Obama dá ordem de assassinato

Na véspera da audição do Senado dos EUA para confirmar o nomeado para líder da CIA, John Brennan, alcunhado por alguns como o “czar de assassinatos” de Obama, a NBC News obteve acesso a um ‘livro branco‘ do Departamento de Justiça, que sumariza um memorando de 2010 (portanto sob Obama) que desenvolve a justificação legal para permitir ao governo conduzir assassinatos de afiliados a organizações terroristas, incluindo cidadãos dos EUA.

 

Para tal basta que um “oficial informado de alto-nível” considere que a pessoa constitua uma ameaça “contínua” aos EUA; ameaça que não precisa de ser eminente, mesmo que o alvo nunca tenha sido acusado de um crime ou tenha sido informado das alegações contra ele, e mesmo que o alvo esteja num local longe de uma presente zona de batalha.

Isto é, os limites são vagos e na prática dão carte blanche ao governo para assassinar quem assim entender. (ver comunicado da ACLU).

Sobre andrelevy

Sou investigador na área de biologia evolutiva, na Unidade de Investigação em Eco-etologia no ISPA, Lisboa. Fiz o doutoramento em ecologia evolutiva de plantas e insectos, em particular sobre as defesas de plantas a múltiplos insectos. De momento trabalho em filogenia, biogeografia e filogeografia de peixes marinhos.
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3 respostas a Obama dá ordem de assassinato

  1. De diz:

    A máscara vai caindo.O império não abandona assim sem mais nem menos os seus pergaminhos de “assassino de estado”

    O silêncio que rodeou esta notícia cá pelo burgo é assustador

  2. Rocha diz:

    Palavras para quê? Este é o prémio nobel da “paz” ao mesmo nível do outro nobel da “paz”, a União Europeia. Ao mesmo nível de Cameron, de Hollande, do rei saudita e do emir do Qatar – os “amigos da Síria”.

    Recentemente 22 países europeus (os governos da UE em peso) votaram contra uma declaração da Assembleia da ONU em que se condenava as autoridades de alguns países europeus do leste e do báltico por proceder à remoção de monumentos em honra de soldados soviéticos que combateram o nazismo e que ao mesmo tempo aprovam e apoiam a criação de monumentos que glorificam os nazis e os seus colaboracionistas. Israel, Síria e Irão – inimigos de morte – votaram todos favoravelmente esta declaração anti-fascista e anti-racista. Os Estados Unidos abstiveram-se sob o pretexto de dizer ser necessário equiparar soviéticos e nazis.

    Esta é a verdadeira face da União Europeia das “democracias burguesas”, esta é a verdadeira face da Internacional “Socialista” que em vários está no governo e prefere glorificar nazis do que honrar os soviéticos que os combateram. Para quem achava que havia limites para aonde as democracias burguesas sob a batuta do imperialismo da UE poderiam ir, que fiquem a saber que até o nazismo pode ser ressuscitado por quem está disposto a tudo para reconstruir o mapa colonialista e fazer-nos regressar à escravatura do século XIX.

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