Os trabalhadores da Foxcon começaram a suicidar-se, mandando-se das janelas. A empresa reagiu prontamente colocando….redes à volta dos edifícios das fábricas. Agora inovou na forma de lidar com o tema. Os trabalhadores, antes de entrarem ao trabalho, assinam um contrato em como se comprometem a não se suicidar. E qual a pena por se matarem? A família não recebe indemnização, caso não cumpram o prometido e se matem.
A Foxcon, na China, tem 1 milhão de trabalhadores a montar aparelhos da Apple. O valor fica maioritariamente nos EUA onde são feitas as peças complexas, a engenharia, o design, etc., desta longa cadeia produtiva. Na China não fica nada a não ser a barbárie. Mas fica só lá? Não. Para a Europa sobra em primeiro lugar ter que viver num mundo onde isto acontece – digamos que não é pouco… – mas sobra mais. Sobra a pressão pelos baixos salários porque ninguém consegue competir com um exército de trabalhadores aos milhões a trabalhar por uma tigela de arroz e uma declaração de não suicídio. O internacionalismo, largamente falhado no século XX como projecto estratégico, nunca foi só um compromisso de solidariedade mas o reconhecimento de que é impossível mudar o mundo com projectos nacionalistas.
Provavelmente houve uma qualquer falha no planeamento central dos camaradas chineses.
A medida mais urgente foi tomada – o compromisso de não suicídio – e seguramente haverá um comissão a ser constituída para tratar do problema.
A solução burguesa de uma greve está excluída, mas prossegue a justa luta de criar o governo universal que retirará aos americanos a sua posição de domínio tecnológico com que suicidam trabalhadores na China.
Pois é.
No Bangladesh e na Índia poupam os trabalhadores ao esforço de se suicidarem.
Suicidam-nos.
Não é porque os trabalhadores Chineses sejam mais explorados, ganhem menos ou vivam em condições mais miseráveis que em outros países da Ásia.
A questão é outra. Com honestidade explica-se bem.
«Sobra a pressão pelos baixos salários porque ninguém consegue competir com um exército de trabalhadores aos milhões a trabalhar por uma tigela de arroz e uma declaração de não suicídio.»
Daí que seja necessária a adopção de medidas protecionistas nos países europeus, costuma dizer Marine Le Pen.
Agora, Raquel, ganhei por si respeito. Talvez não o necessita, mas mesmo assim. A Raquel tem uma ideia, uma concepção, e assume-a mesmo se o alvo for na China, onde o partidarismo ainda encontra berço. Não sei se a sua ideia é a correcta. Sei que a barbárie actual não o é. Uma barbárie onde a pessoa é número descartável, e o cifrão é lei. Não concordo com tudo o que diz e pensa. Mas tenho-lhe respeito.
O dezperado,deve estar desesperado com a apple…………….
Um ciclo vicioso , que nao tem fim pois e sustentado pela ganacia da humanidade. E com grande angustia e sencacao de impotencia que leio estes artigos. As nossas criancas deviam ser protegidas e amadas nao exploradas vergonhosamente.
Mas barato do que na China…
http://www.elconfidencial.com/mundo/2013-09-04/quiere-vender-mas-barato-apuntese-al-made-in-china-1_24465/
Alguém não passou da 2ª classe e não sabe fazer uma simples CÓPIA.