O capital adiantado pela Troika – sob o nome de Memorando de Entendimento – visa unicamente recapitalizar a banca. A solução, em 2008, era ter deixado falir a banca – não havia outra. E ter garantido protecção aos empréstimos num valor colectivamente decidido, médio – 25 mil, 50 mil euros?
A outra solução foi salvar a Banca e enviar a factura aos salários e pensões. No empréstimo de recapitalização da banca está a exigência do despedimento de trabalhadores de todo o país (reforma do Estado) e também
de trabalhadores da Banca- 3000? no BCP, quantos milhares em todo o sector?
Não há menos trabalho para ser feito nem menos tecnologia para ser usada – os que ficam, ficarão a trabalhar por 2, 3 ou 4, sem vida própria, sem horários, sem possibilidade de fazer planos de vida. Pelo caminho vê-se a segurança social a ser descapitalizada porque os despedidos irão para a pré-reforma, a reforma ou o desemprego, e deixam de descontar.
O que fazer para inverter a espiral em que estamos? A primeira coisa, creio, é não permitir nenhum despedimento recorrendo a formas de greve e protesto que tenham a solidariedade de todos nós; a segunda é mobilizar os capitais para colocar todos a trabalhar sem redução salarial; e a terceira é que esses capitais devem ser mobilizados pela expropriação da Banca.
O termo nacionalização e expropriação assusta muitas pessoas. Mas se reflectirmos sabemos que o BPN foi nacionalizado e que virtualmente toda a Banca o foi, no todo ou em parte. Mas só os prejuízos da Banca foram nacionalizados. Os lucros e o controlo do crédito, as escolhas de investimento, isso contínua privado. O que nos devia assustar, muito, é a nacionalização do BPN com o cuidado de só terem sido nacionalizados os prejuízos, que hoje, nas notícias, ficámos a saber que já correspondem a quase metade do orçamento do Serviço Nacional de Saúde.
Susto é viver num país assim, tudo o resto é o caminho para construirmos um outro país.
Esta quarta-feira estarei no Porto com Paulo Morais e Paulo Pena, da Revista Visão, a debater, a convite dos bancários, este tema.
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No sábado vi este artigo no Expresso, reproduzido depois no jornal digital Diário da Região: http://diariododistrito.pt/index.php?mact=News,cntnt01,detail,0&cntnt01articleid=1267&cntnt01returnid=84
Porque não fazer um post sobre o assunto?
“E ter garantido protecção aos empréstimos num valor colectivamente decidido, médio – 25 mil, 50 mil euros?”
Uma solução tipo Chipre?
“A solução, em 2008, era ter deixado falir a banca – não havia outra.”
E os funcionários da banca, eram todos despedidos uma vez que as suas empresas tinham falido? Ou ninguém era despedido e a partir desse momento o Estado garantia emprego a todos os funcionários de empresas privadas que falissem?
O IDEAL ERA MANTER os 60 mil postos de trabalho, protecção aos empréstimos, provavelmente quer dizer aos depósitos, o resto é bastante incoerente, comparar 79 mil milhões com necessidades de 400 mil milhões de capital parece-me um pouco….enfim, há muita incoerência no meio universitário e politécnico,