Ontem abriu a Festa. Três dias na cidade da solidariedade e do internacionalismo, levantada e vivida por todos e todas que partilham a esperança de uma sociedade mais justa, livre e democrática. Avante!
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Apesar de não ser comunista, fui a todas as Festas do Avante.
No início por curiosidade, depois porque era uma possibilidade de ouvir sobretudo jazz americano tocado por… bandas checas ou da RDA (1) e algumas figuras gradas da pop mundial, finalmente porque se tornou uma maneira de encontrar amigos que não contactamos durante o resto do ano.
Como a idade não perdoa, muitos vão desaparecendo ou porque partem para as pradarias eternas ou porque já não podem ou não querem sair de casa.
Sinceramente acho que a FA, neste momento, é uma seca; as pessoas percorrem as áleas, como nós descíamos e subíamos a Avenida da Liberdade, na chamada volta dos tristes, jantam nos restaurantes e embebedam-se numa espécie de ritual que pouco difere de outro tipo de festivais ou até de manifestações desportivas.
Resta-me a cidade internacional, uma compra solidária no Pavilhão da Palestina, um “olá estás bom?, há alguma coisa de interesse para ver?, Nada? bom, até para o ano!”. E, passada 1 ou 2 horas está tudo terminado.
Eu no entanto compreendo que quem está por dentro ou seja do “clube” veja ou tente ver as coisas de outra maneira.
Cumprimentos.
(1) Numa das festas do Alto da Ajuda (início dos 80s) tocava, num palco secundário, uma banda de jazz tradicional americano (Dixieland qualquer coisa), oriunda da RDA. Tocavam bem, com entusiasmo e a malta estava a gostar. Numa dada altura o apresentador veio interromper a actuação argumentando que o horário era para cumprir. Quem estava a ver brindou o dito cujo com uma brutal assobiadela, pedindo bis, bis. Nada feito, um intérprete de alemão veio avisar os músicos que deveriam parar o que estes fizeram com um encolher de ombros.
Depois o apresentador anunciou o artista seguinte: Um tal Pedro Barroso. Que péssima estreia. A primeira balada foi seguida por inúmeros “vai-te embora!”. A coisa esteve preta; eu fui um dos que deixou o pobre a cantar sozinho.
foda-se! quem fala assim não é gago! é comuna!
Livre e democrática?
Só comento porque leio por aqui pessoas que não têm com que se preocupar se não comentar a alegria de outros, seja pelas razões que forem. Revelam uma natureza mesquinha, invejosa e ciumenta por não saberem ficar contentes com a alegria e festa de outros: uma natureza «cinzentona» e «repressiva» e «anti-democrática».
Felizmente disso não tive muito na minha vida e espero não vir a tornar-me numa pessoa «amarga», «recalcada», «ressabiada» e profundamente «egoísta», mas também é verdade que não mantenho contacto com esse tipo de natureza humana, felizmente. Aprendi desde muito cedo que: «beauty is in the eye of the beholder».
De certa maneira, talvez possamos dizer que o que escrevemos é muitas o espelho do que somos.
P.S. Ando mais preocupada com os cortes dos 4 mil 700 milhões, com os cortes na Saúde, Educação e Reformas, desempregados, pessoas sem nada para viver, desesperadas; com as eleições na Alemanha e nesta União Europeia anti-democrática, neste país onde a maioria dos que detêm o poder são corruptos, anti-democráticos, repressivos, etc., e como é que me vou «safar» disto (desta maldita moeda, desta maldita União Europeia), senão for em termos colectivos.
Também, se calhar, para estas pessoas é a única Festa onde podem ir. O resto do ano é um verdadeiro inferno. Talvez valha a pena pensar nisto, não é?
Só por para assistir ao concerto desta grande Senhora valeu a pena ir à festa do Avante.
Essa ligação não dá.