Não é a Merkel, não é a Troika, não é o Monti, não são os “mercados”, não são os “investidores” ou os fundos de pensão, não são os articulista do Economist ou do Finantial Times. Não, em Itália é o Povo quem mais ordena. Abaixo um excerto de um texto publicado na cobertura que o Finantial Times fez da noite eleitoral italiana:
Given the resounding defeat for the most reform-minded party which investors had hoped would act as a moderating force in the next government, and the populist backlash against the country’s political establishment, the prospects for fiscal and structural economic reform in Italy appear to have been dealt a severe blow.
Há uns tempos o Economist deixava claro qual o melhor cenário para a grande finança internacional:
A better result would thus be one in which Mr Bersani and his more left-leaning colleagues ally with Mr Monti out of necessity, not merely for show, giving the former European commissioner greater influence.
FALHARAM! Monti não teve votos suficientes para viabilizar qualquer governo e está fora da jogada. Queriam o Bersani (coligação pseudo-esquerda) a limpar o cú à Merkel e ao Monti e a acalmar os sindicatos (papel que o Bersani estava pronto a desempenhar), enquanto o Monti governava realmente. Não aconteceu. O grande capital e o IV Reich (União Europeia telecomandada por Berlim e cada vez mais anti-democrática) tiveram uma estrondosa derrota. Não é por acaso que os jornais alemães têm títulos como:
Bild – “Será que vão destruir o nosso Euro?”
Der Spiegel – “Itália um perigo para a Europa”
Espero bem que sim! Espero bem que o vosso Euro seja destruído! No mínimo que seja um euro Europeu e não um Euro ao serviço da Alemanha, como os próprios chauvinistas Alemães do Bild assumem (e ainda há quem ache que não há interesses nacionais ou contradições entre estados-nação!!!!). E um perigo para a Europa? Mais uma vez, espero bem que sim, espero que de facto seja um perigo mortal para as políticas austeritário-depressivas que têm conduzido os povos do sul da Europa à miséria.
Esta não foi a “única” coisa positiva destas eleições, mas mesmo que fosse já era motivo para festejarmos!
Na ida para estas eleições o povo Italiano confrontava-se com duas grandes questões. Primeiro, a miséria, o corte de rendimentos, a austeridade regressiva, como parar com isso? Segunda, que já vem de longe, a corrupção e a máfia como atacar esse cancro de forma mais eficaz?
Se pensarmos que estas duas temáticas e questões (e a meu ver, COMÉ ÓBVIO) eram as centrais para o povo Italiano, veremos que os resultados destas eleições são bastante previsíveis e foram os melhores possíveis tendo em vista que o objectivo era atacar esses mesmos problemas.
Ainda ontem no final do meu post, deixei algumas perguntas chave lançadas pouco antes de terem fechado as urnas…
Em Itália veremos quantos votos o programa da Troika realmente obtém. Monti o vice-rei da Merkel e do FMI para as províncias italianas concorre às eleições, quantos votos terá?
Para o Senado teve 9,1% e para a Câmara de deputados 10,5%, é isso que vale o ex-primeiro Ministro de Itália, o menino querido dos mercados, o vice rei para as províncias italianas do IV Reich. O seu programa austeritário, ao serviço do grande capital e da banca, vale 10% ou menos do eleitorado Italiano. É esta a base social de apoio da Troika e dos Troikistas. Foi o grande derrotado da noite juntamente com todo o seu programa… Sempre achei arriscado por parte da grande burguesia lançar desta forma o seu delfim para a arena pública (ex banqueiro da Goldman Sachs, ex-comissário Europeu). Presumo que o cálculo seria que ele consegui-se os votos suficientes para viabilizar um governo Bersani (tal como o Economist e incontáveis intelectuais ao serviço do grande capital desejavam/previam). Mas tal não aconteceu e o que acabou por ter lugar foi uma humilhação pública do “salvador do euro” e do filho pródigo da grande finança.
É neste momento muito mais difícil, qualquer que seja o governo Italiano que se forme, seguir as políticas ditadas por Berlim e pelos talibãs neo-liberais.
E a pseudo-esquerda que se prepara para governar com Monti (veremos quais os resultados dessa estratégia suicida)?
Sendo uma estratégia à partida suicida o resultado é que não resultou… Monti era o inimigo a abater, o justo alvo do ódio popular, o carrasco nomeado por Berlim, que substituiu num processo muito estranho um representante (mal ou bem) eleito pelo povo.
O Economist e a grande finança queriam à toda força um Bersani que domesticá-se a luta social e que prossegui-se a destruição do estado social e empobrecimento geral da população italiana, com Monti como cão de guarda do IV Reich no seu governo… E o Bersani ajeitou-se a esse papel. Era assim que queria ganhar a confiança do povo Italiano??? É isso ser de Esquerda??? O resultado desta política colaboracionista com a Troika (oficialmente não está em Itália, mas é como se estivesse…) é um rotundo fracasso eleitoral.
Para a Câmara dos Deputados, depois de todas as palhaçadas do Berlusconi e da intensa campanha internacional de descredibilização, mesmo assim a coligação “Bem comum” da pseudo-esquerda ganha as eleições apenas com uma vantagem de décimas! “Bem comum” de Bersani tem 29,54% e a coligação do Berlusconi tem 29,13%!!! Uma diferença de 0,41%… isto é um empate técnico… E Bersani só tem uma larga maioria na câmara de deputados, porque tal como na Grécia o partido mais votado tem um bónus. A Itália sendo uma federação (ou perto disso, é um país recente que só se unificou na década de 60 do século XIX com grandes diferenças regionais) tem um senado onde a representação regional tem mais peso, no Senado o bonus é dado por região e não pelo total nacional. Isso explica porque mesmo com 31,60% dos votos contra 30,66% de Berlusconi (mais uma vez uma vitória rés-vés Campo de Ourique) Berlusconi fica no final com mais senadores.
Até ao momento Bersani ainda não falou, é revelador do tsunami eleitoral que varreu Itália. Mais revelador é da gigantesca encruzilhada estratégica em que se encontra a Internacional “Socialista”. Por um lado apregoam políticas pró-crescimento e um atenuar da austeridade, por outro são os mais fiéis defensores do reforço da União Europeia/IV Reich, esta é uma contradição que é difícil resolver e o desenrolar da crise apenas tornará a tarefa mais difícil.
E o mafioso-demagogo, é um crápula, mas ao menos teve a lucidez política de eleger Monti como seu inimigo nº1 (pa enganar as massas, mas ao menos dá se a esse trabalho…)…
Il Cavalieri… Feito cavaleiro por decreto presidencial quando lhe foi atribuída a ordem de mérito do trabalho… foi o primeiro ministro italiano que permaneceu mais tempo no cargo desde a segunda guerra mundial (e o terceiro desde a unificação de Itália). Faz parte de uma longa tradição de políticos italianos de Cesar Bórgia a Andreotti, uma tradição que confunde negócios públicos com privados, que não tem pejos em recorrer à violência, suborno/corrupção/intriga, apoiada e ligada à santa madre igreja católica apostólica Romana. Há quem diga que é o herdeiro de Andreotti (de que este filme faz um interessante retrato) e da P2. Ou seja, “Il Cavalieri” pode ser um misógeno, xenófobo, mafioso e tuti quanti, mas é também a cara, o herdeiro de uma longa tradição e de um conjunto de interesses poderosos na economia-sociedade-política Italiana.
É importante relembrar isso porque como é óbvio, este sector da sociedade Italiana não iria desaparecer por milagre só porque nesta particular conjuntura isso é o que dá mais jeito à grande finança Internacional e Alemã… Esta lógica mafiosa, que foi alimentada no pós guerra para conter a ascensão ao poder do histórico (hoje defunto) Partido Comunista Italiano não se liga e desliga consoante os desejos da grande burguesia internacional… Sobretudo quando a situação económicó-social só se agravou enquanto Itália foi governada pelo vice-rei ao serviço da Alemanha. Depois, com um elevado instinto de sobrevivência Berlusconi lançou forte e feio a cartada anti-Merkel, em conjunto com uma série de propostas demagógicas (como enviar uma carta a todos os italianos a dizer que lhes vai devolver parte dos impostos pagos…).
Entre escolher aqueles que prometem lutar por melhores condições de vida e aliviar o sofrimento do povo ou aqueles que só prometem mais do mesmo, sendo que é óbvio (sobretudo em Portugal) que esse rumo só levará a mais miséria, quem é que escolheriam?
Pode-se, como muit@s fazem, olhar para o fenómeno Berlusconi (e outros semelhantes tipo Alberto João, Isaltino Morais ou Valentim Loureiro) com um certo desdém aristocráticó-liberal e dizer que são uns “incivilizados”, “selvagens” ou outros mimos equivalentes e depois ficar à espera que a “ralé” se importe com isso e vire as costas ao seu “Cavalieri”. Ou pode-se fazer um esforço… Avaliar as dinâmicas políticas, sociais e económicas por um prisma materialista dialéctico, ir para lá da espuma dos dias e perceber qual o papel que esse tipo de movimentos/personagens desempenha a cada momento do processo histórico. Aliás só assim se poderá percorrer o caminho que permitirá derrotar/neutralizar os Berlusconis desta vida.
E não é de certeza a correr para os braços do Monti e prometendo mais miséria para o povo que se derrotam estas personagens!!!!!!!!!!!!
Deixo uma última nota, a forma como Berlusconi foi deposto do poder e substituído por Monti. A demissão de Berlusconi em Novembro de 2011 de primeiro ministro deveria ser motivo de júbilo. Eu pecador confesso que não senti na altura júbilo nenhum. Berlusconi não caíu devido à pressão popular (embora vários protestos que antecederam a sua queda tenham contribuído para o desgaste), não saiu para se dar voz ao povo e haver novas eleições. Não, o que se passou foi um representante eleito pelo povo ser deposto e substituído por um funcionário da Comissão Europeia (ex Goldman Sachs). Não sei o que é que há para celebrar nisto. Aliás para muita da base “Berlusconiana” não só não havia motivos para celebrar, como havia fortes motivos para levar acabo uma VENDETTA…
E o palhaço? No meio desta palhaçada, envolvendo máfias domésticas e internacionais, veremos como se saí o genuíno palhaço
Beppe Grillo e o movimento 5 estrelas foram os grandes vencedores. O movimento 5 estrelas foi o Partido mais votado para a câmara dos deputados com 25,55% dos votos, as coligações de Berlusconi e Bersani estão ligeiramente acima (com 29% e qualquer coisa cada uma) mas os seus partido ficaram abaixo do movimento.
Assim irrompe na Europa e na Itália este movimento que vindo do nada conquista o primeiro lugar (como partido) nas eleições. Do nada? Do nada não é bem assim, as últimas eleições em Itália antes destas foram para o governo regional da Sicília e adivinhem quem foi o partido mais votado? Foi o 5 estrelas… E este tipo de fenómeno, a mim, faz me lembrar velhos episódios da história italiana… Grillo é em certo sentido o herdeiro de Savonarola, o monge dominicano que se insurgiu contra a opulência dos príncipes-banqueiros Médicis e o deboche do papado Bórgia.
A linha de ataque principal de Grillo é contra a corrupção/máfia e os políticos em geral. Tendo em conta o historial Italiano nessa matéria, é uma escolha que faz algum sentido… Não admira que essa mensagem caia em terreno fértil. Chamam-lhe populista, so what? É ou não é a corrupção um enorme problema em Itália? Está ou não está a vida política-partidária tradicional completamente podre e sem capacidade de resposta face aos actuais desafios? Óbvio que sim…
Outra linha foi a anti-euro e IV Reich. Mais uma vez na mouche, se o Euro como diz o BILD é a moeda da Alemanha então os Alemães que fiquem com ela! Em Portugal, pequenino, a saída do euro causa algum temor, percebo “o que será de nós pobres e miseráveis portugueses abandonados à nossa sorte sem o euro para nos proteger”, esta é uma narrativa que vai colando. Em Itália país membro dos G7, há outra confiança que permite lançar um desafio mais claro.
Outras propostas/campanhas do movimento são por exemplo a saída das tropas italianas do Afeganistão e a defesa da água e saúde como bens públicos e universais. O programa pode ser consultado aqui ou aqui.
Mas talvez o que salte mais à vista seja a idiossincrasia do líder, que começou a campanha para o governo regional da Sicília percorrendo a nado o estreito de Messina… Com vigor e agressividade está sempre à ofensiva “políticos rendam-se estão cercados!” foi um dos seus gritos no gigantesco comício de encerramento em Roma. Depois há toda aquela coisa do movimento, com candidatos escolhidos pela net, campanha de costas viradas para a televisão e com aposta forte nas acções de rua e pela internet…
Tenho algumas dúvidas quanto à consistência de tudo isto… mas o resultado do 5 estrelas é muito mais um sinal de esperança do que um “perigo”. Que o Economist e outros que tais achem que é um “perigo” compreendo eu e até valida a virtude deste movimento, que quem esteja contra o neo-liberalismo austeritário-autoritário também veja este movimento como um perigo compreendo menos… Obviamente que a combinação líder forte/carismático com movimento basista/horizontal leva a certas incongruências e a saltarem cá para fora certas propostas mais “reaccionárias”, mas esse não é o centro estratégico do movimento, não é o fundamental do seu papel histórico neste momento. Esses são epifenómenos marginais inerentes a qualquer amplo movimento de massas genuíno…
A Esquerda já tem obstáculos suficientes no seu caminho, não precisa de inventar inimigos adicionais…
O pau na engrenagem da União Europeia/Mercados colocado pelo 5 estrelas é muitíssimo bem vindo.
Para lá das perguntas que lancei no post de ontem levanta-se uma outra, e a Esquerda, a Esquerda a sério? Onde está no meio disto?
A Esquerda italiana suicidou-se em 2006 quando a Refundação Comunista (que por instantes foi o “modelo” para a nova esquerda europeia…) integrou o governo Prodi. Quando o governo Prodi caiu a Esquerda foi varrida do parlamento e a refundação desintegrou-se… Uma vez perdia a confiança do povo, a consistência da organização, a própria confiança dos militantes, os danos são de tal ordem que não é fácil a reconstrução. Estas não são coisas que se recuperam com um estalar de dedos. O espaço deixado vazio pela refundação seria mais tarde ou mais cedo reocupado por alguém. Perante o acelerar da história não houve tempo para a esquerda superar as suas recriminações sectárias e a confiança popular. Outros chegaram-se à frente. O movimento 5 estrelas…
Não é por acaso que o comício de encerramento de Grillo foi na praça S. Giovanni, local histórico dos comícios/celebrações de esquerda em Itália. Num inquérito feito aos apoiantes de Grillo é revelador que a maior parte deles se consideram de Esquerda e em vários assuntos estão mais à Esquerda que a média da população Italiana.
Revelador também é este testemunho apanhado pelo New York Times:
As he sat outside his shop in Rome, Stefano Anidori, 52, said he had voted for the left in the past, but was considering supporting Mr. Grillo. “I am undecided, but I am so angry that I think I’ll vote for Grillo,” he said.
But he also worried that the movement was too new in politics.“How can they propose laws or understand the system quickly enough for a country in such deep trouble?” he asked. “But I voted for the left for 20 years. I am tired of losing and tired of seeing the same faces over and over again.”
Foi em grande medida o povo de esquerda, traído e abandonado pelos seus supostos representantes, que deu este resultado a Grillo. Foi quem está farto da miséria e corrupção e não vê saída nos políticos do costume. Foi quem no 1º de Maio celebra o dia do trabalhador na praça S. Giovanni. Grillo pode dizer que não é de esquerda, nem de direita, que é do povo. Mas ele é o herdeiro da tradição de resistência à esquerda. Quem insulta Grillo e o 5 estrelas agora, é esse povo e os milhões que nele votaram que está a insultar.
O povo vai lutar contra a miséria. A sua fúria vai se exprimir em episódios espontâneos, mas também pelos instrumentos institucionais/formais de luta que tem ao seu dispor. Se esses instrumentos forem capazes de produzir resultados concretos no seu quotidiano, serão reforçados e engrandecidos. Se forem inúteis serão descartados e novos surgirão. Em Portugal a Esquerda institucional (PCP e BE) ainda têm um certo capital de esperança/confiança. Se forem capazes de em harmonia com o movimento popular atingir resultados concretos irão crescer, se traírem como traiu a refundação ou se se relegarem para um sectarismo impotente, então outras forças surgirão para tomar o seu lugar. E nem todas elas serão tão “simpáticas” como o 5 estrelas…
Mas em Portugal e para já, a convergência que se está a construir pela base em torno do 2 de Março, parece ser exactamente o caminho a seguir para a Esquerda que se quer tornar um instrumento útil ao serviço do povo. É continuar esse caminho. O exemplo Italiano mostra qual será o seu destino se claudicar.
o resultado do Grillo foi 5 estrelas.
eheheheheh!
“vale 10% ou menos do eleitorado Italiano. É esta a base social de apoio da Troika e dos Troikistas. Foi o grande derrotado da noite juntamente com todo o seu programa…”
Substituir “italianos” por “portugueses” e “Troika e troikistas” por “comunistas” e é caso para dizer que diz o roto do nú.
As coisas são o que são.
Mas a não percepção da diferença ( da abissal diferença) entre os tais 10% dos votos dos comunistas e os 10% dos votos do candidato de merkel e da troika é por demais evidente do facto que os troikistas estão a ficar a cada dia que passa mais acantonados. E sem que estas palavras se dirijam necessariamente a Ortega, um sinal de que a maré troikista já teve melhores dias.
E sem ter mesmo nada a ver com Ortega,cabe aqui uma exigência de que as responsabilidades de quem nos conduziu à presente situação devam ser apuradas até ao fim.O capital de esperança depositado em quem protagoniza alternativas exige também o julgamento de quem nos conduz ao abismo com a frieza própria de vampirescos.neoliberais com contas a ajustar com o país de Abril.
Até 2 de Março
A malta teima em não perceber o que é o fascismo e de onde ele vem. A malta teima em não perceber que o fascismo tem muitas mais vias de se impor do que as se aprende nos livros. E quando um tipo acena com propostas políticas que vão de encontro aos nossos desejos lá vamos nós dizer que ele é o maior. Beppe Grillo pode ter as melhores propostas do mundo, e tem algumas (as mais sonantes anti-euro e anti-austeridade) e eu sou o primeiro a dizê-lo, o que não invalida que seja tudo mentira e que ele seja uma demagogo. E não invalida que ele seja parte de uma manobra do actual regime ou do fascismo à moda antiga.
Por isso muito cuidado com as falsas alegrias e com essa pior característica da esquerda actual, a ilusão, a falsa esperança e o auto-engano sustentado em ilusórias saídas fáceis.
Não interessa só uma ou outra medida que Beppe Grillo defende, interessa saber quem ele é e o que é o seu movimento. E ele não só não é de esquerda, como não é da classe trabalhadora, como se predispõe a colaborar com fascistas e já há governos locais e regionais do seu movimento a fazer a política da austeridade e a pactuar com o neoliberal “Partido Democrático”. Não sou só eu que o digo leiam este artigo:
http://marat-asaltarloscielos.blogspot.pt/2013/02/italia-grillo-for-dummies.html
O que se pode dizer destas eleições em Itália, de forma sucinta é que são um nojo e são produto de um regime democrático-burguês que só tem uma “regeneração” possível, ser derrubado e ser destruído de uma vez por todas. E isso só pode acontecer pela luta de classes e pela força da classe trabalhadora dentro da aliança operário-camponesa que derrube a burguesia de todo o seu poder e derrube todas as suas instituições.
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