Da necessidade da radicalização dos processos de luta. Ou de como o objectivo central de um protesto não é ser “ordeiro” ou “pacífico”. O objectivo central é o derrube do governo, expulsão da Troika e repulsa destas políticas. O objectivo é alargar, radicalizar e politizar o movimento de massas. Tudo o resto deverá estar subordinado a isso.
Precisamos que as pessoas se envolvam na acção política, que estejam dispostas a sujar as mãos e até a levar porrada.
E será que o Carvalho da Silva está disposto a sujar as mãos e a levar porrada? Ou melhor, será que o Carvalho da Silva está disposto a defender acerrimamente na Comunicação Social aqueles que sujam as mãos e levam porrada?
Nos últimos tempos, têm-se multiplicado os apelos de opinion makers à insurreição , não apenas no seio do sindicalismo, mas também entre a burguesia bem pensante e bem falante que inunda os meios de comunicação. A atual situação exige gente disposta a lutar, organizar ou defender publicamente quem combate nas ruas. Exige soldados ou generais.
O Carvalho da Silva não é flor que se cheire, mas sobre isto tem toda a razão. Mas o cobardolas não devia ter dito isto quando era SG??
Quanto a flores que se cheirem há para aí um punhado delas.
Quanto a cobardolas há também para aí um punhado delas.
E os cobardolas que etiquetam outros de cobardolas também há para aí um punhado delas
Eu não chamo outros de cobardolas.Apenas registo os maneirismos
O Carvalho da Silva é um traidor (mais um encostado ao PS) e eu lutei contra ele dentro dos organismos próprios. Essa luta pelo menos ganhei. É claro que infelizmente os problemas da nossa esquerda e do nosso movimento sindical ultrapassam e muito o Carvalho da Silva.
Tal como o Argala posso concordar com esta afirmação, mas o pior de tudo parece-me ser a complacência e falta de estratégia da parte dos explorados. Lutamos no dia-a-dia, mas falta sempre um “e depois fazemos o quê?”. Estamos sempre um passo atrás da burguesia. Um dia acaba-se estes restos de Estado Social e estes restos de Constituição sobrevivente de 76 (que quanto a mim já perdeu o seu carácter popular à muito tempo) e depois o quê?
Gambino diz: «Exige soldados ou generais». Ora aí está!
Se Carvalho da Silva puder sugerir onde e qual a melhor Academia Militar para me treinar em técnicas militares defensivas do inimigo, eu ficava-lhe muito grata porque, nesta altura, seria proveitoso para mim.
Para além disso, gostava de aprender com ele como é que se leva porrada: ou seja, ele que seja explícito, quem é que agride quem, em primeiro lugar. Em inglês, parece-me que no contexto de técnicas militares, se designa por «attribution« e «retribution». Ele enquanto estratega deverá saber o caminho da «primeira» porrada. Como é que é? Quem é que agride primeiro?