Fazedores de Opinião

No Público de 19 de Setembro, nas páginas 16 e 17 do suplemento de economia, somos presenteados com um artigo de título: «Fraude custa mais de oito milhões por ano aos transportes públicos de Lisboa». Trocado por miúdos, são despejados em duas longas páginas argumentos que demonstram o drama e o horror que as empresas “públicas” vão sofrer. Que vão perder 5 milhões de euros num ano. E eu a pensar que era sobre os 3.000 milhões dos SWAPs.

Disserta-se (com o mesmo tom do “viveram acima das vossas possibilidades”), por exemplo, sobre a carreira 794 na qual, segundo nos dizem, os passageiros sem bilhete chegaram a ser 59%. Não bastava já quererem bife todos os dias, agora também querem andar à borla nos transportes públicos. Obviamente que o artigo conclui que é preciso privatizar, concessionar, que esta coisa de “público” só dá prejuízo. (Isto apesar de quase nenhum sistema de transporte do mundo ser rentável apenas pelo pagamento de bilhetes, com algumas raras excepções em cidades asiáticas densamente populadas, mas não deixemos que a realidade se coloque no caminho de um bom negócio.)

Discorre-se também sobre a necessidade de mais fiscalização, porque é preciso salvaguardar o serviço. Mas só para quem o pode pagar, claro. Esquece-se é que, assim, muita gente vai deixar de ter como ir para o trabalho. Fica também por dizer, de forma muito conveniente, que, apesar do encargo adicional que a fiscalização implica ao Estado, os lucros resultantes ficam do lado do privado. A bem dizer, ao mesmo tempo que a própria população tem de pagar o aparelho que a impede de usar os transportes, as empresas privadas recebem um… “subsídio”.

O argumento de que se “perdem” estes e aqueles rendimentos faz uso de uma falácia a que os defensores da cultura livre já estão habituados. A lógica é a seguinte: se nós caçarmos todos estes aldrabões que não pagam bilhete (porque não têm dinheiro), eles vão passar a pagar bilhete (com o dinheiro que não têm). Estão a ver como é simples? Ou seja, estes rendimentos perdidos, na realidade, não existem. Se os controlos forem tão apertados e as punições tão draconianas, tornando a “fraude” impossível, as pessoas simplesmente deixarão de usar os transportes, com as consequências nefastas e previsíveis para todo o tecido pessoal, familiar, produtivo, etc. que daí decorrem. Fraude, meus amigos, não é não pagar o bendito bilhete. Fraude é que o dinheiro desse bilhete foi o Governo que o cortou, noutro lado, mas continua a exigi-lo a quem já não o tem. Afinal, a liberdade depende do dinheiro que se tenha para a pagar.

Falemos sobre mais coisas que este artigo não diz. Em primeiro lugar, quem são esses trapaceiros 59% que acordam de manhã com vontade de cometer “fraudes”? Trabalhadores, estudantes, avós que vão buscar os netos à escola. Essa gente que, por não ter nada na carteira, se vê obrigada a ir de transportes sem pagar. Porque entre o título de transporte e o pacote de massa para o jantar… a massa parece ser mais importante. Que sacrilégio, esse de ter de comer. Em segundo lugar, não se fala sobre o aumento dos passes (eu, há dois anos, pagava 12€. Hoje pago 35€. Quase três vezes mais), ou sobre os idosos que deixaram de fazer o passe para reformados, por vergonha, porque agora é preciso provar que se é pobre. Em terceiro lugar, não se discorre, tampouco, sobre as décadas de descapitalização dos transportes públicos. Ou ainda, em quarto lugar, sobre essas coisas exóticas, tóxicas, SWAPs, a que os gerentes se vêem “obrigados” a recorrer, saltando de posto em posto, acumulando dívidas para as empresas (e salários chorudos para si próprios no caminho).

É como se tivesse ficado esquecido, algures, que os transportes públicos já são pagos por todos os contribuintes. E que o Estado dá, por natureza, prejuízo. A saúde, a educação, os transportes públicos. Dão prejuízo quando vistos de forma isolada. E, mais do que tudo, esquece-se que o objectivo do Estado não é dar lucro, pelo menos não em termos financeiros.

Curioso é que, enquanto lia este fabuloso artigo de manipulação da opinião pública, só me conseguia lembrar de uma coisa: fala-se tanto, entre alguma esquerda (e bem, mas falar não chega), da necessidade e da urgência da desobediência civil… quando ela acontece, silenciosamente, em 59% dos passageiros da carreira 794 da Carris. Afinal, quem é que é radical aqui? O vizinho reformado que foi buscar o neto à escola.

Imagem

Esta entrada foi publicada em 5dias. ligação permanente.

45 respostas a Fazedores de Opinião

  1. JgMenos diz:

    Um muito consistente arrazoado de asneiras!

    • De diz:

      Bem pelo contrário.Uma grande posta.

      Três notas a este post da Clara:
      – em primeiro lugar a coragem.A coragem de pegar neste tema, fornecido desta forma pretensamente asséptica, por um jonal que se diz de referência e virá-lo do avesso, mostrando a verdadeira manipulação que se esconde por trás desta forma de “jornalismo”. Eis a papa da ideologia dominante ao serviço dos mercados servida numa bandeja pretensamente neutra e cheinha de um “aparente bom senso” pelo jornal do belmiro..O desmontar da coisa faz com que a dita coisa surja com o verdadeiro aspecto que ela tem- nauseante e sórdida.
      Isso é algo que faz os fariseus do capital rosnarem.De que é exemplo este Menos. Outros virão.

      -A chamada de atenção para o autêntico escândalo que constituem os Swaps.E lembrar que temos uma ministra swap, protótipo do que há de mais desavergonhado entre a fina flor dos terroristas sociais que nos governam.Uma ratazana de esgoto teria provavelmente um comportamento mais decente.Mas recordar que esta coisa foi escolhida a dedo pelo coelho e mantida lá com a benção do amigo íntimo e colega de “negócios”do dias loureiro,

      -Uma frase lapidar: “Afinal, a liberdade depende do dinheiro que se tenha para a pagar”
      Tão lapidar que por agora basta.

      • JgMenos diz:

        Eis liberdades que não requerem dinheiro para serem praticadas: asneira e má-língua!!!

        • De diz:

          Ou de como a “liberdade” de Menos praticar asneiras ( isso é com ele) e a má-lingua (?) constituem temas muito interessantes para Menos tentar desviar o assunto em causa.

          Grita feito um slogan ambulante.

          Só verterá lágrimas se o relvas ou o machete ou o portas forem de transporte público.Aí é que carpirá feito aquilo que é

  2. brigantino diz:

    Até quando vamos continuar a permitir a manipulação desses papagaios que se dizem jornalistas, sempre armados com os “critérios redactoriais”!?…
    Ninguém se indigna com a desfaçatez do snr. Roubini que ataca o T. Constitucional e os pensionistas e os papagaios ecoam as sua palavras (sobretudo a tv pública) como a “Única” verdade!?…Ele diria o mesmo do TC e da Constituição do seu País? E o povo e os seus governantes permitir-lho-iam? E os papagaios da terra dele comportar-se-iam assim tão “rastejantemente”?!
    E que dizer desse patriota Mexia da EDP que os papagaios se apressaram a difundir muito preocupado com a Pátria e com aquilo que a Constituição e o TC lhe possam fazer?
    Até quando vamos suportar isto? Quando é que percebemos que esta gente tem de ser banida para longe?
    Queiramos ou não, isto é uma guerra e na guerra não há adversários, há somente inimigos! E os inimigos do povo e da Pátria chamam-se TRAIDORES…

  3. imbondeiro diz:

    Não, nós não somos a Grécia! No entanto, está por cá acontecermuita coisa que já aconteceu por lá. Esta dos “calotes” nos transportes públicos é só uma das consequências da destruição dos salários dos trabalhadores que já aconteceu na pátria de Homero e que, agora, por cá estende a sua negra sombra.E eu já estou mesmo a ver a estrada larga que se pretendedesbravar com tão bem direccionadas peças jornalísticas: não tarda nada, veremos os preços dos transportes públicos aumentarem brutalmente para que os utentes a quem ainda vão sobrando alguns tostões no bolsos cubram os vastos prejuízos causados pelos “malandros” que já nada pagam, porque já nada têm. Tem que se meter este povinho na ordem, pois, um destes dias, começa a exigir luxos asiáticos como, por exemplo, dinheiro para um bilhete de autocarro.

    • De diz:

      É isso aí, caríssimo imbondeiro.
      E como pano de fundo a tentativa mil e uma vez repetida, de dividir para reinar, tentando virar trabalhadores contra trabalhadores.
      (Coisas como o mexia, é bom lembrar, vão de carro particular, quantas vezes com motorista de óculois escuros)

      • JgMenos diz:

        Essa parte dos óculos escuros é verdadeiramente revoltante!!!!!

      • imbondeiro diz:

        Caríssimo De, acabei de ver, no maravilhoso jornal das oito da SIC, duas reportagens espantosas. De rajada, o bom povo português foi alertado, pelos atentos e altruístas jornalistas do dito jornalinho, para os malefícios das operações plásticas em excesso, e elucidado, para benefício de todos os miúdos e graúdos estoira-vergas, da forma como os privilegiados petizes sabiamente gerem as suas opíparas semanadas e as suas mais que confortáveis mesadas, isto apesar da crise que os atormenta. Já estou mesmo a ver a abonada empregada têxtil a pensar com os seus botões: “Ainda bem que vi esta excelente reportagem, pois, assim, já não gastarei aqueles milhares de euros que me sobraram do último salário em mais botox e em mais implantes mamários”. Quanto aos cada vez mais numerosos filhos de casais no desemprego, a quem já pouquíssima comida passa pela boca, semanada ou mesada não podendo ter, ficam, no entanto, com o exemplo da sabedoria financeira dos filhos das elites, coisa que lhes será de mor utilidade quando saírem, os madraços!, da sua “zona de conforto” e forem alinhavar solas para uma qualquer fabriqueta de vão-de-escada a troco de uns euritos. Critérios editoriais? Eu diria que são dos mais tremendamente eficazes que já vi: não há como tornar a televisão uma arma de alienação massiva para definitivamente erradicar qualquer vestígio de espírito crítico que vá sobrando na grei portuguesa. A alienante anestesia da ficção de um país que não existe esconde a realidade do nacional desastre social e económico em curso. A ignorância e a alienação do povo são bens de inestimável serventia para as corporações económico-mediáticas que governam esta quinta que, outrora, deu pelo nome de Portugal.

  4. ru diz:

    “E, mais do que tudo, esquece-se que o objectivo do Estado não é dar lucro, pelo menos não em termos financeiros.”

    o objectivo é esse mesmo. filtrar a percepção, até ser essa a única conclusão dos menos atentos (e eventualmente de todos os outros), e se acreditar piamente de que tudo tem de dar lucro e que o estado é uma “empresa” que se deve deixar “falir” por ser “insustentável”.
    para que tudo caia em mãos privadas.

    • JgMenos diz:

      O objectivo não é dar lucro. Eis um troikista!
      A troika também se contenta com défice zero.

      • De diz:

        Definitivamente Menos ou não entendeu ou não lhe resta mais nada do que este balbuciar mecanicamente teclado, culminando nesse pormenor anedótico de acusar outrém de ser aquilo que é – um vulgar troikista.a tentar esconder os verdadeiros objectivos dos seus pares.

        Um excelente comentário de ru, deixa Menos quase neste estado comatoso. Aquele que pregava há dias por menos estado a todo o transe viu-se desmascarado em meia dúzia de linhas.

        .A troika contenta-se com défice zero?
        Ouve-se o rastejar perante a troika. Coelho,gaspar e outros sabujos ufanavam-se de ir mais longe que esta.É natural assim esta postura de Menos.

        Entretanto vamos a números por mais que estes irritem Menos:
        “Portugal vai pagar um total de 34.400 milhões de euros em juros pelos empréstimos do programa de ajuda da “troika” (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), segundo dados do Governo.”

        “Ajuda”?
        Privada ,claro.

        • JgMenos diz:

          DE, o que é que não percebe nos parágrafos seguintes:
          ‘Todo o défice tem que ser financiado por dívida. O seu financiamento depende da vontade de quem tem capital. Tem capital quem poupa. Só se financia a quem se acredita que venha a pagar o capital mais juros. Confisco geral é miséria geral. ‘

          • De diz:

            Menos mais uma vez foge depois da atoarda do défice zero.Devia pedir desculpa já que a própria merkel nunca foi tão longe.
            🙂

            Depois coloca aqui uma frase disparatada.(Fala em parágrafos mas mais uma vez…)
            Fala em défice e em dívida e em capital e em vontade do capital e em quem poupa e em confisco geral e em juros e noutras coisas mais.
            Miséria geral!

            Um que andou a poupar e que contribuiu através da sua boa vontade para aumentar o capital e para confiscar ainda mais o produto de quem trabalha foi Machete.

            http://samuel-cantigueiro.blogspot.pt/2013/09/rui-machete-gente-fina-e-outra-coisa.html#links

            Vale a pena ler o texto de Samuel.Eis um excerto:
            Em que degrau da “escada social” é que um comprovado delinquente deixa de ser um “sacana de um ladrãozeco” que, em desespero, mente descaradamente para tentar salvar o coirão… para passar a ser um respeitável membro da sociedade, merecedor da total confiança do senhor primeiro-ministro Passos Coelho e que, no máximo, comete inocentes “incorrecções factuais”… mas sempre, sempre sem intenção de ocultar o que quer que seja?

            Podemos agora voltar à frase de Menos.
            O défide originado pelo BPN tem que ser financiado por dívida.O seu financiamento depende da vontade de quem tem capital.Do Machete?Ele até tem capital porque o poupou para poder ser accionista do BPN.E como há quem acredite no machete ( menos é um deles, até lhe fez um elogio na proporção inversa ao ódio que tem a quem trabalha) logo…ele tem financiamento.
            Ou em cash ou em géneros,tipo lugar ministerial.
            Teve os dois.

            Pois é.O capital é isto.Fede.
            Mas há mais.

          • JgMenos diz:

            Como era de esperar…bugalhos a tapar alhos!

          • De diz:

            Definitivamente acho que não.
            Vamos lá explicar a Menos para que as suas pequenas manhas não passem
            Os dados são objectivos.Menos fica perturbado pelo facto de se chamarem o nome aos bois?
            Ainda bem
            As lágrimas amargas vertidas por Menos a respeito dos bandoleiros do BPN deixam muito a desejar não é mesmo?
            Cai por terra com fragor a propaganda neoliberal em voga na campanha mediática dos pulhas em exercício:
            “Todo o défice tem que ser financiado por dívida.”.. Mas quem é responsável pelo défice?
            “O seu financiamento depende da vontade de quem tem capital”. Mas qual a origem do capital?
            “Tem capital quem poupa.”.Sério?As poupanças do dias loureiro ou as do oliveira e costa?A do belmiro ou a do soares dos santos ?Fugindo para a holanda para assim pouparem mais, enquanto dão lições de? Ou as fortunas arrecadas pelo grande patroinato à custa da exploração dos trabalhadores?
            Poupança?

            Grotesco.

  5. xxx diz:

    Parabéns pelo post.

    (1) Parece-me que as notícias divulgadas pelos jornais portugueses (e não só) dependem bastante dos accionistas, proprietários dos jornais. Os jornalistas seguem a linha editorial dos proprietários e accionistas. É assim que se mexe com falsidades na opinião pública.

    Os Jornalistas que se recusem a fazer/escrever notícias como estas da golpada que tem sido feita pela banca aos transportes públicos(swaps e investimento em infraestruturas), têm de certo aquela frase dita em bom português, «a porta da rua é a serventia da casa».

    É claro que devem haver jornalistas reaccionários. Não gosto particularmente do Público, mas costumo ler alguns artigos de pessoas que aí escrevem e descascam a realidade nua e crua do que se anda a passar no nosso país. Quando acabo de ler os artigos, vou ver logo quem é que os escreveu e penso para mim, «Mas que grande coragem, se calhar este jornalista já cá não volta a escrever». Falo com conhecimento de causa.

    Tenho amigos meus que trabalharam no Público e que foram despedidos. Trabalhavam lá desde o início do jornal. São pessoas cultas, informadas, com os valores inabaláveis, não estão à venda, têm uma consciência política e social presente em tudo o que escrevem. Preferiram vir para a rua, despedidos, mesmo com famílias a sustentar, porque o que lhes era pedido para escreverem entrava em choque os seus valores fundamentais que é evidente que são de esquerda.

    (2) A questão dos transportes e dos «swaps» parece-me que não são 3 mil milhões de euros. São valores muitíssimo mais altos se considerarmos que as perdas potenciais se irão transformar em perdas reais. Para não falarmos das PPPs.

    Os nossos transportes públicos estão na mão dos bancos. É claro que estão em vias de privatização. Por exemplo, a Barraqueiro já está candidata e ficar com a concessão dos transportes. Um dos accionistas/proprietário da Barraqueiro é o José Luís Catarino, Presidente da Fertagus, do comboio da ponte 25 Abril. A Barraqueiro também tem a concessão do Metro do Porto.

    (3) No outro dia, ouvia a audição no Parlamento sobre os swaps de Juvenal da Silva Peneda, que foi despachado do presente Governo por causa dos swaps. Era Secretário de Estado do Minstério da Administração Interna. Anteriormente era Presidente da STCP e e membro do CA do do Metro do Porto.

    A audiência de J. da Silva Peneda – penso que é filho do Conselheiro de Estado de Cavaco Silva que tem o mesmo nome – foi uma verdadeira vergonha. A arrogância com que tratou o assunto não me deixou dúvidas sobre o envolvimento de várias pessoas da Junta Metropolitana do Porto, Administradores não-Executivos(4) tais como, Rui Rio, Major Valentim Loureiro, Narciso Miranda, Mário Almeida e dos Administradores Executivos(3), Prof.Oliveira Marques, Eng. Duarte Vieira (penso que já falecido) e o próprio Juvenal Peneda.

    (4) O que interessa a nós contribuintes é que foi assinado um ‘swap’ é que foram estes 7 responsáveis pela contratação deste swap que poderá acarretar centenas de milhões de prejuízos ao erário público acima de 450 milhões de euros, de acordo com os números actualmente disponíveis. Em Setembro de 2012, de acordo com o relatório do IGCP, a taxa já era de 23,3% e continuava a crescer, visto que é um snowball, esta taxa nunca desce, acumula sempre.

    Actualmente e com os valores da Euribor a 3 meses de acordo com um simples cálculo aponta que irá já acima dos 30%, continuando a crescer, se se mantiverem as condições de mercado. E é isto que explica que um empréstimo de 89 milhões de euros tenha sido feito, uma alegada cobertura de risco que custa já centenas de milhões de euros, porque a taxa a pagar é, actualmente, superior ou da ordem de 30%, começando em 1,76. Resumindo: por um empréstimo de 89 millhões de euros temos, nós, os contribuintes de pagar 450 milhões de euros de perdas potenciais e o mais provável é virem a tornar-se em perdas reais.

    Para tirar dúvidas consulte: http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheAudicao.aspx?BID=95906

    As transcrições ainda não destão disponíveis, mas os ficheiro àudio estão.

    (5) Como é que Mª Luís Albuquerque se mantém no lugar? São os bancos estrangeiros e nacionais que andam a mandar na nossa democracia. Por isso são precisas eleições, sair do Euro e da União Europeia porque desta gente não vem nada de bom. Já tenho dito que prefiro o racionamento a seguir à II Guerra de todos os bens essenciais; passar uns anos assim e recuperar a independência do meu país, mesmo que me custe, mas é bem melhor do que permanecer durante os próximos 30 anos, pelo menos, rendida à malta da banca.

    Mas devem haver pessoas que sabem muito bem do que eu estou a dizer. Eu só ando preocupada e à volta do assunto. Espero que estejam a ser feitos planos de contingência por pessoas corajosas, valentes, competentes e audazes para nos tirar desta embrulhada quando sairmos do Euro e da União Europeia. Mas vai devar alguns anos. Permanecer no Euro será muitíssimo pior pela amostra do que temos tido. Eu não tenho medo nem tremo com a saída do Euro e da União Europeia.

    É preciso aguentar a Educação, a Saúde e as Reformas mesmo que seja a níveis mínimos.

    Prefiro mesmo não ter acesso a medicamentos, tratamentos, comida, viver ainda um bocado pior e recuperar a independência do meu país para esta geração que resta, a minha dos 50, não sei se vamos ter oportunidade de ver, mas para os filhos dos meus amigos e desconhecidos e também para os meus sobrinhos, já que não tenho filhos. Não, eu não tenho medo de racionamentos, absolutamente nenhum.

    E que os verdadeiros portugueses, os que não tiveram culpa da crise, não paguem muito pelo que não fizeram porque não são culpados e são os que estão a ser punidos.

    Vivo num estado de racionamento presentemente, imposto a mim própria para me treinar a viver assim. isto já há dois anos. Já começo a andar habituada aos racionamentos que são inevitáveis que comecem a surgir.

    P.S. A minha mãe sobreviveu a Guerra de Espanha quando era miúda. Foi desterrada para Gibraltar, passou fome no colégio de freiras onde andava, não recebia farnéis de comida como as suas colegas que lhe davam umas migalhas sempre que podiam. Ela é gulosa e comeu chocolate que tinha bichos. Tirava os bichos e comia o chocolate. O meu pai dizia-lhe que ela tinha a perna curta porque tinha passado fome durante a Guerra Civil de Espanha. Foi uma pessoa que nunca recuperou o equilíbrio psicológico do embate do assassínio à queima-roupa do pai dela. Estas histórias ensinaram-me a não ter medo da GUERRA.

    • JgMenos diz:

      A perna curta da sua mãe justifica-se.
      Mas nada justifica tanta asneira!

      • De diz:

        Para a justificação da “asneira” temos por aqui Menos neste papaguear contínuo a respeito da …”asneira”.

        (ah, a frase sobre a “perna curta” confere com o “carácter ” do fulano.)

      • O que não se justifica é o caríssimo constantemente recorrer a falácias e ataques de carácter. Se quer contestar, utilize factos. Por exemplo, eu não concordo totalmente com o artigo acima. Da mesma forma que o jornalista manipula a informação, e lhe garanto que o fez. Também o comentador o faz. Como sempre a verdade encontra-se perdida nas entrelinhas. Se todos pagassem os bilhetes, talvez se pudesse baixar o preço dos mesmos, mas isso não significa que estes valores de quem defrauda o sistema ao nível de passageiros é bastante inferior à fraude cometida por quem em nome de todos nós aceitou os ditos “swap’s”. Por isso recomendo-lhe que ou comente e desmonte factos com factos, ou evite escrever, que para ignorantes já nos chegam aqueles que nos (des)governam.

        • JgMenos diz:

          Dizer a alguém que diz asneiras não lhe ataca o carácter, que é coisa bem diversa.
          Falácias não vejo, que a subalimentação é sabido afectar o crescimento.
          Uma vigarice (se é que os swaps são vigarice – que normalmente não o são) não justifica outra.
          E se se dá RSI a quem não faz nenhum, admito também se deva pagar a quem trabalha e gasta o salário em transportes.
          Mas soluções nunca são bocas e disparates sortidos…

          • De diz:

            A defesa ( um pouco acobardada) dos swaps ou mais uma vez as lágrimas vertidas pelos agentes em funções nesta sociedade venal e sem emenda? Talvez seja uma contribuição para o défice que terá que ser financiado pela dívida?

            A dignidade é coisa que Menos procura proteger em relação a patifes como o relvas ou como machete ou como portas e as suas irredutiblidades.Quanto aos mais fracos,..estamos conversados
            A tentativa de justificação da sua grosseria é deprimente

            A velha baba ranhosa sobre o RSI,imitando o traste do aldrabão portas, surge mais uma vez.Sorry, mas afirmações gratuitas mil vezes repetidas não podem passar a verdades, velhas tácticas usadas pelos que Menos faz gosto em estimar

      • xxx diz:

        Vou-lhe deixar uma resposta rápida.

        O Sr. é uma destas pessoas que não é pessoa. Vou-llhe contar uma coisa. Os meus avós não tinham quase meios nenhuns. A minha avó trouxe um dote do Oriente. Por azar ficou sem ele, por estupidezes do meu avô.

        Acontece que a minha avó não deixou que fossem vendidas as acções que tinha herdado do pai dela do jornal e que é muito conhecido: o “SOUTH CHINA MORNING POST” em Hong-Kong.

        A minha avó era chinesa com a nacionalidade britânica. Com a passagem de Hong-Kong para China foi proibido vender as acções a não ser ao Governo de Hong-Kong.

        O meu pai é que tratava dos assuntos. O meu avô já tinha morrido. Era Comandante de Marinha. O que aconteceu foi que um tio-avô meu, Presidente do Leal Senado em Macau, articulado com o meu pai, deu indicação para que a minha avó vendesse as acções. Vendeu por uma fortuna e o dinheiro foi todo parar à Suiça, nas ditas contas bancárias que quando se telefona diz-se o nome de «secreti». Isto já se passou há mais de 35 anos e por isso lhe digo.

        A minha avó vinha de uma família riquíssima do Oriente. Nunca, nunca, nunca perdeu a noção da responsabilidade que tinha em relação às pessoas que a rodeavam, ricos, pobres, deficientes (ela era fisicamente, mas foi operada pelo cirurgião da Rainha de Inglaterra, teve, anestesias: era rija)«, seja a quem fosse. Lembro-me de uma vez que a amiga de uma filha da amiga dela ficou grávida. Ninguém nessa altura a queria receber em casa. A minha avô abriu as portas da sua casa e a miúda ficou a viver em casa da minha avó durante o tempo que quisesse. Ela não tinha dinheiro para comer…

        Tomara eu ser como a minha avó. Não lhe chego aos calcanhares. Mas cresci com estes exemplos. O Sr. não é exemplo para absolutamente ninguém e se tiver filhos e mulher, eles devem saber o que a casa gasta, ou então devem ser iguais a si.

        O Sr. é uma pessoa que rasteja no chão e provavelmente anda a mando e pago de gente que só sabe fazer mal aos outros. Se um dia o apanhar à minha frente, não tenha dúvidas que eu trato de si e o Sr. vai parar às «alminhas», não tenha dúvidas.

        Sou uma pessoa «perigosa» porque não tenho medo. Não tenho nada a perder.

        P.S. Não responda porque eu não lhe vou responder. Mesmo que de futuro comente em cima do que eu escrevo num outro post, não lhe voltarei a passar cartão. Vou sim, é estar atenta e ver quem o Sr. é. Sabe que estas coisas se sabem mais tarde ou mais cedo.

    • imbondeiro diz:

      Obrigado pelas informações que disponibilizou. São estas coisas que a malta que, como sói dizer-se, “anda a dormir na forma” precisa de saber. Só falta o consequente “abrir da pestana” e a muito imperiosa tomada de posição.

    • Gostei muito do seu comentário, pena tenho que o escreva por detrás de anonimato. É cada vez mais necessário darmos a cara pelo que acreditamos.
      No seguimento do que diz, seria brilhante se o Estado cria-se legislação de forma a responsabilizar os agentes político, público e privados que lesam o estado em negócios deste tipo.
      Quanto a audição do Silva Peneda, não consegui ver, o lambe bolas com que o Jorge Lacão presenteia o homem deu-me vómitos, terei que ver quando tiver o estômago vazio.

      • xxx diz:

        Obrigada pela sua resposta.
        (1)Não vale a pena ouvir a audição mas vale a pena ver a transcrição quando aparecer no site do Parlamento.

        (2)Se eu desse a minha cara e o meu nome já tinha levado «porrada» e isso seria uma inutilidade. Prefiro manter o anonimato porque assim posso dizer tentar «descontruir» e «desmontar» as ditas superestruturas, mas sempre e só ao meu nível.

        Conheço pessoas que, de facto, andam lá dentro das ditas instituções a «farejar» e a ver o que se «anda a passar» e nem sequer me dizem nada. Se faço uma pergunta, tenho logo a resposta. Mas não costumo fazer muiitas.

        (3) Agora leia isto, que foi a inquirição Carlos Mineiro Aires – ex-presidente do Metro de Lisboa inquirido, nestes momentos pelo Sr. Deputado Paulo Sá (PCP) que é quem sabe destes derivados. Os outros deputados parece-me que andam exclusivamente na política de passa-culpas. O Deputado Paulo Sá anda nas contas do contribuintes que é o que nos interessa.

        Deixo-lhe aqui o link.
        http://www.parlamento.pt/ActividadeParlamentar/Paginas/DetalheAudicao.aspx?BID=95932

        Está tudo sem pontuação porque eu fiz isto para ver se conseguia perceber as contas.

        Mas as transcrições depois são feitas e aparecem no site do Parlamento. Se calhar não vale a pena perder tempo e ver. Do que se trata é de contas de roubo através do jogo na bolsa do dinheiro dos contribuintes, devidamente articulado com os cartéis da banca. Vale a pena ler a transcrição quando estiver disponível. Mas só nas contas e nos bancos.

        (…)
        Deputado Paulo Sá: Na primeira ronda abordei a questão dos swaps que foram herdados da Administração anterior e que a vossa Administração reestruturou, transformando swaps simples em swaps complexos, swaps esses que no final do ano passado tinham perdas potenciais no valor de 277 milhões. Gostava de agora de, na segunda ronda, abordar a questão, não dos swaps que reestruturam, herdados da Administração anterior, mas dos swaps novos que os Srs. contrataram, como já foi dito aqui, dezassete swaps na sua esmagadora maioria de grande complexidade e elevado risco e que tinham perdas potenciais em finais do ano passado de 588 milhões de euros.

        Por manifesta falta de tempo vou-me concentrar apenas no swap identificado no relatório do IGCP com o número 38. Este swap é um swap de tipo snowball e que só por si tinha em finais do ano passado de acordo com o relatório do IGCP, perdas potenciais no valor de 387 milhões de euros. Ou seja, quase, em números redondos, 400 milhões de euros.

        O swap anterior que abordámos na ronda anterior, era swap também snowball, que tinha na mesma data. Em finais do ano passado, perdas potenciais no valor de 204 milhões de euros. Portanto, só estes dois swaps que têm a vossa assinatura. Dos dois do Engº Carlos Mineiro Aires e o Dr. José Maria O’Neill. Só estes dois swaps representaram perdas potenciais em finais do ano passado, 600 milhões de euros. É uma quantia significativa e obviamente não podemos deixar de exigir explicações sobre estes dois swaps. O primeiro já abordámos agora este segundo swap.

        Presumo que também relativamente a este não terão memória dos detalhes e por isso eu recordo-lhes o que é que os Srs. contratarem em digo-lhes a data Maio de 2006. Portanto altamente nocivo aliás no relatório do IGCP aparece no dossier Santander à cabeça como aquele mais alavancado porque surpreendentemente à data da contratação, o empréstimo subjacente, o nocional era de 4 pouco mais de 4 milhões de euros, 4, 3 milhões de euros. No entanto, as perdas potenciais eram em finais do ano passado como eu disse 388 milhões de euros. É espantoso como um empréstimo um swap para cobrir um empréstimo que inicialmente era de 4 milhões de euros tem perdas potenciais da ordem dos 400 milhões, 100 vezes superior.

        Portanto, este swap é swap altamente nocivo porque, etem a seguinte estrutura e relembro-lhes podem ter recordação do que assinaram na altura. De Março de 2006 a Março de 2010, o Metro de Lisboa pagava uma taxa fixa de 2% e isto permitia ganhos imediatos. Desde a contratação até 2010, o Metro de Lisboa efectivamente com esta operação ganhava algo. No entanto a partir de Março de 2010 o spread a taxa era alterada para 1,65 e acrescentava-se um spread. Um spread que dependia da evolução futura da Euribor que obviamente os srs. não controlavam. E se a Euribor a 3 meses descesse abaixo de 2% o spread aumentava com uma alavanca de 2,25%.

        Isto significava que a partir do momento em que a Euribor desceu para os níveis que desceu e já mostrou por diversas vezes o gráfico o spread agravava-se em cerca de 3,04% por trimestre, por ano 13,5, e no final de três anos até 2012 cerca de 40%. Portanto era um swap de elevado risco.

        O Metro de Lisboa com este swap obtinha ganhos imediatos até Março de 2010 porque tinha uma taxa mais baixa do que aquela que estava a pagar; a receber mas depois os riscos eram colossais, e se esses riscos se materializassem, a taxa podia disparar para valores perfeitamente incomportáveis levando a que as perdas potenciais deste swap disparassem como na realidade se veio a verificar.

        O cenário que já classificaram aqui de improvável, concretizou-se, materializou-se e este swap tinha esta estrutura que tornava extremamente exposto àquela situação com perdas tremendas cerca de 400 milhões de euros.
        Estamos a falar de uma quantia avultada, resultante das condições deste contrato.

        Ora bem, disseram por diversas vezes, nesta audição, inúmeras vezes que ninguém imaginava, ninguém perspectivava que aquilo ia acontecer, coisas completamente imprevisíveis à data foi a justificação que encontraram. Mas se ninguém imaginasse que era a possível Euribor a 3 meses descer abaixo de 2%, pergunta-se e eu pergunto-lhes porque é que o contrato esta previsão? Porque é que contrato contemplava esta possibilidade da Euribor descer a 2 meses? Os srs. não imaginaram mas o banco que vos ofereceu que vos vendeu este contrato imaginou e meteu a cláusula que depois foi extremamente danosa para o Metro de Lisboa. E eu perguntava-lhes então perante isto, como é que comentam o facto. De que os comentários que disseram anteriormente de que ninguém imaginava isto (…).

        P.S Penso que isso é mais útil do que ir parar ao hospital ou à morgue. Tenho seguros para tudo, até para a morte …

  6. João diz:

    As pessoas que “não pagam bilhete” na verdade têm o seu bilhete pago: pelos os que honestamente compram o bilhete e os seus passes. Se todos pagassem, os bilhetes ficariam mais baratos. Se todos forem caloteiros e não pagarem, os transportes fecham.

    • eu diz:

      … mesmo que para pagar o bilhete tenham que deixar de comer, não é João?

      • JgMenos diz:

        Nota histórica:
        O avô de um meu amigo caminhava todos os dias (ida e volta) desde os Carvalhos até ao Porto (2×12 Km) para trabalhar .
        Romper solas e capas estava fora de questão; cedo na manhã, o ruído nas calçadas do Porto era de solípas (sola em madeira, tira de couro).
        Muito radical?

        • De diz:

          Uma estória edificante que não nos diz mais nada do que o quotidiano de milhões de portugueses

          Estava-se no tempo do fascismo e esse era o panorama da nossa provincia ( e não só).
          Ignorância ou mais alguma outra coisa.

          Entretanto um pulha nos dias de hoje assina uma crónica em que suspira pelos bons tempos, calmos e pacíficos dos anos 60.

          Demasiado radical …então não?

          • JgMenos diz:

            O suspiro será seu, que para mim sempre tenho por princípio que o que tem de ser é,
            E dada a sua habitual e profunda ignorância, devo informá-la que nos anos sessenta esta história já era história.
            O que não é história é a pobreza, que está aí para ficar se mais não sabem que exorcizá-la com gritos e apitos e soluções nenhumas! O que é uma pulhice como outra qualquer!

          • De diz:

            Suspiro? Mas qual suspiro ou meio suspiro?
            Mas qual profunda ignorância ou meia ignorância?
            A história dos descamisados e da fome e dos que andavam descalços por não terem meios para comprar sapatos faz parte da história do fascismo.Que não foi apanágio apenas dos anos 60.Estes foram citados para desmascarar um beato hipócrita e sinistro que anda para aí entre outras coisas a branquear o fascismo.
            (E francamente ir socorrer-se de um “avô de um amigo” para ilustrar uma quase banalidade daqueles tempos é por demais sintomático…)
            Percebeu ou quer mais explicações?

            Mas independentemente destes pontos nos is, há algo que não pode passar .A tentativa mais uma vez de Menos, (replicando os seus mestres, os media dos mestres, o pulha atrás citado) da “não apresentação de soluções”
            Independentemente de outras qualificações, tal frase de Menos revela uma profunda desonestidade.Que não lhe agradem as alternativas e que Menos prefira mostrar os caminhos de sentido único está de acordo com as opções ideológicas de.
            Mas a mentira é por demais evidente.
            Se bem que como se saiba há uma escola (perfilhada por Menos?) que diz que uma mentira mil vezes repetida…

            O capitalismo não serve.E os seus defensores estão resumidos a isto.E a afirmações grotescas do género ” o que tem que ser, é”
            (por isso Luís XVI ficou tão admirado quando as massas se revoltaram e fizeram história)

      • João diz:

        Se todos deixarem de pagar, deixam de existir transportes quer tenham fome ou não. Ou então continuamos a aceitar que os rendimentos já por si miseráveis dos trabalhadores honestos (que pagam o transporte) sejam desviados para os que não pagam.

    • De diz:

      Ora o preço a que ficariam os bilhetes se os representantes do capital,incluindo a ministra swap, não têm feito os tais swaps que ainda arruinaram mais as ditas empresas?
      Os caloteiros, os grandes caloteiros continuam impunes.E o governo não fecha,apesar de lá estarem alguns dos principais.

    • Carlos Carapeto diz:

      Amigo?????
      Se há quem não pague o bilhete é um problema de desleixo dos funcionários que têm a responsabilidade por essa área.
      Os trabalhadores incumpridores, aqueles que mais lhe interessa as empresas publicas irem à falência para depois serem privatizadas.

      Tenho a certeza absoluta, sem a mínima margem de erro que nenhum trabalhador de esquerda esteja interessado que tal aconteça.

      Portanto essa situação a acontecer só pode ser obra de ultra reacionários ao serviço do capitalismo. Esses o único caminho que têm é serem empurrados para a porta de saída.

  7. Bronkas de Carvalho diz:

    João, se os transportes públicos “fecharem” e os autocarros e comboios ficarem parados, não faz mal: a gente toma conta deles, há muito quem tenha carta de condução de pesados e sei que também há por aí alguns maquinistas desempregados.

    • De diz:

      Bronkas o que há mais são desempregados, algo que muito convèm ao capital.Uma massa imensa de desempregados permite ter uma massa equivalente de explorados dispostos a tudo, permitindo baixar o custo da mão de obra e aumentar os lucros dos coelhos e dos carvalhos
      Por isso passos se esforça tamto em promover o desemprego e em mandar a malta emigrar, pesem as cenas de pantominice que ele esboça em vésperas de eleições.
      Felizmente que está cá o bronkas carvalho para nos lembrar a massa de que são feitos os segudores de tal quadrilha.
      🙂

    • João diz:

      E quem vos paga?

  8. maria diz:

    … pois NÃO PAGO!!!!!… é a minha forma de Resistência!!!
    não admito que o Eléctrico 28, todo turistico, o bilhete custe 3€,50…. e o Elevador da Glória tb!!! Lisboa para turistas … e quem paga é o lisboeta??? NÃO!!!
    no que puder NÃO PAGO ESTA DIVIDA QUE NÃO É MINHA!!!!
    e ando muito admirada com a anemia deste povo!!!?… ainda não estão a acontecer arrastões em hipermercados???!! pois! as pessoas comem lá dentro!!! por enquanto…

  9. maria diz:

    … os portugueses pagam TUDO E NÃO PIAM!!!!…
    ora lisboetas, ora algarvios, ora nortenhos, TODOS ESTÃO A PAGAR!!!
    anémicos…. ACORDAI!!!!

  10. Francisco d'Oliveira Raposo diz:
  11. Pingback: Fazedores de Opinião

Os comentários estão fechados.