marcas nas casas de ucranianos e tártaros?
Ou das deportações destes, que permitem agora a russos dizerem que são a maioria?
Já pensou escrever uns textozitos para um qualquer artista de “stand up comedy”? É que, dentro do género “non sense”, tem uma certa queda para a coisa…
Ho absurdo como lhe é possível escrever tamanhas absurdidades?
Sobre Putin não tem que pedir contas aos comunistas. Nós desde a primeira hora que ele herdou o poder das mãos de Yeltsin que não deixamos de denunciar os seus métodos de governação, e para quem governa.
Putin começou por ser e ainda é um instrumento ao serviço do capitalismo retrogrado e nefasto que tem destruido os direitos e as condições de vida dos trabalhadores e da maioria do povo Russo nestes ultimos vinte anos.
Vc é que têm que prestar contas das façanhas desse déspota que tem permitido o saque das riquezas do país em beneficio dos oligarcas e dos bancos e empresas Ocidentais.
Ainda o ano passado de 16 mil milhões € de matérias primas exportadas, apenas 6 mil milhões regressaram à Rússia. os outros 10 m M foram depositados em bancos fora do país.
“Admitindo que os novos senhores de Kiev são fascistas, a certeza é que ainda têm muito que aprender com o Mestre Putin!…”
Não tem que admitir nada acerca dos golpistas que usurparam o poder em Kiev, tem que ter a honestidade de reconhecer que são nazis assumidos.
Vc é engraçadinho ou está a fazer-se? Num momento tem duvidas que os golpistas de Kiev são nazis para de seguida rotula Putin de nazi. Que piada?
Putin apesar de todo o autoritarismo com que tem dirigido a Rússia tem mais legitimidade democrática que a maioria dos dirigentes Europeus, e de Cavaco em particular.
Sabe qual foi a participação de votantes nas eleições que elegeram Putin? E qual foi a participação na eleição de Cavaco? Compare!
” E que dizer das ameaças às minorias pela clique russa que tomou o poder na Crimeia, com o apoio dos militares russos?”
Que ameças? Tem que provar!
Está a referir-se ao assalto às instalações do Comité Central do Partido Comunista da Ucrânia por nazis onde substituiram as bandeiras do partido por suásticas? Ou à destruição da casa de Piotr Simonenko. Ou ainda à destruição de dezenas de sedes locais desse partido e a persiguição dos seus militantes.
Em Lvov por exemplo prenderam o responsável local a um poste de iluminação espancando-o e humilharando-o numa orgia bárbara.
Essa “clique” Russa venceu as ultimas eleções realizadas na Crimeia e representam mais de 58% da população.
Se houve essa tal interveção das tropas Russas, qual foi o numero de vitimas?
Compare com a destruição e a miríade de mortos na Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Libia.
Compreendo, essas centenas de milhares de mortos (mais de um milhão) justificam-se porque foi para levar a liberdade e a democracia a esses países.?
Quanto à deportação dos Tártaros sabe tanto do que diz como das outras balelas que escreveu.
“Que dizer das marcas nas casas de ucranianos e tártaros?”
Só tenho uma resposta a dar. É mentira!
Tenham mais cuidado com o que veem para aqui escrever.
Carapeto,
Apenas confirma como o Putin agora é o menino querido de alguns comunistas, dos que têm vista curta e memória ainda menor.
O capitalismo é que está a vilanizar Putin.
E por denunciar as tramoias sangunárias do imperialismo é que estou a defender Putin?
Não me contento com as vitórias de Putin.
Mas tenho a certeza que o mundo fica mais seguro e tranquilo com as derrotas sofridas por imperialsmo na Ucrânia ou em qualquer outra parte.
É que, agora, e dada a carestia de vida lá no rincão, os ucranianos e os tártaros foram todos viver para as sedes do PC ucraniano (essas sim, foram incendiadas) ou para as sinagogas lá do sítio (essas sim, foram enfeitadas pela corja amiguinha dos golpistas de Kiev com lindas e amistosas garatujas). Não há como ver os telejornais da RTP1 (o José Rodrigues dos Santos, para além de ser um escritor de mão cheia, é um fino analista da geopolítica internacional), da CNN, da Fox ou de outras chafaricas do género, para se ficar altamente elucidado com as reportagens excrementais de gentinha que tem mais de funcionária da CIA do que de jornalista.
É , todos os jornalistas de países ocidentais são funcionários da CIA ou nada percebem de geopolítica, ao contrário da comunicação social russa, um modelo de esclarecimento e de isenção.
Hilariante, este cavaco…
Mais uma provocação barata e uma caricaturização da situação… mas sabe muitos jornalistas são mesmo explicitamente agentes do imperialismo:
The New York Times deploys C.J. Chivers to Ukraine
https://www.wsws.org/en/articles/2014/03/17/chiv-m17.html
Oiça: em vez de vir para aqui lançar atoardas sem substantivação no que quer que seja que se pareça, ainda que vagamente, com a realidade, tenha a inteligência (terá?) de procurar informação oriunda dos próprios EUA que, não estando na mão dos grandes empórios mediáticos “mainstream”, lhe dará um retrato completamente diferente desse mundo que o senhor vê com essas lentes de transformar que comprou sabe-se lá onde.
Eu próprio trabalho para a CIA e paro FBI. 😛
Mas a propósito, em termos de invasão de privacidade a NSA é terrível. Mas a coisa não melhora nos países comunistas. Por exemplo, em Minsk tentei ir a um cibercafé (só lá há um) e antes de ir para um computador, a senhora do estado que lá trabalhava foi muito simpática e pediu-me o passaporte, escreveu lá num papel juntamente com o número do computador, e disse que tudo o que eu fosse fazer seria monitorizado. Aquilo é de rir 😀
Quanto ao desenrolar dos acontecimentos futuros na Ucrânia. O imperialismo já perdeu a cartada.
Hoje foi a Crimeia e seguir vai o resto se não arrepiarem caminho. Já existe um mapa das populações Ucranianas que pretendem separar-se dos nazis de Kiev. Ficam reduzidos às montanhas dos Cárpatos sem saída para o mar.
As ameaças de sanções à Rússia sejam de que tipo for viram-se sempre contra que as promove.
Precisam de matérias primas da Rússia para a economia deles funcionar (até porque mais de 60% do PIB da Rússia advém da venda de matérias primas, a Rússia como alguém já disse transformou-se numa colonia de matérias primas). Tem muitos países para vender sem ser para a Europa..
Depois o grosso das receitas da venda dessas matérias primas não regressa à Rússia, é investido ou depositado nos bancos Ocidentais ( em particular Inglaterra).
A Alemanha depende em cerca de 40 % da energia fornecida por a Rússia, 10 % das exportações Alemãs são absorvidas por o mercado Russo.
Depois mais de 5 milhões de Russos passam férias ma Europa.
Se a Rússia não vender o petroleo e o gás à Europa vende-o à China, ao Japão ou Coreia do Sul, já chegaram a acordo com a Coreia do Norte para a passagem dos oleadutos. Além disso a Rússia não vende só petroleo e gás.
A Ucrânia está falida economicamente, o capitalismo destruiu a economia e a vida do povo Ucraniano.
Além disso, esse mesmo capitalismo que destruiu criminosa e deliberadamente a Ucrânia com o objetivo de alargar a sua influência para Leste, não tem condições neste momento para salvar a Ucrânia. Porque mais de 50 % das exportações Ucranianas são dirigidas à Rússia.
Será que a Europa está em condições de receber os produtos Ucranianos quando ela própria se debate com um excesso de produção?
Face a esta situação neste aspeto temos que atender que a crise que o capitalismo está a atravessar em parte é provocada por excesso da produção de bens e a dificuldade do mercado em absorve-los. A concorrencia é muita.
São conhecidos os reais objetivos do imperialismo ao provocar a crise na Ucrânia ( a crise foi provocada) . Estender o controlo da Eurásia.
Como foram vencidos no Afeganistão e Iraque, como tal não conseguiram implantar bases militares na Ásia Central , e na Síria a situação também não está muito favorável atiraram-se de cabeça por a Ucrânia dentro, tal como fizeram desesperadamente no desembarque da Normandia quando o Exercito Vermelho já tinha estendido uma frente do Báltico ao Adriático.
Com este fracasso do imperialismo é de esperar que a partir de agora os povos da Europa, que foram ludibriados com promessas fantasiosas do el dorado do capitalismo, vão começar a levantar-se.
Está à vista que o imperialismo não tem escruplos em socorrer-se das forças politicas mais retrogradas que existem (nazis) e fazer uso de métodos condenáveis e criminosos para atingir os seus objetivos, a matança de inocentes que provocaram em Kiev é prova disso mesmo.
Por outro lado a aceitação a tolerancia e os apoios que tem sido dispensados aos governos abertamente pró nazis na Europa de Leste, mostra bem a matriz dos atuais dirigentes da UE/EUA.
É curioso: apelida-se uns de imperialistas, mas quem invade e anexa são outros…
Isto vindo dos mesmos seres rastejantes que até defenderam a invasão do Iraque, Afeganistão e Líbia. Diz-me lá quantas pessoas morreram na horrivel “invasão Russa” da Crimeia?
Bom, pelos vistos a contagem de mortos já terá começado, embora não tivesse percebido que estávamos numa de comparação de invasões e dos números de mortos que provocam…
A comparação poderia ser feita, sim, entre os métodos da apropriação dos Suedtas e da Crimeia. Cópia quase integral.
Mas, enfim, naquela altura os nazis até eram vistos com simpatia pelos estalinistas. Afinal, quem fez um tratado com aqueles, e aproveitou para abifar-se a cerca de metade da Polónia, para além da Estónia, Letónia, Lituânia e Bessarábia/Moldávia?
Sim, os russos não são nada imperialistas…
Mas alguém disse que não existia imperialismo Russo? A questão (entre outras) é saber se esse imperialismo é equivalente ao dos EUA, se as suas acções são defensivas ou agressivas e se, no caso concrecto da Ucrânia, se a intervenção Russa serviu ou não para por os nazis que tomaram conta de Kiev com a bola baixa ou não… Mas lá está mandar bocas tóxicas é muito mais fácil que tentar fazer uma análise das séria da situação.
Francisco, você que gosta de mandar aprender os ignorantes, talvez possa aprender que todas as ações imperialistas são defensivas na perspectiva do seus autores. Defendem os seus interesses.
Depois, entre nazis ucranianos e fascistas russos, já percebi de que lado está.
Análise séria? Sim, mas não com quem o não consegue.
Os seus posts revelam uma enorme necessidade de révanche contra a história, uma frustração pela queda da URSS, e isso turva-lhe a lucidez necessária a uma análise séria.
O Putin fez um enorme erro ao pressionar e apoiar o Ianukovitch. Os ucranianos não são os bielorrussos.
Ao utilizar os mesmos argumentos e táticas de Hitler na Checoslováquia e na Polónia, Putin quebrou o status-quo das fronteiras, abriu a caixa de pandora das revisões fronteiriças e assustou todos os seus vizinhos, mesmo os seus aliados, como o Nazarbayev a leste.
É claro que os neo-nazis russos estão do seu lado: todos os nacionalistas extremistas estão do lado dele, como os seus parceiros ucranianos estão do lado contrário. É o que acontece quando se pontapeia o ninho de vespas dos nacionalismos, não é? Só que uns não são melhores do que os outros.
Evidentemente que isto lhe serve para aumentar a sua aceitação popular. Não tivesse havido a guerra das Falklands e a Tatcher teria passado à história logo no início dos anos oitenta, poupando muitos sacrifícios ao seus concidadãos e ao resto do mundo. Mas não, o Videla lá fez um enorme serviço ao neo-liberalismo mundial…
O problema é que os erros pagam-se e a Rússia vai pagá-los, com o isolamento progressivo. A China, com a sua política de não-ingerência nos assuntos internos e o temor da revisão de fronteiras, poderá, no máximo, tomar uma posição de não hostilidade, mas não mais do que isso.
Veremos se o isolamento não será demasiado agressivo que empurre a Rússia para novas aventuras militares.
Nada como um conflito perto da pátria-mãe, para fazer salivar os saudosistas.
E para prevenir, nada melhor que provocar guerras a milhares de quilometros de casa.
Um homem prevenido vale por dois, isso também se aplica aos Estados.
Nem mais, von!
Uma vitória limpinha. Agora só têm que tratar o amargo de boca.
Quase 84% de participação dos eleitores, 96,77% deram um rotundo HET aos nazis golpistas de Kiev.
Não vai ficar por aqui.
Aqueles que provocaram esta situação na Ucrânia, deviam ter-se lembrado que quem faz negócios com o diabo tem um lugar garantido no inferno.
Lukaschenko para provocar o imperialismo (e prevenir-se) montou uma barreira defensiva a que deu o nome de linha Estaline.
Agora até já falam na reativação do projeto Nabuco, que traz gás do Irão para a Europa.
Saem da fogueira para se meterem na fornalha.
São os perniciosos efeitos do chamado “fogo amigo”… EUA e UE (vulgo NATO) tentaram deitar fogo à casa do vizinho e olha o que aconteceu: há um pivete de túbaros atlantistas grelhados no ar que até chateia…
Carlos Carapeto explique lá essa do Desembarque da Normandia…..
Ou tudo aquilo que se escreveu ao longo dos anos está errado.
Ou o meu caro deu numa de REVISIONISMO.
Óbviom reescrever a história é a especialidade da propaganda vermelha.
Não tem que me pedir explicações, tem sim que ter a dignidade de contrariar aquilo que não lhe agrada e não cabe nas suas suas tabelas feitas por medida
Falou com alguém que tivesse participado na guerra? Teve acesso às opiniões do outro lado?
Agora umas perguntas em termos de resposta.
Sabe quais eram os efetivos da Wehrmacht na frente Leste? Onde se encontravam todas as forças de elite, incluindo as modernas unidades de blindados quando do desembarque na Normandia? E as baixas sofridas por os nazis e aliados nas duas frentes no final da guerra?
Por favor explique isso que depois logo lhe permito que me chame revisionista.
Eu li outros autores para além dos escribas de serviço tipo Norman Davies e o falsificadores da história da mesma estatura.
Fica-lhe melhor chamar revisionista a Max Hastings quando escreve que o exercito Alemão retirou ordeiramente do teatro de operações da batalha de Kursk.
Em vez de balbuciar que estou errado, devia ter exposto as suas certezas.
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