Desafiei aqui os leitores a descobrirem as diferenças entre duas das várias notícias que saíram nos meios de comunicação social, reproduzindo sem qualquer contraditório a acusação disparatada que o patronato se lembrou de fazer ao Sindicato. Felizmente houve quem ouvisse também o nosso lado.
Parece-me evidente que quem tem explicações para dar é quem, depois de despedir perto de meia centena de trabalhadores portuários, quer agora contratar, por outra via, outros trabalhadores, numa operação que apenas pretendeu precarizar o vínculo laboral e sacudir as responsabilidades sobre eles. De resto, quanto a má-fé negocial, importa acrescentar que tudo isto aconteceu quando decorriam negociações para acertar o novo contrato colectivo de trabalho, naquilo que só pode ser considerado uma verdadeira declaração de guerra.
Quem diz querer resolver o problema da economia com as exportações e quem acusa o Sindicato de ter sido conivente com os despedimentos tem que ser mais sério que isto.
Terão resposta à altura, seja na reposição da verdade, seja na continuação da luta pelo nosso posto de trabalho!
Esta estrategia do patronato tem por fim unico a destruição de todas mas todas sem exceção capacidades reivindicativas dos trabalhadores.
Enquanto não Romanizarem as condições laborais por toda a Europa o capitalismo não vai parar . A não ser que os trabalhadores se ergam da letargia que os imobiliza e decidam pôr cobro à situação.
Não me vanglorizo por aquilo que está a acontecer (porque também sou afetado) no entanto culpo a grande maioria dos trabalhadores por termos atingido este patamar de semi escravatura.
É deplorável ouvir as opiniões de muitas pessoas que já vivem da mendicidade. O quê? A culpa do que está a acontecer é dos partidos! São todos iguais. Ou que, os dirigentes sindicais querem comer à custa de quem trabalha.
Com in/consciências politicas desta natureza não espero que as coisas mudem assim tão brevemente.
Enquanto a maioria das pessoas preferir viver da caridade em vez de exigir os seus legitimos direitos a situação vai-se mantendo.
Felizmente que ainda restam alguns “teimosos” que continuam a resistir.