Três soluções à la minute.
O João José Cardoso e o Nuno Ramos de Almeida, boa memória lhes valha, deixaram a nu dois textos impagáveis sobre a polémica do piropo. Um, escrito pelo insuspeito e saudoso feminista Manuel António Pina, outro, da UMAR, a clamar pela criminalização do olhar (sim, leram bem, do olhar!). À bófia do piropo é preciso que se junte a polícia do olhar. Se dúvidas ainda restavam fica claro que o problema do feminismo radical de fachada socialista está longe de ser de verbo e confirma-se a sua proximidade à estética e à ética dos talibans. Que fiquemos a salvo do autoritarismo puritano antes que um dia ele nos venda a alma – e os olhos – aos beatos moralistas das botas cardadas. Olhou? Pecou.
E quem for míope como eu? Mesmo prevaricando, terá pena reduzida? À redução de quantos dias, meses, anos, de pena corresponderá cada dioptria? E quem usar óculos-de-sol? Será ele/ela acusado/ acusada de ocultação de provas? E não haverá aqui uma pontinha de discriminação? Não estarão os invisuais absolvidos de antemão de qualquer crime ( mesmo que alguns deles/delas sejam altamente libidinosos/libidinosas e tactilmente à larga prevariquem ), ao passo que os pobres dos videntes, ainda que empedernidos abstinentes carnais, se verão constantemente acossados pelo peso da Lei? E o gajo ( ou gaja ) que se lembrou de bolsar tais pérolas não precisará ele ( ou ela ) de consultar um bom neurocirurgião e pedir-lhe que ele lhe implante umas lentes bem grossas no cérebro?
bem, há uma coisa a que alguns teimam em chamar feminismo, mas que em nada passa por feminismo – seja com que fachada for.
Como o daqueles muitos que acham que haver uma PGR ou uma presidente da AR (PAR) traga sensibilidade outra ao cargo. Como se só uma PGR devesse atender à violência doméstica ou uma PAR aos temas da infância de um modo inovador.
Não acham que o assunto já cheira mal?
Não há mais nenhum assunto para postar?
Cumprimentos.
Já. Mas a festa foi bonita pá.
Eu já ando de óculos escuros à noite só para agradar à UMAR.
A UMAR como organização que se tem empenhado na luta contra a violência doméstica , e pela defesa dos direitos das mulheres, deveria merecer o respeito, e não o sarcasmo, daqueles que pouco ou nada têm feito , para põr fim á descriminação das mulheres no nosso país.
Mas enfim é o País que temos, e pior o tipo de militantes de certos partidos de esquerda, que nem se preocupam em saber sobre o que escrevem, são como dizia o Solnado da irmã:
“Gostam de escrever coisas”.
Apareçam num dos debates dos VÁRIOS PANEIS sobre o Socialismo, que o Bloco de Esquerda realiza este fim de semana em Lisboa no Liceu Camões, e serão certamente bem vindas todas as contribuições, especialmente nesse painel, que tanta celeuma provocou a certos espiritos mais sensiveis.
O citado texto, não me causou nenhum sentimento nem de repulsa nem de angustia,
Esse sentimento de REPULSA guardo-o para situações que o mereçam, como ler no orgão central de um Partido de Esquerda, um artigo de um militante com citações do Protocolo dos Sábios de Sião, uma das Biblias do nazismo, e não ter lido aqui , nenhuma critica das almas sensiveis , que tão deligentemente e com tanta veemência, têm debatido este grande tema ” O PIROPO”
O país que temos não ganha nada com acrescentando preconceito ao preconceito. Nem a umar.
Obrigado pelo convite, mas educadamente o declino. É que gosto pouco de “painelar” e as pastilhas para a azia estão um bocadito para o carote.
Declina o Convite, porque não gosta de debates, ou porque não tem inteligência para isso.
isso é uma pergunta? ou é só falta de jeito para o Português?
Para a agradar, escolho a segunda hipótese: adoro fazer um mimo a senhoras extremanente argutas. E sim, isto é um piropo, ainda que mentiroso na parte do “extremamente argutas”. Mas lá diz a tradição que mentir por piedade não é pecado…
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