A Caminho das Autárquicas (VII)

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Preconceito escondido com rabo de fora, ou como por estas e por outras o PS se arrisca a levar um arrepio histórico em Setúbal. O Miguel diz tudo, aqui.

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3 respostas a A Caminho das Autárquicas (VII)

  1. Victor Nogueira diz:

    Há pessoas de curta memória ou que de setúbal nada conhecem. 16 anos de governo do PS/Mata Cáceres, conhecido como o Manuel do Alcatrão, descaracterizaram setúbal a favor da especulação urbanística. Ao ser eleito em 1985, Mata Cáceres afirmou e os jornais registaram que o Parque Verde da Lanchoa paredes meias com a Belavista não seria construído, pois err uma loucura dos técnicos da Câmara (no Urbanismo)

    O “projecto do PS/Mata Cáceres não foi avante pois a Junta de Freguesia de S.Sebastião era maioritariamente APU e o PS não tinha maioria absoluta na Câmara – antecessora da CDU [com cerca de metade dos eleitores (na altura metade eram cerca de quarenta mil). Mesmo assim o Parque Verde da Lanchoa foi amputado de cerca de 1/3 da área prevista em favor do betão.

    Como a favor do betão foram os projectos de reconversão do Bairro Afonso Costa e de bairros da lata como os do Mal Talhado, Dias, Humberto Delagado…

    Ao perder 16 anos depois a Câmara, o PS deixou setúbal amorfa, degradada, com os bairros sociaiu e as suas populações desprezadas, com especial relevo para o da Bela Vista.

    Um dos projectos do PS era desalojar os habitantes da Bela Vista incluindo o Bairro Azul e transformar este em habitação de luxo, dada a vista privilegiada sobre o estuário e a serra da arrábida. Aliás como sucede na outra extrema da cidade com o Casal das Figueiras.

    Foi no Casal das Figueiras/Viso – a ocidente – que foi construída a Escola secundária que deveria servir o Faralhão, na outra extrema da cidade, a oriente e a cerca de 7 km de distância, junto a uma pedreira em funcionamento e cujos estilhaços e pedras resultantes das explosões caíam na escola.

    Foi no tempo de Mata Cáceres que a co-incineração foi destinada à Secil, na Serra da Arrábida.

    As declarações de Mata Cáceres/PS em público ou junto dos técnicos da câmara – incluindo a forma como seria solucionado o “problema” da Belavista dariam páginas para o anedotário político não fossem a sua tristeza e gravidade.

  2. Rocha diz:

    Do PS ao PSD e CDS os betinhos/jotinhas/filhinhos da burguesia dos papás com grandes empresas, grandes propriedades e grandes tachos nos grandes grupos económicos têm todos esta carinha de corrupto, carreirista e sorriso de ranço fascista.

  3. CausasPerdidas diz:

    Devia ter posto esse cartaz no centro da cidade, assumindo o “sem-preconceito”. Isso sim, era d’ homem. Desta forma, não passa de mais uma mera e reles manobra de propaganda.
    Sobre o prometido “estúdio de música municipal”, já há um, no último piso da Casa da Cultura. Tanto quanto sei ainda não está equipado, mas isso é outra conversa. O que me leva a uma questão comprida e maldosa: as condições exigidas para gravar-se “hip-hop” (não é estereótipo é realidade) serão diferentes das exigidas para gravar outro tipo de música, e aí o candidato dá uma “abada” em conhecimento musical, ou… o candidato do PS quer fazer um estúdio na Bela vista para que os putos não desçam à cidade? Pretendendo ganhar nas duas faces do preconceito?
    Sobre os problemas do bairro, a segurança, a conservação das habitações, o andar-se a tentar vender as casas do bairro (baratas) aos habitantes sem lhes explicar que terão responsabilidade na conservação dos fogos! (isto não acabou com o PS…), ainda não ouvi o candidato. Tal como não o ouvi pronunciar-se sobre a autêntica carta branca dada à polícia no que à violência diz respeito sempre que actua naquele lado da cidade. Sobre isto, até posso desculpar o candidato porque até há pouco tempo estaria longe de pensar que aqui seria largado de pára-quedas mas o não o mesmo do seu partido – que infelizmente não fica sozinho no rol. É que me lembrei que a morte de um miúdo depois de perseguido a tiro pelas ruas de um bairro vizinho à Bela Vista, numa utilização desproporcionada da violência policial, só mereceu o protesto dos grupos anarquistas e bloquistas locais.

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