Publico uma última nota sobre a forma como parte dos editores da comunicação social consideram que não têm limites.
Lê-se em tantos comentários que as figuras públicas «se põem a jeito», abrem a porta das casas, logo provam do veneno que construíram. O argumento tem tanta validade como o argumento que diz que uma mulher de mini saia está mesmo a pedir para ser violada. Ou seja, nenhuma.
Sejamos claros, trata-se de uma pressão de alguns editores que estão convencidos que nada tem limites a não ser o preço que eles valem – o euro do jornal ou da revista. Acho as revistas cor-de-rosa uma imensa piroseira, os jornais em geral maus, não me ocorre termo melhor, mas uma figura pública pode vir nua para a rua, dançar com bananas na cabeça, rastejar de bêbeda, que nada autoriza um jornalista a perguntar-lhe «se foi violada pelo pai». E um editor a publicar essas imagens ou declarações. É a minha opinião, mas creio que era também a da maioria dos portugueses há 20 anos atrás, antes de serem educados no lixo pré civilizatório dos reality shows e de uma massa importante de jornalistas cultos e com nível terem sido colocados na prateleira.
Volto ao meu argumento inicial – nesta história há que recolher os nomes dos editores que se recuaram a fazê-lo e saudá-lo, porque, numa sociedade, para haver vítimas têm que existir carrascos.
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Continuo a subscrever tudo neste post…e agora sem o reparo que fiz no ultimo sobre o tema.
Tão correcto é o que diz quão lamentável é que se fale tão pouco nos valores que são a base da dignidade da vida privada.
Os conservadores partem dos valores da vida privada para criar referenciais para a vida pública.
Neste país, o enorme esforço de comunicação e comentário dirigido ao que é público – onde a falta de escrúpulos partilhada por todos os interventores sempre é fundada na legitimidade da luta ideológica e política – vem crescentemente transmitindo a sua ausência de valores para a esfera do privado.
Junte-se-lhe o longo tirocínio na sacanagem promovida nas telenovelas mais o “lixo pré civilizatório dos reality shows” e só pode dar neste horror.
“Os conservadores partem dos valores da
vida privada para criar referências na vida
pública”
Jgmenos, Não é essa a minha contatação.Estou
até em crer a começar pelos nossos
governantes actuais que o que trouxeram para a vida pública foi
mentira,falta de ética,corrupção,
indignidade e tudo o que é mais
desprezível no ser humano. Não
lhes reconheço nada que me leve
a pensar que são pessoas de bem.
Permita-me lembrar que a originalidade política do 25A consistiu em conservar coisa nenhuma. Dificilmente encontrará conservadores entre os políticos, que todos professam a nova fé!
Temos que ir alhures para encontrar políticos conservadores. Tente o UK.
Raquel:
Depois da bonomia e leviandade com que trataste a questão do “piropo” não tens legitimidade pra vir falar em mini-saias e assédios. Lamento! Por uma questão de verticalidade, arranja melhores metáforas.
Quanto à Barbara & Carrilho, mantenho: ABAIXO A CENSURA E VIVA O CIRCO