Mais uma OPA do Partido Socialista. Uma vez mais feita pelo Soares, uma vez mais à Grândola Vila Morena. A Frente Popular deu ontem o primeiro passo, inevitavelmente tutelado pelo pai do estado ao qual o Estado chegou. Só ficou a faltar o povo e deixarem claro que o que os une não é o combate à austeridade, mas a maneira de a tornar possível. Os acólitos do mal menor já pensaram que estamos cada vez pior? Que a unidade em torno da renegociação da dívida pode incluir, mais cedo ou mais tarde, o PSD e o CDS? Se outrora nos quiseram convencer que era importante engolir o sapo para evitar a vitória do Freitas do Amaral, que Sebastião nos vão apresentar para forçar o país a pagar uma dívida que nunca saiu dos bolsos da banca? Onde é que anda a cabeça do BE e do PCP que não veem nisto mais uma maneira do PS se recauchutar? Que sentido faz a unidade se ela apenas serve para tornar sustentável o nosso descontentamento?
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Começo por assinalar que mais do que um «ilustre desconhecido» sou certamente um «ilustre desconhecedor». Por outro lado não estive presente em tão ilustre e badalado conclave. Nesse contexto gostaria de solicitar ao articulista se poderia especificar «meia-dúzia» de nomes de figuras representativas do BE e do PCP que lá tenham estado. E de preferência figuras daquelas que vêm muitas vezes referidas nos meios de comunicação social porque, como disse, (e falo a sério, sem sarcasmo…) nesse campo – do saber «quem é quem» – sou mesmo um «ilustre desconhecedor». Obrigado.
De resto estou de acordo em «que sentido faz a unidade se ela apenas serve para tornar sustentável o nosso descontentamento».
Eu recebi um folheto do MAS à porta. Vou ler, que ainda não o tirei do bolso, mas isso foi erro meu. A “Unidade” pedida não se gera com recauchutagens, nem com a mera renegociação. Cecília Honória falou em repôr o que esteve, por exemplo. João Ferreira atirou aos PEC.
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Isto, responde-lhe?
Não.
Deu-me vontade de vomitar assistir ao decano da corrupção e o Reitor da Universidade de Lisboa profanarem uma canção que não os legitima a isso. Parabéns
Aqui, não concordo, Renato. BE e PCP, mesmo juntos, não vão ter votos para fazer Governo. Mas unidos ao PS, fazem uma sólida maioria. A Frente Popular de Leon Blum foi longe demais para alguns, e não foi suficientemente longe para outros. Mas deu passos concretos. Aqui, “isto” não é , mesmo que pareça, 1975. Mais parecido com 1383, 1580, e 1807. Estamos sob ocupação estrangeira, com um Gauleiter que vai a despacho a Berlim. Depois de recuperarmos um mínimo de Democracia, logo discutimos o Passado. Já estou cansado de andarmos a brincar ao “Life of Brian”.
Theres no life for Brian com o PS. É olha a estratégia do Syriza na Grécia, que deixou, e bem, o PASOK a definhar.
Quem é mesmo o Primeiro-Ministro ?
O PCP já marcou clara a sua posição quanto ao PS desde 1974, quando o PS se aliou á reaçao para impedir o triunfo do socialismo rumo ao comunismo. O PC está disposto a alianças desde que se tome uma política de esquerda verdadeira, em interesse do povo e do país. O PC não é muleta de nenhum partido, e sabe as verdadeiras intenções do PS.
Ia jurar que nada disso se pode concluir a partir do que se passou ontem na Aula Magna.
Talvez não possa, mas também jurava que não se pode concluir nada do que diz no seu post, Renato.
Mas tu achas mesmo que o PCP ontem abriu os braços ao PS ?? Porra !!
Não. Acho que o Soares abriu os braços do PS e o PCP (como o BE) foram lá ao beija mão.
O que ficou claro é que o PCP marcou a sua posicao , claramente distinta da do Ps e de Mário Soares. Se mario Soares ainda nao sabia, ficou a saber pelo discurso do João Ferreira é que o PCP nao vende a alma por um lugar no poder. Vamos a ver se o BE faz o mesmo.
Quanto a estes comentários anticomunistas e pretensamente de esquerda ja nao sao novos. O Esquerdismo foi e sera sempre um aliado da direita.
As tuas intenções neste blog são claras: dividir!
Foi assim durante a campanha presidencial, em que não definiste a tua escolha; foi também assim nas legislativas em que ganhou Pedro Passos Coelho.
Numa altura, em que é necessária união de todos os esforços para fazer demitir o governo, a tua ideia continua a ser o combate aos esforços e à união.
Neste ponto, tu e o PSD estão em clara sintonia.
Mas o PCP estava representado oficialmente e com uma posição oficial neste evento? Ou havia pessoas ligadas ao PCP que participaram neste evento?
Pôr tudo no mesmo saco também não ajuda muito e, aliás, é o que demagogicamente tem feito a comunicação social…
Não sei se será uma tentativa de tirar dividendos para um novo partido que apareceu por aí…?
quer dizer, o joao ferreira nao he um qq dentro do pcp, se discursou na festa he dificil dizer que o pcp nao esteve presente.
o PCP fez-se representar. O Bloco esteve em peso com todo os seus supra-sumo dirigentes… Até tu consegues perceber as diferenças.
“Na sua essência, o “memorando da troika” não difere qualitativamente nem dos PECs que o antecederam, nem dos programas de ajustamento que o FMI anda há décadas a aplicar pelos quatro cantos do mundo, com resultados conhecidos. Por esta cristalina razão, não há renegociação ou redesenho possíveis do memorando. ” João Ferreira (PCP) no Encontro de ontem
Serve? Isto é um apelo ao PS? Ou uma mensagem política para quem se interessou pelo debate de ontem? Santa paciência, queres mais?
“No actual contexto, essa alternativa passa, tem de passar, por uma política patriótica e de esquerda e por um governo que a concretize.
Uma política patriótica que recuse a ideia atávica de que a solução para os nossos problemas sempre dependerá de terceiros, ou pior, a ideia de que essa solução passa por aprofundar os caminhos que nos conduziram a muitos desses problemas.
Uma política patriótica, que recupere imprescindíveis instrumentos de soberania económica, monetária e orçamental e se proponha vencer atrasos, bloqueios e défices crónicos do país, aproveitando de forma sustentada o seu potencial endógeno; reconhecendo que para dever menos é necessário produzir mais e promovendo, dessa forma, a produção nacional.
Uma política patriótica e um governo patriótico que rejeite de imediato o programa da troika, subscrito por PS, PSD e CDS, e que encete uma renegociação da dívida pública, nos seus montantes, juros, prazos e condições de pagamento. Uma renegociação que rejeite a componente ilegítima da dívida e que assuma a necessidade de uma moratória, negociada ou unilateral, com a redução do serviço da dívida para um nível compatível com o crescimento económico e com a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo português. Assim se libertaria uma parte substancial dos 8 mil milhões de euros que o país está a entregar aos “credores” – verba indispensável à dinamização e recuperação económicas. Assim se colocaria a vida à frente da dívida e não, como prevê o Tratado Orçamental, a dívida antes de tudo o resto.”
João Ferreira (PCP) no Encontro de ontem
Para quem não se resume à mentira e à depurpação, que vá ao sítio do PCP na Internet, que leia e pense pela sua cabeça. Não sejas um papagaio do que o capital quer que penses. E ninguém se iluda, há muita mão de obra do capital, que assume um discurso aparentemente revolucionário. Mas é fácil descobri-los, tão, tão fácil.
o PCP esteve aliado ao PS e ao PSD em 1974/75 e primeiros meses de 76. Fodido, né?
o pcpesteve nos governos prpvisórios, contrariando spnínola e palma carlos e os golpes spínolistas de 28.09.1974 e 11.03.1975. E o PS foi aliado da rede bombista de spínola e apoiamnte do golpe de 25.11-1975
Ignorância pura dizer isso para 74, aberrante para 75, mentira consciente para 76. Há quem seja ignorante porqe a vida não permitiu mais, há quem seja ignorante porque quer, há quem minta com todos os dentes que tem na boca. Para o capital dividir, vale tudo.
Quais são as tuas propostas ?
A maioria ,senão a totalidade dos comentadores, demonstra que não esteve presente, o que é significativo de uma certa esquerda gaiteira que vê estas coisas de união da esquerda pelo seu próprio umbigo . O discurso do reitor merece ser imprimido e dar a conhecer a todos aqueles que lutam pela unidade da esquerda, pois o seu conteúdo contêm os princípios para um programa das esquerdas que pode unir a esquerda e os portugueses, é um programa e princípios para a unidade da esquerda. Falhou um ranhoso do PS que nas entrelinhas, disse que o PS não está disposto a unir-se à esquerda, e foi fazer um discurso de propaganda para todos os portugueses honrados. A primeira resposta foi dada . Agora está na nossa mão materializar que foi esta reunião das esquerdas. Será que somos capazes?
Penso que foi Bento Gonçalves que disse se for bom para os trabalhadores ate com o diabo me sento à mesa.
Pois… Numa onda de «grandes frases:
«Pensar na estrura e actuar na conjuntura»…
Ou, ao contrário,
«Actuar na conjuntura sempre a pensar na estrutura»…
Como designar uma esquerda que aceita participar numa iniciativa que tem como cabeça de cartaz uma personagem que convidou para o Conselho Geral da sua fundação pessoal (mas extensamente financiada pelo estado) as seguintes personagens? Será a “Esquerda Banqueira”?
http://www.fmsoares.pt/fundacao/conselho_geral.php
Américo Amorim
Artur Santos Silva
Belmiro de Azevedo
Francisco Pinto Balsemão
Ilídio Pinho
João Pereira Coutinho
Jorge Jardim Gonçalves
Manuel Fino
Pedro Teixeira Duarte
Ricardo Espírito Santo Salgado
Stanley Ho
José Sérvulo Correia
Para além do que escreve Pedro Massano. O que li no Público é que nem o PCP nem o BE se fizeram representar. è manipuladora e mistificadora a publicação da foto de Mário Soares junto de Cunhal nos idos de 1874. Quem vir os filmes, reportagens e fotos da época notará a ànsia com que Soares se colava a Cunhal para ganhar visibilidade. É bom não esquecer que em 1969 a Acção Socialista Portuguesa da qual nasceu o actual PS (que nada tem a ver com o que se auto-dissolveu em 1933) , respondeu ao apelo de Caetano aos portugueses honrados saindo da CDE para as CEUD, que levaram uma bangada enorme. Em 1873 já Mário Soares não repetiu a gacinha mas foi a correr e com a benção da social-democracia alemã fundar no exterior, oportunamente, um Partiido crismado de Socialista.
S´se deixa enganar pelas tiradass de Sares, Alegre, Sócrates, ASsss u Seguro quem está mal informado, o qe não é difícil face à mistificaçã de posts como estes ou face aos silenciamentos da imprensa de reverência.
Em tempo – segundo o Publico de 31 de Maio, líder parçamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou ” que socialistas ambicionam maioria absoluta, mas querem um Governo alargado à esquerda e à direita. PCP e BE dizem que não é possível”.. Muito gosta o PS de caldeiradas e de pescarias em águas turvas.
Epá… não recordes posições do PCP… que estragas o trabalho dos homens. Depois vivem do quê?
De que homens, Tiago ?
Não sei o que raio leu no Público, que o Nuno Sá Lourenço estava sentado bem perto de mim cobrindo a coisa. Li uma prosa dele e não dizia nada disso.
Mas se o João Ferreira e a Cecília Honório discursarem na coisa não prova que o PCP e o BE se fizeram representar vou ali e já venho. Há filmagens deles a discursar na Aula Magna, o PCP tem a intervenção e o texto de João Ferreira no site. O Bloco publicou a intervenção de Cecília Honório, No esquerda.net Domingos Abrantes, Armindo Miranda, Miguel Tiago, António Abreu, Manuel Gusmão andavam por lá, Vítor Dias disse que iria (alguém publicou aí mais acima). João Semede e Catarina Martins sentaram-se na primeira fila, Louçã estava na sala, assim como Ana Drago, assim como José Gusmão. Fazenda é outro dos que foi, que vi-o na televisão.
Preso por ter cão, preso por não ter ? O facto de militantes deste ou daquele partido intervirem em conferências ou congressos ou encontros não significa que representem o partido de que são militanes. Quem representa é quem pelos órgãos dirigentes está mandatado para o efeito. Isto é assim pelo menos até onde sei quanto ao pcp. E deveria ser mas não é para o ps e para o psd, que apreciam muito caldeiradas de polvo e saladas de tubarão ? Parece que sim, que ps e psd gostam de pescar em águas turvas e em posições antagóicas umas das outras. Fiados na máxima de que “tudo o que vem a rede (e aios votos) é peixe”
Já faz escola aquela de que os militantes de partidos políticos deveriam ser proibidos de participarem em manifesações “inorgânicas”, o que pressuporia que os militantes deveriam estar fichados pela secreta e trazerem um símbolo gravado na testa e nas costas para fácil reconhecimemnto ?
Pingback: Esquerda Grande ou Grande Esquerda? | cinco dias
Ponto de situação: Depois de ler todos estes comentários e respostas a comentários, lá acabei por ficar a saber mais alguma coisa sobre qual tinha sido ou deixado de ser a «representação» do PCP e do BE no tal conclave promovido (ao que percebi) por Mário Soares, assim como aprendi mais algumas coisas sobre «quem-é-quem» nestas conversas de «Esquerda».
Entretanto, fazendo uma análise distanciada «quanto baste» da evolução da situação do sistema-mundo à escala global, e das suas fracções à escala europeia e nacional – com base na lógica intrínseca do sistema – continuo a pensar que «ISTO AINDA ACABA MUITO MAL»…
Mas mesmo muito mal… Do estilo «tudo-à-batatada-em-guerra-generalizada-ainda-que-dispersa.pelos-quatro-cantos-do-mundo».
A menos – uma réstea de esperança – que vá crescendo o número de pessoas de bom senso que estejam «perto dos centros de poder económico e político»…
E que acertem nas «soluções» a adoptar para sairmos do buraco em que nos estão a afundar.
Que raio, os engenheiros romanos construíram pontes e aquedutos sem perceberem patavina da teoria newtoniana – quanto mais einsteiniana – da gravidade.
Portanto pode ser que acertem nas tais «soluções».
È preciso ser demasiado crédulo para acreditar:
I) que Mário Soares é um homem de esquerda,
ii) que ele esteve alguma vez interesado em constituir uma Frente Popular (já no Verão de 1974 Soares andava atarefado a pedir a ajuda do capitalismo euro-ocidental e dos EUA contra os comunistas (leia-se a tese de doutoramento de Tiago Moreira de Sá, insuspeito de simpatias pelo PC), iii) que foi por acaso que poucos dias após o 25 de Abril de 74 ele pediu ao PC para não ser publicado o acordo a que chegara a 21 ou 22 desse mês com o Dr Cunhal e os seus camaradas, que consistia nas decisões tomadas pelos governos do General Vasco Gonçalves e que, grosso modo correspondiam às provisões da ‘revolução democrática e nacional’ do programa do PC…
Temos uma ‘esquerda’ muito beata…
Cumprimentos insubmissos
Armando Cerqueira